Como deter o câncer de próstata
Câncer de próstata
O diagnóstico precoce do câncer de próstata garante 90% de chance de cura. Homens com mais de 50 anos de idade devem consultar o urologista anualmente para fazer o exame de toque retal.
Não dói e leva apenas alguns segundos.
Se há outros casos de câncer na família, o check-up preventivo deve começar mais cedo.
O câncer de próstata está no topo das estatísticas de casos de câncer.
É o mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele não-melanoma.
Em média, são registrados 65 mil novos casos por ano no país, com mais de 15 mil mortes.
Um grande desafio para reduzir a taxa de mortalidade é mudar o comportamento masculino.
A maioria dos homens não faz exames preventivos e descobre a doença em estágio avançado.
A campanha Novembro Azul foi criada justamente para estimular a consulta ao urologista, desmistificando o exame de toque retal que ainda é temido por muitos pacientes.
De fato há excelentes chances de cura quando o diagnóstico é precoce e só o exame preventivo permite a detecção, já que a doença demora a apresentar sintomas.
90% dos casos podem ser curados com tratamento em estágio inicial do câncer de próstata.
01. O que é a próstata?
A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, na frente do reto e tem função reprodutiva.
Ela produz um líquido essencial para a sobrevivência dos espermatozoides.
2. Quem corre maior risco de ter câncer de próstata?
A maioria dos homens não faz os exames preventivos regularmente.
A negligência com a própria saúde e também o medo do exame de toque retal, afastam os homens do consultório do urologista.
4. Quais são os sintomas do câncer de próstata?
O câncer de próstata é assintomático no estágio inicial.
Por isso não se deve esperar ter sintomas para procurar o médico, mas sim fazer exames regularmente.
Contudo, quando o câncer avança, os sinais de alerta mais comuns são:
5. O exame de toque retal é mesmo necessário?
O exame de toque retal é indispensável por ser o único meio de examinar a próstata e perceber se a glândula está muito dura ou apresenta caroços típicos do câncer.
Não é preciso temer o exame de toque retal pois ele é indolor e muito rápido, leva apenas alguns segundos.
O urologista também pode pedir o exame de sangue que mede o nível de PSA, enzima produzida pela próstata, considerada um marcador tumoral.
Nível de PSA alto indica problema na próstata.
Entretanto, o exame de sangue é complementar, não substitui o de toque retal.
6. Qual é o tratamento para o câncer de próstata?
Quando há suspeita de câncer é realizada uma biópsia de próstata que vai confirmar e, se for o caso, indicar o grau de agressividade do câncer.
A partir do resultado o médico define o tratamento mais adequado para cada caso.
Se o câncer está no começo e atinge apenas a próstata, a solução é um a cirurgia para retirar a próstata ou a radioterapia, com chance de cura de 90%.
Em casos de câncer avançado e já atingindo outras áreas próximas, o tratamento é com radioterapia e quimioterapia.
Sem a próstata o homem perde a capacidade reprodutiva, mas pode ter ereção e orgasmo normalmente na maioria dos casos.
Apenas em 20% dos pacientes operados ocorre impotência sexual.
8. Como prevenir o câncer de próstata?
Fonte:
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
A dor causada pelo deslocamento de pedras nos rins é terrível.
Em alguns casos é preciso fazer cirurgia para retirar os cálculos renais.
Publicado em dezembro de 2021.
Quem toma pouca água aumenta o risco de desenvolver pedras nos rins.
Ter pedras nos rins (cálculos renais) é um problema comum que pode trazer consequências sérias quando não tratamos adequadamente.
As causas estão associadas a diversos fatores como hereditariedade, urinar pouco, ter desequilíbrios metabólicos ou alterações anatômicas.
É possível que a pessoa demore a perceber a presença de pedras nos rins até que elas se desloquem e provoquem a temida cólica renal.
As dores nas costas são intensas, irradiam para o abdômen e provocam náusea.
Expelir o cálculo renal é algo que pode acontecer naturalmente, dependendo do tamanho e localização.
Mas, em muitos casos, é necessário tratamento médico, inclusive intervenção cirúrgica.
Por isso, quem descobre que possui pedras nos rins ou na vesícula deve fazer acompanhamento com especialista para evitar complicações graves.
Cuidar da alimentação e beber muita água é o melhor remédio para quem quer se prevenir.
Saiba mais sobre pedras nos rins na entrevista com Raquel Ferreira Nassar Frange, nefrologista (médica especializada no diagnóstico e tratamento das doenças do sistema urinário), da QualiMedi Saúde.
Entrevista: Raquel Ferreira Nassar Frange, nefrologista.
O que é o cálculo renal?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Litíase renal ou cálculo renal são os termos médicos para designar as famosas pedras nos rins.
Por que a composição do cálculo varia?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os cálculos são formados a partir do excesso ou redução de determinado componente no sangue e na urina.
Os principais cálculos são os de cálcio, mas também podemos ter de ácido úrico, cistina, estruvita.
Quais são as causas mais comuns de cálculos renais?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - A composição do cálculo indica as principais causas do problema.
Começando pelo cálculo mais comum, que é o de cálcio.
As principais causas são: hipercalciúria (excesso de cálcio na urina); hiperuricosúria (aumento de ácido úrico na urina); hipocitratúria (diminuição da excreção de citrato na urina); hiperoxalúria (aumento da excreção urinária de oxalato) e ainda em razão de baixo volume de urina.
Por que ocorre esse desequilíbrio que provoca as pedras nos rins?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange – Um conjunto de fatores contribui para o desequilíbrio que leva à formação das pedras.
Ter uma dieta alimentar com excesso de proteína animal, muito sódio (sal, refrigerantes, produtos industrializados). Beber pouca água e não praticar exercícios são comportamentos de risco.
Mas o problema também pode ser consequência de distúrbios metabólicos, alterações anatômicas, herança genética, entre outros.
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange – Os cálculos podem se formar fora dos rins, como por exemplo os cálculos de via biliar.
As famosas pedras na vesícula.
O que provoca o deslocamento dos cálculos renais e qual é a localização mais frequente?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os cálculos podem estar presentes por toda a via urinária, desde o rim até a uretra.
O mais comum é estarem dentro dos rins.
