A espondilite anquilosante é um tipo de reumatismo que provoca dor na região lombar.
Dra Bianca Azevedo, reumatologista , explica.
Atualizado em 25 de agosto de 2021.
A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que, se não tratada precocemente, pode ser incapacitante e provocar sequelas irreversíveis.
Esse tipo de reumatismo ataca principalmente a coluna e grandes articulações como ombros e quadris.
Ocorre em mulheres, mas é mais comum nos homens com idade entre 20 e 40 anos.
Os principais sintomas são dores na região lombar, nas nádegas e na parte posterior das coxas.
A dor costuma piorar durante a noite e de manhã a pessoa acorda com a coluna travada, ou seja, os movimentos ficam limitados pela rigidez matinal.
Um lado é geralmente mais doloroso do que o outro.
Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas (entre o osso sacro da coluna vertebral e a pélvis).
Alguns pacientes sentem muito cansaço, têm febre baixa, perdem o apetite e apresentam até anemia.
A origem da doença não é totalmente compreendida, mas está associada a fatores hereditários.
A chance de desenvolver a enfermidade aumenta de 10 a 20 vezes quando há casos na família.
A doença afeta três vezes mais os homens do que as mulheres.
Surge, normalmente, entre o fim da adolescência e os 40 anos de idade.
Consequências
A espondilite anquilosante causa inflamação nos tecidos conjuntivos, afetando o esqueleto axial, especialmente os ossos da coluna, ombros, quadris e joelhos.
Além da coluna comprometida e da artrite (inchaço) nas grandes articulações, a doença também pode prejudicar os olhos por uveíte (inflamação ocular com vermelhidão e desconforto visual); a pele, pela presença de placas descamativas (psoríase); os intestinos, por colite (inflamação intestinal); e, em casos raros, coração, pulmões e sistema nervoso central.
A dor em coluna lombar é uma queixa muito frequente na população em geral.
Muitas vezes se torna incapacitante e incomoda principalmente nos períodos de repouso e ao acordar.
No estágio inicial não é raro confundir a espondilite anquilosante com outros problemas da coluna, como osteoartrite. Por isso é tão importante a avaliação de um especialista.
O reumatologista é o médico indicado para o diagnóstico.
Além da avaliação clínica minuciosa, exames de imagem, como o raio-x ou ressonância magnética, e exames de sangue amparam a investigação do caso.
Embora ainda não exista cura, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem controlar os sintomas e a progressão da doença.
Os objetivos do tratamento são aliviar as dores, baixar o risco de deformidades, manter a mobilidade das articulações e a postura ereta.
O uso de anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos e relaxantes musculares deve ser feito obrigatoriamente sob orientação médica.
A fisioterapia é essencial ao portador de espondilite anquilosante.
A rotina do paciente passa a incluir exercícios respiratórios e posturais, trabalhando o fortalecimento dos músculos que protegem as articulações acometidas.
Em alguns casos, a cirurgia para substituir a articulação do quadril é recomendada.
Cuidados
• Controle o peso.
• Invista nos exercícios fisioterápicos.
• Mantenha a postura.
• Durma num colchão firme de boa qualidade.
• Não faça automedicação.
Para agendar uma consulta com o reumatologista da QualiMedi Saúde, clique aqui.