Como deter o câncer de próstata

Câncer de próstata

O diagnóstico precoce do câncer de próstata garante 90% de chance de cura. Homens com mais de 50 anos de idade devem consultar o urologista anualmente para fazer o exame de toque retal.

Não dói e leva apenas alguns segundos.

Se há outros casos de câncer na família, o check-up preventivo deve começar mais cedo.

O câncer de próstata está no topo das estatísticas de casos de câncer.

É o mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele não-melanoma.

Em média, são registrados 65 mil novos casos por ano no país, com mais de 15 mil mortes.

Um grande desafio para reduzir a taxa de mortalidade é mudar o comportamento masculino.

A maioria dos homens não faz exames preventivos e descobre a doença em estágio avançado.

A campanha Novembro Azul foi criada justamente para estimular a consulta ao urologista, desmistificando o exame de toque retal que ainda é temido por muitos pacientes.

De fato há excelentes chances de cura quando o diagnóstico é precoce e só o exame preventivo permite a detecção, já que a doença demora a apresentar sintomas.

90% dos casos podem ser curados com tratamento em estágio inicial do câncer de próstata.

8 perguntas frequentes sobre câncer de próstata

01. O que é a próstata?

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, na frente do reto e tem função reprodutiva.

Ela produz um líquido essencial para a sobrevivência dos espermatozoides.

2. Quem corre maior risco de ter câncer de próstata?

3. Qual é a maior dificuldade para o diagnóstico precoce?

A maioria dos homens não faz os exames preventivos regularmente.

A negligência com a própria saúde e também o medo do exame de toque retal, afastam os homens do consultório do urologista.

4. Quais são os sintomas do câncer de próstata?

O câncer de próstata é assintomático no estágio inicial.

Por isso não se deve esperar ter sintomas para procurar o médico, mas sim fazer exames regularmente.

Contudo, quando o câncer avança, os sinais de alerta mais comuns são:

5. O exame de toque retal é mesmo necessário?

O exame de toque retal é indispensável por ser o único meio de examinar a próstata e perceber se a glândula está muito dura ou apresenta caroços típicos do câncer.

Não é preciso temer o exame de toque retal pois ele é indolor e muito rápido, leva apenas alguns segundos.

O urologista também pode pedir o exame de sangue que mede o nível de PSA, enzima produzida pela próstata, considerada um marcador tumoral.

Nível de PSA alto indica problema na próstata.

Entretanto, o exame de sangue é complementar, não substitui o de toque retal.

6. Qual é o tratamento para o câncer de próstata?

Quando há suspeita de câncer é realizada uma biópsia de próstata que vai confirmar e, se for o caso, indicar o grau de agressividade do câncer.

A partir do resultado o médico define o tratamento mais adequado para cada caso.

Se o câncer está no começo e atinge apenas a próstata, a solução é um a cirurgia para retirar a próstata ou a radioterapia, com chance de cura de 90%.

Em casos de câncer avançado e já atingindo outras áreas próximas, o tratamento é com radioterapia e quimioterapia.

7. Após retirar a próstata ainda é possível ter relações sexuais?

Sem a próstata o homem perde a capacidade reprodutiva, mas pode ter ereção e orgasmo normalmente na maioria dos casos.

Apenas em 20% dos pacientes operados ocorre impotência sexual.

8. Como prevenir o câncer de próstata?

Fonte:

Instituto Nacional de Câncer (INCA)

Você sabe como se proteger do câncer de mama?

O câncer de mama

As pesquisas sobre o câncer de mama avançam e indicam caminhos para a prevenção e o tratamento mais eficaz contra a doença.

Incentivo a prática de exercícios físicos, exames preventivos adequados para cada faixa etária e avaliação de fatores de risco fazem parte da estratégia que protege as mulheres.

O câncer de mama é um tipo muito comum da doença e pode ser fatal se não tratado logo no início. Isso você provavelmente já sabe.

Mas o que a ciência descobriu sobre fatores que aumentam as chances de ter câncer de mama?

Qual a conduta no caso de mulheres que fazem parte do grupo de risco?

Exercício físico e dieta alimentar são mesmo importantes na prevenção do câncer de mama?