O deslocamento dos cálculos dos rins é o que costuma causar a dor da cólica renal, a causa desse deslocamento não são claras.
Dizem que pior que dor de parto, só cólica renal.
Por que dói tanto?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - O que causa a dor não é a presença do cálculo dentro do rim e sim seu deslocamento e possível obstrução nas vias urinárias.
Como essas estruturas são ricamente inervadas, a dilatação pela obstrução leva a uma dor aguda, intensa e inesquecível.
Cálculos na vesícula biliar provocam dor também?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Sim, inclusive podem evoluir para doença grave.
Todo paciente com cálculo biliar deve ser acompanhado por especialista.
Que outros sintomas indicam presença de cálculos renais?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Além da dor lombar, a presença de sangue na urina pode indicar cálculo renal. Mas em muitos casos o quadro é assintomático, ou seja, não provoca nenhum sintoma.
Quanto menor o tamanho e maior a quantidade de cálculos mais perigoso?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Não necessariamente, precisamos investigar a causa de formação, tamanho do cálculo e localização para avaliar essa questão.
Quais os riscos de ter cálculo renal de repetição? O quadro pode levar a perda de função renal?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os riscos de recorrência são de 50% aproximadamente, num prazo de 5 anos.
E a depender da gravidade da obstrução, do tamanho e da causa da formação do cálculo, se está ou não associado com infecção da urina, pode sim levar a perda de função renal.
No começo a doença é assintomática? Como descobrir o problema logo no início?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Infelizmente se a doença é assintomática, apenas um exame de imagem, como um ultrassom ocasional, poderia mostrar a presença de cálculo.
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Temos atualmente medicações para tratamento a depender da causa de formação do cálculo.
Porém se o cálculo é muito grande, encaminhamos para o urologista, a fim de avaliar necessidade cirúrgica.
Quando é preciso operar?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Cálculos maiores que 0,6 cm precisam ser acompanhados por urologista.
E normalmente vão precisar de intervenção cirúrgica, principalmente quando causam obstrução.
Como evitar as pedras nos rins?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Mantendo um estilo de vida saudável, principalmente com alimentação equilibrada, evitando excesso de sódio, evitando excesso de proteína animal e ingerindo em média de 2-3 litros de água por dia.
Chá quebra pedra funciona ou não há recomendação científica?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Não existe comprovação científica quanto a eficiência dessas misturas.
O que ajuda a evitar a formação dos cálculos é o consumo de água!
Raquel Ferreira Nassar Frange é médica graduada pela Universidade Estadual de Londrina (2015).
Membro da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Fez Residência Médica no programa de Clínica Médica do Hospital Evangélico de Londrina/ Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Campos Londrina (2016-2017).
Residência Médica no programa de Nefrologia pelo Instituto do Rim de Londrina / Sociedade Brasileira de Nefrologia/ Hospital Evangélico de Londrina (2018-2019).
É Coordenadora do estágio de urgências e emergências médicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Londrina - Pronto Socorro Médico do Hospital Evangélico de Londrina.
Médica Plantonista da Unidade de Cuidados Intensivos - UTI 1,2,3 e UCO - Hospital Evangélico de Londrina, Médica Plantonista do Pronto Socorro Médico - Hospital Evangélico de Londrina.
Médica Plantonista da Unidade de Cuidados Intensivos - UTI - Hospital Araucária de Londrina.
Médico da Enfermaria Clínica - Hospital Dr. Anísio Figueiredo - Hospital Zona Norte de Londrina.
Faz parte da equipe da QualiMedi Saúde em Londrina.
São mais de 65 mil casos de câncer de próstata a cada ano no
Brasil. Com diagnóstico precoce, a chance de cura é de 90%.
Publicado em 1 de novembro de 2021.
A prevenção contra o câncer de próstata ganha destaque na campanha pela
saúde do homem, o Novembro Azul.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é o tipo de câncer mais comum na população masculina, representa
29% dos casos.
O órgão, que auxilia o Ministério da Saúde nas políticas de
controle e prevenção da doença, estima que 65.840 novos casos serão
registrados a cada ano, entre 2.020 e 2.022 no Brasil.
O câncer é a mais grave doença da próstata, mas tem grande chance de cura
quando diagnosticado em estágio inicial.
O problema é que a maioria dos
homens não faz os exames preventivos regularmente.
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realizada em junho deste ano em 8 capitais,
com 3.200 homens com mais de 35 anos, constatou que 51% dos
entrevistados nunca consultaram um urologista. Os motivos alegados pela maioria foram a falta de tempo e o medo.
As consultas com o especialista para a prevenção do câncer de próstata
devem ser anuais para homens que fazem parte do grupo de risco.
O ainda temido exame de toque retal dura apenas segundos, é indolor eindispensável.
Nesta entrevista o urologista Joao Correia dos Santos, integrante da equipe da QualiMedi Saúde, em Londrina, informa sobre os fatores de risco, amedidas de prevenção e tratamento do câncer e de outras doenças da
próstata.
Qual é a função da próstata?
Dr. João Correia dos Santos – A próstata é o órgão reprodutor masculino.
Ela produz um líquido que protege o espermatozoide durante o deslocamento até
a vagina.
Esse líquido cria as condições necessárias para a sobrevivência do
espermatozoide graças à sua composição, tem o pH (acidez) adequado e
substâncias como a frutose (açúcar produzido pelo organismo), para nutrir o
espermatozoide por até três dias no útero da mulher.
Portanto a função da próstata é reprodutiva.
Apesar de o espermatozoide ser produzido nos testículos, ele depende do líquido prostático para sobreviver após a ejaculação.
Quais são as doenças da próstata?
Dr. João Correia dos Santos – São basicamente três doenças, duas benignas e
uma maligna.
O aumento benigno da próstata e a prostatite (inflamação da
próstata), provocam apenas desconfortos, como dificuldade para urinar.
Já o câncer de próstata pode matar.
É uma doença que se desenvolve
silenciosamente, assintomático em sua fase inicial.
Os sinais se manifestam quando evolui para um quadro mais grave.
Conseguimos identificar o câncer de próstata ao realizar o exame de toque e verificar que a próstata está dura.
Por isso a importância de campanhas como o Novembro Azul que estimulam
os exames anuais, colaborando para a detecção precoce.
