Abandonar o cigarro é um desafio físico e emocional, quem faz terapia para deixar de fumar tem mais chance de se livrar do vício.
Revisado em 30 de julho de 2021.
A terapia.
Por que você fuma? Não vale responder apenas porque eu gosto.
O tabagismo é uma doença causada pela dependência química da nicotina, mas também está associado a questões emocionais.
Por isso quem quer parar de fumar deve buscar tratamento médico e psicológico.
Acolhido por uma equipe multidisciplinar o fumante terá melhor condição para abandonar o vício.
O pneumologista é o especialista indicado para definir a abordagem do tratamento de forma global, inclusive prescrevendo medicação para amenizar o impacto da abstinência de nicotina.
Já o psicólogo vai te ajudar a vencer a dependência emocional do cigarro.
A psicóloga Flávia Ramos, da QualiMedi Saúde, explica.
A dependência psicológica do tabaco, segundo o Ministério da Saúde, refere-se ao sentido e função que o cigarro assume na vida da pessoa.
Muitos fumantes acendem o cigarro para enfrentar situações de estresse, momentos de solidão ou até mesmo para relaxar depois de uma atividade cansativa.
O cigarro ocupa um lugar na vida das pessoas que deveria ser preenchido por outras fontes de prazer, como por exemplo o relacionamento familiar ou a atividade física.
É neste sentido que a terapia trabalha, identifica as causas individuais de cada fumante.
A terapia começa com uma avaliação que tem como objetivo identificar o grau de dependência do cigarro e quais são as motivações que o paciente tem para deixar de fumar.
A análise é importante para oferecer um tratamento alinhado às necessidades de cada pessoa, aumentando as chances de sucesso no enfrentamento do tabagismo.
Nessa fase inicial, o psicólogo explica o trabalho que será realizado, reforçando alguns pontos principais.
• Quais são os prejuízos provocados pelo cigarro.
• Como funciona a terapia em todas as suas etapas.
• Que resultado esperar do processo terapêutico.
A retirada gradual do cigarro.
A segunda fase da terapia é dedicada a reduzir o consumo de tabaco gradualmente, facilitando a adaptação e amenizando os impactos da abstinência.
A psicóloga aplica estratégias para estimular o paciente a rever hábitos associados ao cigarro e mudar o comportamento aos poucos.
Cada pessoa deixa de fumar ao seu tempo, a duração do tratamento não é igual para todos.
Uns conseguem parar já na primeira tentativa, porque têm forte motivação e uma resposta mais rápida ao tratamento global.
Outros sentem mais dificuldade e fazem várias tentativas até ter sucesso.
O importante é não desistir.
No Brasil, de acordo com os dados oficiais, o número de fumantes vem caindo.
Na população adulta, o índice de fumantes estava acima de 30% no começo da década de 90. Hoje é de aproximadamente 12%.
Todos são capazes de parar de fumar com tratamento adequado e persistência, como comenta dra Flávia Ramos.
Uma boa estratégia é continuar com a terapia por algum tempo depois de deixar o cigarro. Desta forma a pessoa tem mais suporte emocional para evitar recaídas.
Na etapa de manutenção dos benefícios conquistados, os encontros vão diminuindo, até que o paciente se sinta seguro e capaz de lidar sozinho com o desafio de se manter longe do cigarro.
Se deseja parar de fumar e quer mais informações sobre a equipe multidisciplinar da QualiMedi Saúde que trata o tabagismo, clique aqui.