Temos muito o que falar sobre o câncer de mama.

Essa é justamente a proposta da Campanha Outubro Rosa em 2022.

Compartilhar informação e incentivar as mulheres a buscar orientação sem medo.

O câncer de mama não é necessariamente uma sentença de morte se você souber agir preventivamente.

Comece agora, lendo esse artigo.

Reunimos aqui as principais informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer) sobre a doença.

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama surge a partir da multiplicação de células anormais nas mamas e pode se espalhar pelo corpo.

O progresso da doença varia de acordo com cada tipo de tumor.

Uns se desenvolvem mais rápido do que outros.

Os tratamentos disponíveis proporcionam ótimos resultados quando o diagnóstico é feito no estágio inicial do câncer de mama.

Por isso toda mulher que se informa, faz exames preventivos e recebe orientação adequada do ginecologista está mais protegida.

Câncer de mama é comum?

O câncer de mama surge a partir da multiplicação de células anormais nas mamas e pode se espalhar pelo corpo.

O progresso da doença varia de acordo com cada tipo de tumor.

Uns se desenvolvem mais rápido do que outros.

Os tratamentos disponíveis proporcionam ótimos resultados quando o diagnóstico é feito no estágio inicial do câncer de mama.

Por isso toda mulher que se informa, faz exames preventivos e recebe orientação adequada do ginecologista está mais protegida.

Câncer de mama é comum?

Em todo o mundo o câncer de mama é o mais comum nas mulheres.

No Brasil a estimativa é de 66 mil novos casos a cada ano.

Esse é o tipo de câncer que mais mata as brasileiras e os piores índices de incidência e mortalidade são os do Sul e Sudeste do país.

(Lembrando que homens também podem ter câncer de mama, mas é bem raro).

O que causa o câncer de mama?

A doença tem múltiplas causas.

Algumas são comportamentais e ambientais.

Outras têm relação com características reprodutivas, alterações hormonais, genéticas ou hereditárias.

Conheça os fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Quais os principais sintomas do câncer de mama?

Os sintomas de câncer de mama podem ser notados por meio do autoexame (apalpação das mamas) ou no consultório do ginecologista durante o exame clínico.

Em caso de suspeita é necessário realizar exames de imagem como ultrassom e mamografia.

A confirmação do diagnóstico só se dá através da biópsia.

Fique atenta aos sinais:

Qual é o acompanhamento que deve ser feito com ginecologista?

Durante o exame clínico o médico pode fazer a apalpação das mamas para checar a presença de nódulos.

O ginecologista também faz perguntas para avaliar se a paciente apresenta algum fator de risco para câncer de mama.

A avaliação do risco determina a conduta em relação aos tipos e periodicidade dos exames preventivos.

Também influência na hora de decidir, por exemplo, se a paciente pode fazer reposição hormonal.

A mamografia de rastreamento (radiografia das mamas) é o exame que identifica alterações suspeitas.

Mulheres que têm entre 50 e 69 anos devem fazer o exame a cada dois anos.

A mamografia de rastreamento não é indicada para mulheres com menos de 50 anos porque as mamas mais jovens são densas e têm menos gordura, características que podem gerar falsos resultados.

Após os 70 anos não é necessário fazer mamografia porque a chance de encontrar câncer com risco à vida é baixa e o melhor é evitar a exposição à radiação.

O que fazer para diminuir o risco de câncer de mama?

O que podemos fazer para tentar evitar o câncer de mama é manter um estilo de vida saudável.

Controlar o peso corporal, comer mais alimentos frescos que industrializados, fazer exercícios físicos, não fumar e não exagerar no consumo de álcool.

Mulheres que amamentam seus filhos também estão se protegendo contra o câncer de mama.

Encontre um ginecologista com quem você se sinta à vontade e segura.

Contar com o acompanhamento médico é um direito fundamental. 

Fontes:

Ministério da Saúde

INCA (Instituto Nacional de Câncer)

A campanha Setembro Amarelo procura fazer chegar ao maior número de pessoas possível, informação e cuidado com a saúde mental que podem fazer a diferença entre a vida e a morte.