Se tratado no início, a chance de cura chega a 90%.
Mesmo quem depende do SUS (Sistema Únicode Saúde), consegue realizar exames anuais se programar com antecedência.
Eles são indispensáveis porque quando o câncer de próstata demora a ser descoberto, há pouco a se fazer.
Para que o paciente entenda melhor as doenças da próstata, eu costumo usar a imagem de uma maçã cortada ao meio.
A casca da maçã representa a cápsula da próstata, onde se localizam 70% dos casos de câncer.
Por isso o exame de toque é tão necessário.
Apalpando percebemos se a cápsula está dura ou tem caroços que indicam a doença.
A polpa da maçã representa a área onde é produzido o líquido prostático e ocorre o aumento benigno da
próstata.
E a parte do meio da maçã, onde fica o talo, representa a localização da uretra, onde surge a inflamação chamada uretrite.
Quais são as doenças da próstata mais comuns nos jovens?
Dr. João Correia dos Santos – Quando o jovem sente alguma alteração na próstata, normalmente é uma inflamação, uma prostatite, e muitas vezes tem a ver com infecções sexualmente transmissíveis.
O câncer de próstata é raro antes dos 40 anos.
Uma recomendação para homens que têm entre 15 e 35 anos de idade é examinar ao menos uma vez por semana os seus testículos.
Se encontrar um caroço, procure o urologista para exame.
O câncer de testículo é bem agressivo e ocorre em adolescentes e jovens adultos.
A partir de que idade o homem tem que fazer exame preventivo de câncer de próstata?
Dr. João Correia dos Santos – O homem deve se consultar com o urologista anualmente para fazer o exame de próstata a partir dos 45 anos (quando há casos de câncer na família) ou dos 50 anos (quando não há registro de
casos).
É muito importante fazer os exames anuais até chegar aos 80 anos de idade.
Depois dos 80 consideramos desnecessário porque, apesar de prevalente, nesta fase da velhice o câncer de próstata tem um risco de vida bem menor.
Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?
Dr. João Correia dos Santos – O principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de próstata é o envelhecimento.
Quanto mais velhos ficamos, maior a chance de ter a doença.
Como já disse, quando o câncer surge depois dos 80 anos de idade é menos agressivo e raramente a pessoa morre por esse motivo.
Quando aparece aos 40, aos 50, aos 60 anos é muito pior, por isso temos que ser bem disciplinados em relação aos exames preventivos nesta fase da vida.
A genética é outro fator de risco relevante.
Se há casos na família, fique atento.
Ser da etnia negra também é fator de risco.
Como no Brasil, a maioria da população é negra ou mestiça, temos chance aumentada de desenvolver o
câncer.
Um dos estudos realizados e que apontou para esse fator de risco foi realizado nos EUA revelando um número bem maior de casos da doença na população afro-americana do que entre os brancos.
Na Europa, onde a predominância é branca, a incidência de câncer de próstata é menor.
Tanto que a conduta preventiva difere da nossa.
Sabemos também que o câncer pode estar relacionado, em alguns casos, ao alto consumo de gordura animal.
No Japão onde a dieta típica inclui muitos vegetais e peixe, o índice de câncer de próstata é baixo.
Já entre os descendentes de japoneses que vivem nos EUA e acabam adotando hábitos
como comer fast food, carnes gordas e poucos vegetais, a prevalência é maior.
Manter uma alimentação predominantemente vegetariana ajuda na prevenção não só do câncer de próstata, mas de outros cânceres e de problemas cardiovasculares.
Como é feito o check-up preventivo do câncer de próstata?
Dr. João Correia dos Santos – O check-up preventivo do câncer de próstata deve ser realizado anualmente e consiste no exame de toque retal e no exame de sangue para medir o nível de PSA, uma enzima produzida pela
próstata e que serve como marcador tumoral.
Ou seja, altos níveis de PSA indicam que há algo errado na próstata.
Avaliando o resultado do exame de sangue e apalpando a próstata no toque retal, é possível descartar a doença.
Importante dizer que o paciente não deve se assustar olhando apenas a medição de PSA.
Andar de moto, de bicicleta ou ter uma relação sexual também altera o PSA.
O homem é privilegiado, a mulher não tem marcadores tumorais para câncer de mama ou de colo uterino.
O PSA é um marcador razoável.
Portanto, o homem tem uma grande chance de detecção precoce e cura do câncer fazendo seus exames regularmente.
O exame de toque retal é indispensável para detectar o câncer depróstata?
Dr. João Correia dos Santos – O exame de toque é indispensável, faz parte do exame físico.
Há um certo pudor por parte do paciente, mas assim como temos de aferir a pressão arterial, olhar a garganta, apalpar o abdômen, precisamos fazer o toque retal para conseguir examinar a próstata.
Não basta o exame de sangue para fechar o diagnóstico.
Os dois exames – físico e de sangue – são complementares.
Em alguns casos pedimos inclusive um terceiro exame, a ultrassonografia abdominal ou transretal para conseguir avaliar com mais precisão a próstata e, se for o caso, determinar a realização de biópsia.
Outro exame que hoje está sendo recomendadíssimo é a ressonância nuclear magnética multiparamétrica da próstata que detecta áreas com densidade alterada e gradua o risco de ser câncer.
O problema é que é um exame caro ainda, custa entre 1,5 mil e 2 mil reais e ainda não é oferecido pelo SUS.
Como é feito o exame de toque retal?
Dr. João Correia dos Santos – O exame de toque retal é muito rápido, dura alguns segundos apenas.
O paciente fica numa posição confortável, deitado na maca, com a barriga pra cima e os joelhos fletidos.
Usamos luva e lubrificante, não dói e não tem nada de humilhante.
O que acontece se o homem se recusar a fazer o exame de toque retal?
Dr. João Correia dos Santos – O preconceito contra o exame de toque retal já foi pior.
Após a intensificação de campanhas educativas por parte do governo e de instituições da área médica, principalmente no Novembro Azul, estamos conseguindo superar melhor essa questão cultural relacionada à masculinidade.
Mas temos pacientes, especialmente os mais idosos, que se recusam a fazer o exame de toque.
Quando insistimos e conseguimos realizar o exame, o paciente até se surpreende e pergunta, é só isso?
