Entenda como o glaucoma afeta a visão e quais são as possibilidades de tratamento.
Por Rodrigo Prado, oftalmologista.
Atualizado em 5 de julho de 2021.
O glaucoma provoca lesões no nervo óptico, geralmente por causa do aumento da pressão intraocular.
O nervo óptico leva a imagem do olho ao cérebro e é composto por milhões de “fios”, os neurônios.
A cada ano de vida perdemos milhares de neurônios.
Uma pessoa com glaucoma perde mais do que o normal.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, sendo que a primeira é a catarata. A doença atinge entre 1 e 2% da população mundial.
No Brasil, a estimativa é de aproximadamente 900 mil portadores de glaucoma.
Apesar de não ter cura, a perda da visão provocada pelo glaucoma pode ser controlada.
A doença pode aparecer em qualquer faixa etária.
Mas a maioria dos casos ocorre em pessoas acima dos 40 anos de idade.
Além do envelhecimento e do aumento da pressão do olho, existem outros fatores de risco.
• Diabetes
• Obesidade
• Hipertensão arterial
• Casos de glaucoma na família
• Ser negro ou hispânico (maior tendência a aumento na pressão intraocular)
• Deficiência de estrogênio
• Traumas oculares
O glaucoma crônico simples ou glaucoma de ângulo aberto representa mais de 80% dos casos.
É mais comum na população acima dos 40 anos. A causa é uma alteração anatômica, na região do ângulo da câmara anterior dos olhos.
O problema diminui a liberação do humor aquoso, um líquido incolor que tem a função de nutrir e manter a pressão adequada nos olhos.
Este tipo de glaucoma demora a apresentar sintomas.
Conforme a doença avança, a pessoa começa a perder a visão periférica.
Gradualmente o ângulo de visão vai se estreitando até se tornar tubular.
A falta de tratamento adequado pode levar a perda total da visão.
Já o glaucoma de ângulo fechado se caracteriza pelo aumento repentino da pressão intraocular por causa da obstrução da drenagem do humor aquoso.
Provoca dor no olho, visão embaçada, náuseas e vômitos.
O glaucoma congênito é raro e resultado de problemas durante a gestação.
A maioria dos sintomas – nebulosidade no olho, lacrimação excessiva, sensibilidade à luz, aumento de um ou dos dois olhos é notada nos primeiros anos de vida.
O glaucoma secundário está relacionado a doenças como diabetes e catarata.
Tratamento
Quanto antes o glaucoma começar a ser tratado, maior a chance de controlar o avanço da doença e garantir vida de qualidade ao paciente.
O tratamento, na maioria das vezes, é realizado com colírios que ajudam a reduzir a pressão dentro dos olhos.
Em parte dos casos é usado também medicamento via oral ou injeções.
Se os remédios não surtem efeito é possível tentar uma solução cirúrgica.
• Gravidade do glaucoma
• Espessura da córnea
• Histórico familiar
• Idade do paciente
É importante visitar o oftalmologista regularmente, ainda mais quando se faz parte do grupo de risco para glaucoma.
A verificação de sinais da doença é rotina nos exames oftalmológicos.
O diagnóstico é realizado por meio da medição da pressão intraocular e do exame do fundo de olho.
Se o diagnóstico for confirmado, não deixe de seguir rigorosamente as recomendações médicas, mesmo que ainda não perceba sintomas.
Mantenha o corpo saudável com boa alimentação e exercícios físicos regulares, contribuindo para regular a pressão intraocular e prevenir outras doenças.
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