Saiba como ajudar alguém que sofre com desequilíbrio emocional e peça socorro quando você mesmo não estiver bem.

O suicídio pode ser evitado com informação, atenção e acompanhamento profissional.

A iniciativa é da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina que desde 2014 articulam uma série de ações científicas e culturais, compartilhando e debatendo dados e estudos sobre o tema no nono mês do ano.

Nos meios de comunicação é regra não divulgar casos de suicídio salvo exceções como quando a vítima é uma pessoa pública.

Além de ser chocante alguém decidir tirar a própria vida, causando um impacto imenso na família e amigos.

Estudos mostraram que dependendo do modo que os casos são noticiados, a divulgação pode levar outras pessoas a cometerem o mesmo ato.

Mas tudo depende de como é feita a abordagem.

Respeitar as vítimas e suas famílias é fundamental, desta forma, não podemos deixar de conversar sobre as causas que podem levar ao suicídio e as formas de ajudar quem está correndo risco.

Informação e acompanhamento profissional salvam de muitas doenças e do suicídio também.

Dados

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que no mundo em média 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano.

O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo.

A segunda em jovens entre 15 e 29 anos.

E mais, a idade média das vítimas está cada vez menor.

A pior situação é nas Américas onde ao contrário de outros continentes, o número de casos vem subindo, incluindo o Brasil na estatística negativa.

Aqui os registros indicam que são 11 mil suicídios anualmente e que a maioria das vítimas.

Cerca de 60%, morreu sem receber qualquer atendimento psiquiátrico ou psicológico.

Como agir

O sofrimento que alcança o grau do insuportável pode surgir na vida de qualquer um de nós e todos precisam de amparo para superar esse momento.

O desequilíbrio emocional está associado a múltiplas causas. Entre elas, doenças mentais como a depressão que pode ser tratada com sucesso.

Quem percebe que está o tempo todo se sentindo triste, desanimado, perdendo o sono, a vontade de comer e o bom humor, deve procurar ajuda.

Vivemos uma epidemia de doenças emocionais, é caso de saúde pública, ninguém deve ter vergonha de admitir que está vulnerável.

O médico psiquiatra é o especialista que pode avaliar o caso, decidir sobre a necessidade do uso de medicamentos e indicar terapias.

Seguindo as recomendações de um profissional de confiança e recebendo apoio dos mais próximos, é possível se recuperar e seguir em frente.

Como identificar sinais de alerta

Os especialistas consideram que quando uma pessoa apresenta ao menos dois fatores de risco e fala em ideia de suicídio, temos de convencê-la a receber ajuda.

Os fatores são os seguintes:

Atenção também para pessoas que usam expressões como:

Apoie quem está passando por um momento difícil e que pode gerar desequilíbrio e descontrole emocional.

Estimule a pessoa a buscar ajuda profissional, indique um psiquiatra ou serviço de saúde mental.

Fique por perto, pronto para ouvir quem você quer ajudar.

E se é você quem está sofrendo, não hesite, fale com alguém preparado para orientar e tratar do caso, marque uma consulta com o psiquiatra ou psicólogo.

Fonte:

Campanha Setembro Amarelo

Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP
Conselho Federal de Medicina – CFM

A cirurgia é a solução recomendada para quase todos os casos de pedras na vesícula biliar.

O procedimento tem baixo risco e é normalmente realizado por videolaparoscopia.
Publicado em 22 de março de 2022.

Pedras na vesícula

Saiba quais são as complicações que podem surgir devido à presença de cálculos biliares.
Ter pedras na vesícula biliar é um problema comum, a maioria dos pacientes com cálculos biliares nem sabe que tem. Muitas vezes a pessoa descobre o problema ao se submeter a um ultrassom de abdômen durante uma bateria de exames de rotina.
O risco de deslocamento das pedras é o que preocupa.

Quando elas se movimentam para fora da vesícula provocam dor, risco de obstruções e complicações graves, até fatais.
O tratamento padrão é retirar a vesícula.

A cirurgia é simples e a chance de complicações, mínima.

Poucos pacientes relatam alguma mudança significativa depois do procedimento, o organismo se adapta.
O excesso de gordura na alimentação contribui para a formação de pedras na vesícula.