Se o homem não se conscientiza da importância e não faz o exame, infelizmente está colocando
a própria vida em risco.
Como é feita a biópsia para diagnosticar o câncer de próstata?
Dr. João Correia dos Santos – A biópsia de próstata pode ser realizada pelo urologista ou pelo radiologista.
O objetivo é retirar um fragmento para análise.
O profissional é guiado pelo aparelho de ultrassonografia.
Pode ser aplicada anestesia local ou sedação.
O procedimento não deixa nenhuma sequela, tem baixo risco de provocar febre, sangramento ou infecção urinária porque usamos o reto como fonte.
Os casos com complicações giram em torno de 3% apenas e são, geralmente, aqueles em que o paciente tem
comorbidades como diabetes, por exemplo.
Qual é o tratamento para o câncer de próstata?
Dr. João Correia dos Santos – A biópsia de fragmento da próstata, além de confirmar ou descartar o diagnóstico de câncer, indica o grau de agressividade do tumor.
Isso ajuda a determinar o melhor tratamento para cada caso.
Quando o câncer é diagnosticado precocemente, ainda está confinado na próstata, conseguimos eliminar o tumor por meio da prostatectomia radical (cirurgia para a retirada da próstata) ou por radioterapia.
A chance de cura nesses casos é bem alta, em torno de 90%.
Quando o câncer já está em estágio mais avançado, chegou à vesícula seminal ou até a bexiga, a conduta é tratar com radioterapia e quimioterapia.
E quando a situação é ainda mais grave o tratamento é quimioterápico.
Como é realizada a cirurgia para a retirada da próstata (prostatectomia radical)?
Dr. João Correia dos Santos – A cirurgia para a retirada da próstata é realizada pelo urologista.
Pode ser feita da forma tradicional (cirurgia aberta, com incisão maior) ou por laparoscopia (por meio de pequenas incisões), reduzindo o tempo de recuperação e com um resultado estético melhor.
Também já temos no Brasil, inclusive em Londrina, a possibilidade de auxílio de robô para fazer a prostatectomia com ainda mais precisão.
A cirurgia para retirar a próstata deixa sequelas?
Dr. João Correia dos Santos – A cirurgia para retirada da próstata implica na perda da capacidade reprodutiva e pode causar impotência sexual em 20% dos casos.
A maioria dos pacientes, portanto, segue tendo ereção e prazer sexual normais.
João Correia dos Santos possui graduação em Medicina pela Fundação Bahiana para Desenvolvimento da Medicina (1993).
Mestre pelo PRODEMA na Universidade Estadual de Santa Cruz (2010), em Ilhéus, na Bahia.
Atualmente faz parte como Membro Efetivo do Corpo Clínico do Hospital Evangélico de Londrina nos Serviços de Urologia e Clínica Cirúrgica (desde maio/2017).
Médico Preceptor do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral e da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica desde agosto/2017 (PUC - Londrina-PR).
Em Itabuna-Bahia atuou em Clínica Cirúrgica e Urologia na Clínica Interface Odontomédica, e na Santa Casa de Misericórdia (janeiro/2001 a junho/2017).
No Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães foi médico plantonista da Emergência, Urologista e Coordenador do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral (fevereiro/2001 a junho/ 2017).
Exerceu docência na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, Bahia, no curso de Medicina (março/2002 a junho/2017.
É integrante da equipe da QualiMedi Saúde onde atende pacientes a partir dos 2 anos de idade.
Saiba quais são os hábitos que contribuem para evitar a infecção urinária, um problema que atinge 30% das mulheres.
Publicado em 21 de outubro de 2021.
O urologista é o médico especialista no aparelho urinário e deve ser consultado pelas mulheres em casos de infecção urinária frequente.
A infecção urinária é um problema muito comum na vida da mulher.
Causa desconfortos e prejuízos físicos e emocionais.
Se não tratada adequadamente pode comprometer a saúde de forma grave.
Quando a mulher demora a tratar, há chance de a infecção urinária evoluir para uma infecção renal, exigindo internação hospitalar e até cirurgia.
É importante compreender que tratar a infecção urinária não significa apenas tomar antibióticos em momentos de crise.
É preciso mudar o comportamento, adotar uma rotina de cuidados diários que vão muito além da higiene adequada.
Nesta entrevista, o urologista João Correia dos Santos, médico que integra a equipe da QualiMedi Saúde, explica como a mulher pode evitar a infecção urinária ajustando hábitos.
O especialista também alerta para os riscos de negligenciar os episódios de repetição e destaca os tratamentos disponíveis.
Inclusive uma vacina que estimula o sistema imunológico contra a infecção urinária quando causada pela bactéria Escherichia coli relacionada a 80% das infecções.
É comum a mulher procurar o urologista para tratar infecção urinária?
Dr. João Correia do Santos - É frequente mas não é o comportamento mais comum.
Quando a mulher vai regularmente ao ginecologista, tende a tratar a infecção urinária com esse profissional.
Tem mulher que chega ao consultório do urologista com vergonha, achando que está no médico errado.
É preciso que as mulheres saibam que o urologista não é o médico que trata só os homens, mas um especialista em problemas do aparelho urinário como a infecção urinária, a perda de urina involuntária e o cálculo renal, dentre outros.
É verdade que qualquer médico pode e deve tratar a infecção urinária, pois é algo urgente, geralmente causa dor, mal-estar e febre.
Mas se o paciente tem quadros infecciosos de repetição ou sintomas de outros problemas relacionados ao aparelho urinário, deve ser encaminhado ao urologista para avaliação.
Por que as mulheres têm mais infecção urinária que os homens?
Dr. João Correia do Santos - A literatura mostra que 30% das mulheres têm ou terão infecção urinária ao longo da vida.
Já os homens, normalmente, só enfrentam este problema depois dos 50 anos, quando surgem doenças da próstata.
A prevalência se explica pela anatomia feminina.
Na mulher, a uretra, que é o canal que conduz a urina da bexiga até a vagina, é curta, tem torno de 2 a 4 centímetros. No homem, devido ao pênis, a uretra é longa, tem entre 15 e 20 centímetros.
A pequena uretra da mulher está junto da vagina e muito próxima do ânus.