Conversamos com um especialista no assunto, o médico Alexandre Tsuji Amorim, da equipe da QualiMedi Saúde, para saber mais sobre as complicações que podem surgir e o tratamento.

Entrevista: Alexandre Tsuji Amorim, clínico e cirurgião geral.

Para que serve a vesícula biliar?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Sua função e armazenar a bile que é produzida no fígado, a qual é um líquido que atua na digestão da gordura que ingerimos

O que causa a formação de cálculos na vesícula?
Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A formação dos cálculos se dá quando há um desequilíbrio na composição da bile, deixando-a mais espessa, muita das vezes por um excesso de colesterol.

Qual é a composição dos cálculos biliares?
Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Eles são formados por uma mistura de componentes, como o colesterol, sais de cálcio, sai biliares, proteínas e fosfolípides.

Pessoas de qualquer idade podem ter pedra na vesícula?
Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Sim, até mesmo crianças, mas a prevalência aumenta com a idade, mais comum em adultos e idosos.

Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim -Geralmente dor no quadrante superior direito do abdômen ou na região do estômago, podendo irradiar para as costas e estar associada a náuseas e vômitos.

Tem gente que não sente nada. Por quê?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Na verdade, a maioria das pessoas com cálculos na vesícula não tem sintomas.

Eles surgem quando há o deslocamento de um ou mais cálculos para a saída da vesícula e obstrução temporária da região.

Quando o cálculo na vesícula se torna um problema grave?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - O cálculo na vesícula é um problema grave quando ocorrem as complicações.

Pode haver uma obstrução permanente na saída da vesícula ocasionando a inflamação do órgão, um quadro chamado de colecistite.

O problema pode evoluir para infecção local e trazer outras consequências.
Também há complicação quando um ou mais cálculos saem da vesícula, mas acabam obstruindo o canal que leva a bile até o intestino, quadro chamado de coledocolitiase o que pode gerar outras complicações como a colangite (infecção das vias biliares) e a pancreatite (inflamação do pâncreas).

É verdade que os cálculos menores são os mais perigosos?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim – Os cálculos menores são mais propensos a sair da vesícula, podendo gerar complicações como as que já citei.

E, por exemplo, se ocorrer pancreatite, não podemos prever se será um quadro leve ou um quadro grave, com mortalidade mais elevada.

Como é feito o diagnóstico de pedra na vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - O diagnóstico geralmente é feito por ultrassonografia realizada devido a sintomas sugestivos ou às vezes em exames de imagem do abdômen solicitados por outros motivos.

Como é o tratamento com remédios para cálculos biliares? Em que casos esta é uma opção?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Raramente são utilizados medicamentos para tratar pedra na vesícula devido ao elevado índice de falha no tratamento, além de efeitos colaterais, custo significativo e serem difíceis de encontrar atualmente.

Outro problema é que se não retiramos a vesícula, temos o risco de recorrência dos cálculos.

Como é o tratamento com ondas de choque para quebrar os cálculos? Todo paciente pode ser tratado com esse recurso?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Este tratamento está indicado nos casos de cálculos renais, onde a anatomia do trato urinário facilita a eliminação de cálculos menores.

No caso dos cálculos de vesícula biliar não se aplica, pois pode gerar cálculos menores e aumentar os riscos relacionados a estes.

Quando a cirurgia para a retirada da vesícula é inevitável?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A cirurgia geralmente é o tratamento de escolha, a não ser em pacientes com um risco cirúrgico proibitivo.

Como é a cirurgia para resolver o problema de pedras da vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A cirurgia é chamada de colecistectomia e consiste na remoção da fonte dos cálculos, ou seja, a vesícula biliar.

Atualmente a cirurgia é o tratamento de escolha devido ao baixo índice de complicações.

Pode ser realizada por via laparoscópica, com auxílio de equipamentos de vídeo e de pinças específicas.

Apenas alguns casos não permitem a cirurgia por esta via e os pacientes são operados da forma tradicional, cirurgia por via aberta (corte).

Que impactos a retirada da vesícula causa no organismo?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A maioria dos pacientes não sente diferença nenhuma, mas em alguns casos pode haver o desenvolvimento do que chamamos de síndrome pós-colecistectomia.