Por isso, por melhor que seja o cuidado com a higiene, o risco de infecção é alto.
Na maioria dos casos, cerca de 80% deles, a infecção é causada pela Escherichia coli (E. coli), uma bactéria presente nas fezes que migra do ânus para a vagina e então para dentro da bexiga.
Em que fases da vida o risco de infecção urinária na mulher aumenta?
Dr. João Correia do Santos - A infecção urinária pode afetar a mulher desde a infância, desde o momento em que a criança deixa de usar fralda e começa a segurar o xixi.
Especialmente quando vai pra escola e passa horas sem ir ao banheiro.
Mais tarde, na adolescência, quando começa o ciclo menstrual, o uso de absorvente aumenta a temperatura local e contribui para a proliferação de bactéria.
Na vida adulta começam as relações sexuais que provocam impacto, um tipo de trauma que pode causar inflamação na bexiga e maior risco de infecção.
E durante a menopausa, o risco também é alto.
Por isso, ao longo da vida, é importante receber orientação do urologista sobre medidas preventivas e não apenas usar antibiótico nos momentos de crise.
Por que o risco de infecção urinária é grande na menopausa?
Dr. João Correia do Santos – Na menopausa, ente os 45 e 60 anos de idade, ocorre o declínio da produção hormonal na mulher.
É algo que faz parte do envelhecimento e provoca o ressecamento e a atrofia vaginal.
Sem a hidratação, que funciona também como uma barreira de proteção para a vagina, fica ainda mais fácil a migração de bactérias para a bexiga.
Se for este o caso, a paciente deve ser encaminhada ao ginecologista e avaliar juntamente com o médico a possibilidade de reposição hormonal e uso de cremes vaginais.
Resumindo, quais são as principais medidas preventivas contra a infecção urinária nas mulheres?
Dr. João Correia do Santos – Fazer xixi várias vezes ao dia e com qualidade.
Ou seja, beber bastante líquido (água, chá, suco) e esvaziar toda a bexiga para eliminar as bactérias na urina.
Se programar para ir ao banheiro em intervalos de no máximo duas ou três horas.
Reter o xixi facilita o progresso de infecção.
Por isso é um problema tão frequente em mulheres que têm mais dificuldade de deixar o posto de trabalho como professoras e recepcionistas, entre outras.
Outro comportamento que deve ser evitado é fazer xixi em pé ou semissentada.
Isso é muito comum quando a mulher vai usar um banheiro fora de casa e que não está em boas condições de limpeza.
A mulher evita se sentar no vaso sanitário e a posição acaba impedindo o esvaziamento total da bexiga.
Um pouquinho de xixi fica guardado e é aí que começa a infecção.
Podemos comparar a bexiga com um reservatório de água que precisa ser esvaziado regularmente e limpo para não acumular sedimentos.
Tem que ser esvaziada por inteiro.
Não usar calça ou shorts muito apertados e preferir calcinhas com forro de algodão também são medidas preventivas.
Lembrar de esvaziar a bexiga antes e depois das relações sexuais, assim como ficar atenta quanto a lubrificação vaginal para minimizar o trauma uretral durante o coito.
Ingerir alimentos muito ácidos (abacaxi, maracujá, limão ou laranja) em grande quantidade pode fazer com que o xixi irrite os canais do aparelho urinário cause inflamação e abra caminho para um processo infeccioso.
Que problemas a infecção urinária de repetição pode provocar?
Dr. João Correia do Santos - Há dano emocional, porque atrapalha a vida social e sexual, criando até problemas conjugais, e há o prejuízo à saúde.
O quadro mais grave é a pielonefrite que ocorre quando a infecção urinária avança da bexiga para os rins.
É um problema sério que exige internamento e, em alguns casos, até intervenção cirúrgica.
Um risco maior ainda nos casos assintomáticos de infecção urinária.
Algumas mulheres não sentem nenhum sintoma até chegar a um estágio grave de infecção.
Isso reforça a importância de se fazer exames de urina semestrais ou anuais que podem revelar a presença de bactérias e o tratamento em tempo adequado.
Quais são os sintomas mais comuns da infecção urinária na mulher?
Dr. João Correia do Santos - O sintoma mais comum da infecção urinária é a disúria, ou seja, o desconforto ao urinar. O normal é que esvaziar a bexiga seja prazeroso, mas a infecção urinária provoca desconforto, às vezes ardência, no início ou no final do xixi.
Outro sintoma é o aumento da frequência urinária.
Se a mulher está acostumada a urinar duas vezes pela manhã, passa para três ou até mais vezes.
Faz xixi e logo já está com vontade de novo.
Já o mau cheiro na urina, geralmente, é sinal de vaginite, infecção na vagina, que pode levar a uma posterior infecção urinária.
Cistite e infecção urinária são a mesma coisa?
Dr. João Correia do Santos – A cistite é a denominação que damos para a infecção na bexiga.
Veja, o aparelho urinário é formado pelos rins que filtram o sangue eliminando as toxinas em forma de urina.
A urina é drenada pelo ureter até a bexiga, sendo escoada pela uretra até chegar à vagina.
Quando dizemos que a mulher está com infecção urinária significa que foi detectada infecção no aparelho urinário mas não sabemos ainda qual é a localização exata.
Analisando o quadro clínico e fazendo exames complementares, conseguimos o diagnóstico preciso.
Se a paciente relata dor no pé da barriga, posso afirmar que a infecção é na bexiga e chamamos de cistite.
Já se a pessoa apresenta dor lombar, febre ou dilatação dos rins a indicação é de pielonefrite, infecção nos rins. Quando o problema está no ureter é chamado de ureterite e na uretra, uretrite.
Enfim, a denominação muda de acordo com a área do aparelho urinário onde a infecção está localizada.
Tomar antibiótico várias vezes ao ano por causa de infecção urinária de repetição pode causar prejuízo à saúde? Qual a melhor conduta de tratamento nesses casos?
Dr. João Correia do Santos – O uso de antibióticos deve ser racional, normalmente administrado em momentos de crise para zerar a colônia de bactérias.
Mas o que funciona como tratamento são as medidas preventivas contra a infecção urinária.
É preciso tratar as causas comportamentais. Não ficar retendo urina, fazer xixi regularmente, várias vezes ao dia, bebendo bastante líquido e esvaziando a bexiga por inteiro ao urinar.
O ato sexual também exige cuidados, é preciso que a mulher esteja lubrificada para evitar traumas que facilitam o desenvolvimento do processo infeccioso.
E deve virar rotina urinar antes e depois do sexo.
É fundamental se ater a esses detalhes no dia a dia e passar pela avaliação do urologista para investigar as causas da repetição de episódios de infecção.
Mulheres grávidas podem tomar antibiótico para combater infecção urinária?
Dr. João Correia do Santos – O ideal é não tomar antibióticos na gravidez, por isso orientamos as mulheres que querem engravidar, ou já estão grávidas, a adotarem as medidas preventivas.
Mas quando ocorre a infecção urinária, não tem jeito, tem que tomar o antibiótico para evitar parto prematuro ou outra complicação.
Existem medicamentos que podem ser usados com segurança pois não comprometem o desenvolvimento do bebê.
Reforçar a imunidade protege da infecção urinária?
Dr. João Correia do Santos – Quanto maior a imunidade maior é a resistência do organismo, portanto ajuda sempre. Para pacientes com infecção urinária de repetição vale a pena fazer prevenção com vacina que estimula a produção de anticorpos contra a Escherichia coli, que é a bactéria causadora de 80% dos casos.
A paciente toma comprimidos com a bactéria inativada por um período de três meses.
O resultado é excelente.
João Correia dos Santos possui graduação em Medicina pela Fundação Bahiana para Desenvolvimento da Medicina (1993), Mestre pelo PRODEMA na Universidade Estadual de Santa Cruz (2010), em Ilhéus, na Bahia.
Atualmente faz parte como Membro Efetivo do Corpo Clínico do Hospital Evangélico de Londrina nos Serviços de Urologia e Clínica Cirúrgica (desde maio/2017).
Médico Preceptor do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral e da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica desde agosto/2017 (PUC - Londrina-PR).
Em Itabuna-Bahia atuou em Clínica Cirúrgica e Urologia na Clínica Interface Odontomédica, e na Santa Casa de Misericórdia (janeiro/2001 a junho/2017).
No Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães foi médico plantonista da Emergência, Urologista e Coordenador do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral (fevereiro/2001 a junho/ 2017).
Exerceu docência na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, Bahia, no curso de Medicina (março/2002 a junho/2017.
É integrante da equipe da QualiMedi Saúde onde atende pacientes a partir dos 2 anos de idade.
Aprenda a reconhecer os sintomas da ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) nos homens e como se proteger.
Atualizado em 26 agosto de 2021.
O Ministério da Saúde substituiu a terminologia DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) por ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) na tentativa de reforçar que é possível uma pessoa estar doente e contagiar outras antes mesmo de apresentar sintomas.
As ISTs são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos.
Quando não tratadas, elas podem trazer consequências graves. Em alguns casos provocam infertilidade, câncer e até a morte.
Por isso é tão importante se prevenir usando camisinha, observando o corpo e indo ao médico regularmente.
O recomendado para os homens é consultar o urologista ao menos uma vez por ano como prevenção.
• Em relação sexual (oral, vaginal ou anal) sem o uso de preservativo.
• De mãe para filho durante a gestação, no parto ou no período de amamentação.
• No contato com mucosa e secreções corporais contaminadas, em situações que não a relação sexual.
As 5 Infecções Sexualmente Transmissíveis mais comuns nos homens.
Conversamos com o urologista João Correia dos Santos da equipe QualiMédicos para listar as Infecções Sexualmente Transmissíveis mais comuns nos homens e os sintomas de cada uma delas.
1 - Sífilis
Normalmente o primeiro sinal da sífilis é uma ferida pequena e indolor. Pode haver inchaço na região. No segundo estágio pode ocorrer erupção nas palmas das mãos ou solas dos pés, cansaço, dor de garganta e dor de cabeça. Quanto antes o paciente procurar atendimento, melhor. Pois o terceiro estágio da doença pode causar complicações severas.
2 - Gonorreia
A gonorreia é uma das doenças mais silenciosas nos homens, mas quando apresenta sinais, o paciente sente dor ao urinar e percebe secreções brancas, verdes ou amareladas no pênis.
A gonorreia é uma das doenças mais silenciosas nos homens, mas quando apresenta sinais, o paciente sente dor ao urinar e percebe secreções brancas, verdes ou amareladas no pênis.
3-Herpes
A herpes é bem conhecida pelas feridas que causa na boca, mas quando ocorre herpes genital nos homens, os primeiros sinais são coceira ou queimação e bolhas no pênis, em toda a região íntima e até nas coxas. O primeiro surto costuma ser mais grave e acontece entre dois dias e uma semana depois do contágio.
4 - HPV
O principal sintoma do HPV são as verrugas, normalmente pequenas, em formato de couve-flor. Elas podem surgir na genitália ou na boca.
5 - HIV
Diferentemente das demais doenças, no caso do HIV, os sintomas não são na genitália. A pessoa apresenta inicialmente um quadro com febre, dor de cabeça e mal-estar. Posteriormente costuma evoluir para perda de peso rápida, diarreia, feridas na boca e manchas vermelhas na pele.
A melhor forma de proteção contra as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) é o uso de preservativo em todas as relações sexuais e a visita regular ao urologista para exames preventivos quem permitem o diagnóstico precoce.
Ao suspeitar de contaminação ou receber um diagnóstico de Infecção Sexualmente Transmissível devemos informar imediatamente a(s) pessoa(s) com quem mantivemos relações. Para o controle de contágio, todos precisam ser tratados.
Compartilhe esse texto com os amigos, colabore com a prevenção. Se desejar agendar uma consulta com o urologista João Correia dos Santos, clique aqui.
A pielonefrite ocorre quando a infecção urinária chega aos rins e pode trazer consequências graves.
Atualizado em 27 de agosto de 2021.
A infecção urinária quando não tratada corretamente pode contaminar os rins evoluindo para pielonefrite.
A doença inflamatória infecciosa é causada por bactérias, na maioria das vezes pela E.coli (Escherichia coli) presente nos intestinos.
Sistema imunológico debilitado, pedras nos rins, diabetes e alterações anatômicas estão entre os fatores de risco.