Os sintomas são cólicas, diarreia e náuseas, devido a perda do armazenamento da bile que era feito pela vesícula. Porém, na maior parte dos casos, há uma melhora, seja pela adaptação do organismo, seja pela mudança nos hábitos alimentares.

O que evitar depois da retirada da vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Geralmente recomendamos evitar alimentos gordurosos para diminuir a chance de apresentar a síndrome pós-colecistectomia.

Como se prevenir para evitar a formação de cálculos na vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim – A melhor forma de prevenção é evitar alimentos gordurosos, excesso de carne vermelha e alimentos industrializados em geral.

É importante fazer exames regulares pra saber se há pedra na vesícula, mesmo sem ter sintomas?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Não há estudos que comprovem a necessidade de exames regulares na ausência de sintomas, porém, para os casos em que há presença de sintomas torna-se mandatório a realização de um ultrassom para descartar a presença de cálculos na vesícula.

Alexandre Tsuji Amorim é cirurgião geral graduado e residente pela UEL (Universidade Estadual de Londrina).

Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva no Instituto Jaques Perissat em Curitiba.

Faz parte da equipe médica da QualiMedi Saúde em Londrina, no Paraná.

A dor causada pelo deslocamento de pedras nos rins é terrível.

Em alguns casos é preciso fazer cirurgia para retirar os cálculos renais.

Publicado em dezembro de 2021.

Pedra nos rins.

Quem toma pouca água aumenta o risco de desenvolver pedras nos rins.
Ter pedras nos rins (cálculos renais) é um problema comum que pode trazer consequências sérias quando não tratamos adequadamente.

As causas estão associadas a diversos fatores como hereditariedade, urinar pouco, ter desequilíbrios metabólicos ou alterações anatômicas.
É possível que a pessoa demore a perceber a presença de pedras nos rins até que elas se desloquem e provoquem a temida cólica renal.

As dores nas costas são intensas, irradiam para o abdômen e provocam náusea.
Expelir o cálculo renal é algo que pode acontecer naturalmente, dependendo do tamanho e localização.

Mas, em muitos casos, é necessário tratamento médico, inclusive intervenção cirúrgica.

Por isso, quem descobre que possui pedras nos rins ou na vesícula deve fazer acompanhamento com especialista para evitar complicações graves.
Cuidar da alimentação e beber muita água é o melhor remédio para quem quer se prevenir.

Saiba mais sobre pedras nos rins na entrevista com Raquel Ferreira Nassar Frange, nefrologista (médica especializada no diagnóstico e tratamento das doenças do sistema urinário), da QualiMedi Saúde.

Pedra nos rins: isso é grave?

Entrevista: Raquel Ferreira Nassar Frange, nefrologista.

O que é o cálculo renal?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Litíase renal ou cálculo renal são os termos médicos para designar as famosas pedras nos rins.

Por que a composição do cálculo varia?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os cálculos são formados a partir do excesso ou redução de determinado componente no sangue e na urina.

Os principais cálculos são os de cálcio, mas também podemos ter de ácido úrico, cistina, estruvita.

Quais são as causas mais comuns de cálculos renais?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - A composição do cálculo indica as principais causas do problema.

Começando pelo cálculo mais comum, que é o de cálcio.

As principais causas são: hipercalciúria (excesso de cálcio na urina); hiperuricosúria (aumento de ácido úrico na urina); hipocitratúria (diminuição da excreção de citrato na urina); hiperoxalúria (aumento da excreção urinária de oxalato) e ainda em razão de baixo volume de urina.

Por que ocorre esse desequilíbrio que provoca as pedras nos rins?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange – Um conjunto de fatores contribui para o desequilíbrio que leva à formação das pedras.

Ter uma dieta alimentar com excesso de proteína animal, muito sódio (sal, refrigerantes, produtos industrializados). Beber pouca água e não praticar exercícios são comportamentos de risco.

Mas o problema também pode ser consequência de distúrbios metabólicos, alterações anatômicas, herança genética, entre outros.

A pedra pode se formar fora dos rins?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange – Os cálculos podem se formar fora dos rins, como por exemplo os cálculos de via biliar.