Se não tratada a tempo, a pielonefrite causa problemas renais crônicos e até sepse, infecção generalizada que pode matar.
Conversamos como o urologista João Correia dos Santos, da QualiMedi Saúde, para saber mais sobre sintomas e prevenção.
Alteração na cor e odor da urina, ardência ao urinar e aumento na frequência urinária são os primeiros sintomas de infecção.
O problema é que nem todos os pacientes apresentam sintomas, especialmente nos idosos, a doença pode avançar sem dar sinais.
Isso acontece se a pessoa não perceber sintomas, negligenciar, mascarar com medicações ou não tratar corretamente a infecção urinária.
As bactérias avançam pelos canais que ligam a bexiga aos rins, comprometendo a função renal que é filtrar toxinas do organismo.
Isso caracteriza o quadro de pielonefrite que pode se tornar uma doença crônica.
Após atingir os rins, órgãos com intenso fluxo de sangue, existe uma grande possibilidade de as bactérias entrarem na corrente sanguínea e causarem falência múltipla de órgãos.
• Febre alta
• Calafrios
• Dor abdominal
• Dor lombar
• Náusea
• Suor excessivo
• Dor e urgência para urinar
• Sangue ou pus na urina
• Mau cheiro e urina turva
Em caso de sintomas de infecção urinária procure um médico para garantir o tratamento precoce.
Se a infecção for tratada desde o início, apenas com o uso de antibióticos via oral e ingestão de líquidos é possível se sentir melhor rapidamente.
O exame de urina deve ser repetido após o final do tratamento, conforme prazo orientado pelo especialista, para confirmar que a infecção foi debelada.
Já o tratamento da pielonefrite é mais complexo e urgente.
Quanto antes administrados os antibióticos, maior a chance de evitar grandes complicações.
Crianças e idosos podem precisar de internação hospitalar. Em casos de infecção persistente, a administração de antibióticos por via endovenosa pode se estender por 21 dias.
Se ocorrer a formação de bolhas de pus nos rins é necessário um procedimento cirúrgico.
Na maioria dos casos é possível reverter os danos, mas dependendo das lesões provocadas pela doença, o paciente pode perder o rim, se tornar dependente de diálise e de transplante do órgão.
Prevenção
• Beba bastante água, ajuda a eliminar as bactérias pela urina.
• Não adie a ida ao banheiro. Segurar a urina por muito tempo contribui para infecção.
• Urine após a relação sexual para facilitar a eliminação eventual de microrganismos infecciosos.
• Não tome medicação sem orientação médica e nem interrompa o tratamento sem consultar o especialista.
• Faça check-up regularmente com o urologista. O exame de urina que detecta infecção faz parte da rotina e revela os casos assintomáticos.
Se quiser agendar uma consulta com o urologista João Correia dos Santos, clique aqui.
Saiba as diferenças entre a fimose nos adultos e nas crianças.
Atualizado em 30 de agosto de 2021.
A fimose ocorre quando há excesso ou estreitamento de pele impedindo a exposição da glande, a cabeça do pênis.
Em geral o problema provoca dificuldade para urinar e fazer a higiene na região, dores e risco de infecções penianas.
Há dois tipos de fimose, a fisiológica, que se apresenta desde o nascimento do menino, e a secundária (patológica) que surge em qualquer idade e pode trazer complicações mais graves na vida adulta.
Conversamos com o urologista da QualiMedi Saúde, João Correia dos Santos, sobre as causas, consequências e formas de tratamento para fimose.
A fimose fisiológica não tem como ser prevenida, se desenvolve na vida fetal e depende da característica genética do indivíduo.
É uma condição muito comum e, na maioria dos meninos, tende a desaparecer naturalmente até os 5 anos de idade.
Já as causas da fimose secundária (patológica), que pode se manifestar em homens de qualquer idade, são infecções de repetição ou traumatismo local.
As complicações na fimose fisiológica dependem do grau que ela se apresenta em cada menino.
Em alguns o prepúcio, que é a prega de pele que recobre a glande, mais conhecida como cabeça do pênis, é tão estreito que retém o xixi e pode provocar infecção urinária.
A higiene íntima também fica prejudicada e por isso surgem assaduras e infecções na pele.
Nos adultos, além de atrapalhar a higiene e facilitar a ocorrência de infeção urinária, a chamada fimose secundária traz outros desconfortos e é fator de risco para diversas doenças.
Nas relações sexuais o homem pode sentir dor e aumenta o risco de provocar infecções vaginais na parceira.
Aumenta o risco de contrair ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e desenvolver câncer no pênis.
A chance de ter uma parafimose também é maior.
Este problema exige tratamento imediato, é mais grave que a própria fimose.
O prepúcio fica preso e pressiona a glande, podendo interromper a circulação de sangue no local.
A primeira verificação de fimose fisiológica é realizada pelo médico no recém-nascido e é acompanhada nas consultas de rotina até os 5 anos de idade.
Quando se trata da fimose secundária, o próprio homem deve observar se tem dificuldade para puxar o prepúcio (a pele que recobre a cabeça do pênis) e se ela apresenta rachaduras.
Quem tem sintomas deve passar por uma avaliação do médico urologista.
Feito o exame clínico e confirmado o diagnóstico de fimose, o tratamento varia de acordo com a idade e outras particularidades de cada pessoa.
Muitas vezes o uso de pomadas e exercícios de retração de pele resolve.
Mas para parte dos pacientes a solução é cirúrgica. Durante o procedimento, o médico retira ou faz cortes na pele para permitir a exposição da glande (cabeça do pênis).
A idade recomendada para cirurgia nos meninos é entre 7 e 10 anos de idade. A recuperação é rápida, em menos de uma semana a criança retoma as atividades, com restrição apenas para exercícios físicos.
Os adultos que passam por cirurgia também precisam maneirar na atividade física e se abster de relações sexuais com penetração por 30 dias.
Você pode esclarecer outras dúvidas com o urologista João Correia dos Santos e toda a equipe da QualiMedi Saúde, entre em contato.
A vasectomia é um método eficiente de contracepção, mas muitos homens temem a cirurgia.
Atualizado em 13 de setembro de 2021.
A vasectomia é uma cirurgia simples que impede a passagem de espermatozoides pelos canais que ligam os testículos ao pênis, evitando a gravidez.
O procedimento é realizado com anestesia local, não exige internação hospitalar e leva aproximadamente meia hora. Mesmo com riscos baixos, muitos homens se recusam a operar por conta de medos infundados, como o de prejudicar a capacidade de ereção.
Na verdade, por diversos motivos, a vasectomia pode ser a melhor solução para casais que não querem engravidar.
• A maioria dos homens não gosta de usar camisinha.
• Interromper a penetração e ejacular para fora da vagina também não agrada.
• Os anticoncepcionais causam efeitos indesejáveis nas mulheres.
• Comparada à laqueadura das tubas nas mulheres, a vasectomia é menos invasiva.
Por outro lado, só aqueles que estão muito seguros da decisão de não querer mais ter filhos devem optar pela vasectomia.
Reverter a cirurgia não é fácil. A reflexão deve ser feita com calma, levando em conta muitos fatores, entre eles a idade, a satisfação com o relacionamento atual e as possibilidades de futuro.
É muito comum o homem se arrepender da vasectomia quando está num novo relacionamento e a parceira deseja ter filhos com ele.
O urologista da QualiMedi Saúde João Correia dos Santos, já atendeu muitos pacientes inseguros em relação a passar pela vasectomia.
Aqui o especialista responde às dúvidas mais frequentes que surgem no consultório, revelando o que é mito ou verdade.
João Correia dos Santos - A vasectomia é uma cirurgia que interrompe a circulação dos espermatozoides conduzidos através do epidídimo – um tipo de tubo em forma de novelo que fica na parte superior dos testículos – para os canais deferentes que desembocam na uretra, o duto peniano por onde escoam o esperma e a urina.
Ou seja, é apenas o transporte dos espermatozoides que é interrompido.
Não causa impacto na produção de hormônios, logo não atrapalha o desempenho sexual.
João Correia dos Santos - É mínima, mas existe uma chance em torno de 0,6 a 0,8% de ocorrer uma gravidez mesmo que o homem tenha passado por vasectomia.
O que acontece nesses casos raros é a recanalização espontânea do canal deferente, restabelecendo a passagem dos espermatozoides.
João Correia dos Santos - A cirurgia de vasectomia é simples.
O mais importante é o candidato estar convicto de sua decisão, seguro do seu planejamento familiar. O procedimento, em condições normais, é bem rápido, com duração entre 30 e 35 minutos, geralmente realizado no consultório do urologista.
O médico faz uma pequena incisão nos dois lados do saco escrotal, localiza e corta os canais deferentes, separa os segmentos com tecido conjuntivo e sutura.
O paciente pode ir para casa assim que o procedimento é concluído, alguns seguem direto para o trabalho.
João Correia dos Santos - O resultado não é imediato.
Após 120 dias da vasectomia ou depois de 20 ejaculações é necessário realizar o espermograma, um exame que revela a presença de espermatozoides no sêmen.
Só depois de passado esse período e feita a checagem é que o casal pode abandonar outros métodos de contracepção.
É possível reverter a vasectomia. VERDADE
João Correia dos Santos - Tecnicamente, a vasectomia é reversível.
Mas é importante ressaltar que a taxa de sucesso na reversão é muito baixa.
Um fator importante para conseguir religar os canais é o tempo passado desde a vasectomia.
Se o procedimento foi realizado há mais de 5 anos, a chance de reverter é bem menor.
Além disso trata-se de uma cirurgia mais difícil, que precisa ser feita no hospital, com anestesia e, portanto, é cara.
Pense bem.
Agende uma consulta para saber mais sobre a vasectomia.
O exame da próstata deve ser feito anualmente, a partir dos 50 anos, para permitir o diagnóstico precoce de doenças como o câncer.
Atualizado em 13 de setembro de 2021.
O exame da próstata é feito por toque retal.
O procedimento é muito importante para detectar doenças que o homem pode ter na região anal, como o câncer. Porém, muitas vezes, por preconceito ou falta de informação, os homens adiam ou até se recusam a passar pelo exame.
O urologista da QualiMedi Saúde João Correia dos Santos responde às principais dúvidas que surgem no consultório em relação a importância de se fazer o exame de próstata regularmente.
João Correia dos Santos - A regra geral é fazer o exame de próstata anualmente a partir dos 50 anos de idade.
Quem tem caso de câncer na família precisa antecipar e incluir o exame na rotina de prevenção a partir dos 45 anos.
João Correia dos Santos - O PSA não substitui o exame de toque da próstata e sim complementa.
Primeiramente é necessário entender como o exame funciona.
O PSA é uma substância produzida na próstata para ser eliminada junto com o sêmen.
O exame de PSA determina o nível dessa substância no sangue.
Homens com câncer de próstata e outras doenças prostáticas podem apresentar um nível mais elevado do antígeno no sangue.
A consulta com o urologista tem o objetivo de identificar qual é a doença, se benigna ou maligna.
O médico analisa o resultado do PSA, faz o exame físico (toque retal) e avalia a necessidade de biópsia da próstata. Por isso, apenas o exame de sangue não é suficiente para embasar o diagnóstico. O toque é necessário.
João Correia dos Santos - Como a próstata fica em frente ao reto, é possível apalpar a glândula e perceber se existem nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos que indicam doença.
O toque é realizado com o dedo, protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor.
João Correia dos Santos - Os sintomas podem variar de acordo com o problema.
O câncer de próstata, por exemplo, é assintomático em seu estágio inicial.
Mas, quando ocorre aumento benigno, que é uma outra doença na próstata, os sintomas são: urgência em urinar, sensação de bexiga cheia e dor no pé da barriga.
Já em casos mais avançados, pode ocorrer a retenção da urina, incontinência urinária e problemas renais.
João Correia dos Santos - Sim.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), aproximadamente 75% dos casos de câncer de próstata no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Quais as vantagens de detectar precocemente o câncer de próstata?
João Correia dos Santos - Assim como em outros tipos de câncer, a detecção precoce representa mais chance de sucesso no tratamento.
No caso de câncer de próstata a probabilidade de cura chega a 90% em pacientes diagnosticados precocemente.
Agende uma consulta caso queira fazer o exame da próstata.