As famosas pedras na vesícula.

O que provoca o deslocamento dos cálculos renais e qual é a localização mais frequente?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os cálculos podem estar presentes por toda a via urinária, desde o rim até a uretra.

O mais comum é estarem dentro dos rins.

O deslocamento dos cálculos dos rins é o que costuma causar a dor da cólica renal, a causa desse deslocamento não são claras.

Dizem que pior que dor de parto, só cólica renal.

Por que dói tanto?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - O que causa a dor não é a presença do cálculo dentro do rim e sim seu deslocamento e possível obstrução nas vias urinárias.

Como essas estruturas são ricamente inervadas, a dilatação pela obstrução leva a uma dor aguda, intensa e inesquecível.

Cálculos na vesícula biliar provocam dor também?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Sim, inclusive podem evoluir para doença grave.

Todo paciente com cálculo biliar deve ser acompanhado por especialista.

Que outros sintomas indicam presença de cálculos renais?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Além da dor lombar, a presença de sangue na urina pode indicar cálculo renal. Mas em muitos casos o quadro é assintomático, ou seja, não provoca nenhum sintoma.

Quanto menor o tamanho e maior a quantidade de cálculos mais perigoso?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Não necessariamente, precisamos investigar a causa de formação, tamanho do cálculo e localização para avaliar essa questão.

Quais os riscos de ter cálculo renal de repetição? O quadro pode levar a perda de função renal?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os riscos de recorrência são de 50% aproximadamente, num prazo de 5 anos.

E a depender da gravidade da obstrução, do tamanho e da causa da formação do cálculo, se está ou não associado com infecção da urina, pode sim levar a perda de função renal.

No começo a doença é assintomática? Como descobrir o problema logo no início?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Infelizmente se a doença é assintomática, apenas um exame de imagem, como um ultrassom ocasional, poderia mostrar a presença de cálculo.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Temos atualmente medicações para tratamento a depender da causa de formação do cálculo.

Porém se o cálculo é muito grande, encaminhamos para o urologista, a fim de avaliar necessidade cirúrgica.

Quando é preciso operar?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Cálculos maiores que 0,6 cm precisam ser acompanhados por urologista.

E normalmente vão precisar de intervenção cirúrgica, principalmente quando causam obstrução.

Como evitar as pedras nos rins?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Mantendo um estilo de vida saudável, principalmente com alimentação equilibrada, evitando excesso de sódio, evitando excesso de proteína animal e ingerindo em média de 2-3 litros de água por dia.

Chá quebra pedra funciona ou não há recomendação científica?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Não existe comprovação científica quanto a eficiência dessas misturas.

O que ajuda a evitar a formação dos cálculos é o consumo de água!

Raquel Ferreira Nassar Frange é médica graduada pela Universidade Estadual de Londrina (2015).

Membro da Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Fez Residência Médica no programa de Clínica Médica do Hospital Evangélico de Londrina/ Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Campos Londrina (2016-2017).

Residência Médica no programa de Nefrologia pelo Instituto do Rim de Londrina / Sociedade Brasileira de Nefrologia/ Hospital Evangélico de Londrina (2018-2019).

É Coordenadora do estágio de urgências e emergências médicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Londrina - Pronto Socorro Médico do Hospital Evangélico de Londrina.

Médica Plantonista da Unidade de Cuidados Intensivos - UTI 1,2,3 e UCO - Hospital Evangélico de Londrina, Médica Plantonista do Pronto Socorro Médico - Hospital Evangélico de Londrina.

Médica Plantonista da Unidade de Cuidados Intensivos - UTI - Hospital Araucária de Londrina.

Médico da Enfermaria Clínica - Hospital Dr. Anísio Figueiredo - Hospital Zona Norte de Londrina.

Faz parte da equipe da QualiMedi Saúde em Londrina.

São mais de 65 mil casos de câncer de próstata a cada ano no
Brasil. Com diagnóstico precoce, a chance de cura é de 90%.

Publicado em 1 de novembro de 2021.

A prevenção contra o câncer de próstata

A prevenção contra o câncer de próstata ganha destaque na campanha pela
saúde do homem, o Novembro Azul.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é o tipo de câncer mais comum na população masculina, representa
29% dos casos.

O órgão, que auxilia o Ministério da Saúde nas políticas de
controle e prevenção da doença, estima que 65.840 novos casos serão
registrados a cada ano, entre 2.020 e 2.022 no Brasil.
O câncer é a mais grave doença da próstata, mas tem grande chance de cura
quando diagnosticado em estágio inicial.

O problema é que a maioria dos
homens não faz os exames preventivos regularmente.

Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realizada em junho deste ano em 8 capitais,
com 3.200 homens com mais de 35 anos, constatou que 51% dos
entrevistados nunca consultaram um urologista. Os motivos alegados pela maioria foram a falta de tempo e o medo.
As consultas com o especialista para a prevenção do câncer de próstata
devem ser anuais para homens que fazem parte do grupo de risco.

O ainda temido exame de toque retal dura apenas segundos, é indolor eindispensável.
Nesta entrevista o urologista Joao Correia dos Santos, integrante da equipe da QualiMedi Saúde, em Londrina, informa sobre os fatores de risco, amedidas de prevenção e tratamento do câncer e de outras doenças da
próstata.

Entrevista com João Correia dos Santos, urologista.

Qual é a função da próstata?

Dr. João Correia dos Santos – A próstata é o órgão reprodutor masculino.

Ela produz um líquido que protege o espermatozoide durante o deslocamento até
a vagina.

Esse líquido cria as condições necessárias para a sobrevivência do
espermatozoide graças à sua composição, tem o pH (acidez) adequado e
substâncias como a frutose (açúcar produzido pelo organismo), para nutrir o
espermatozoide por até três dias no útero da mulher.

Portanto a função da próstata é reprodutiva.

Apesar de o espermatozoide ser produzido nos testículos, ele depende do líquido prostático para sobreviver após a ejaculação.

Quais são as doenças da próstata?

Dr. João Correia dos Santos – São basicamente três doenças, duas benignas e
uma maligna.

O aumento benigno da próstata e a prostatite (inflamação da
próstata), provocam apenas desconfortos, como dificuldade para urinar.
Já o câncer de próstata pode matar.

É uma doença que se desenvolve
silenciosamente, assintomático em sua fase inicial.

Os sinais se manifestam quando evolui para um quadro mais grave.

Conseguimos identificar o câncer de próstata ao realizar o exame de toque e verificar que a próstata está dura.
Por isso a importância de campanhas como o Novembro Azul que estimulam
os exames anuais, colaborando para a detecção precoce.

Se tratado no início, a chance de cura chega a 90%.

Mesmo quem depende do SUS (Sistema Únicode Saúde), consegue realizar exames anuais se programar com antecedência.
Eles são indispensáveis porque quando o câncer de próstata demora a ser descoberto, há pouco a se fazer.
Para que o paciente entenda melhor as doenças da próstata, eu costumo usar a imagem de uma maçã cortada ao meio.

A casca da maçã representa a cápsula da próstata, onde se localizam 70% dos casos de câncer.

Por isso o exame de toque é tão necessário.

Apalpando percebemos se a cápsula está dura ou tem caroços que indicam a doença.

A polpa da maçã representa a área onde é produzido o líquido prostático e ocorre o aumento benigno da
próstata.

E a parte do meio da maçã, onde fica o talo, representa a localização da uretra, onde surge a inflamação chamada uretrite.

Quais são as doenças da próstata mais comuns nos jovens?

Dr. João Correia dos Santos – Quando o jovem sente alguma alteração na próstata, normalmente é uma inflamação, uma prostatite, e muitas vezes tem a ver com infecções sexualmente transmissíveis.

O câncer de próstata é raro antes dos 40 anos.

Uma recomendação para homens que têm entre 15 e 35 anos de idade é examinar ao menos uma vez por semana os seus testículos.

Se encontrar um caroço, procure o urologista para exame.

O câncer de testículo é bem agressivo e ocorre em adolescentes e jovens adultos.

A partir de que idade o homem tem que fazer exame preventivo de câncer de próstata?

Dr. João Correia dos Santos – O homem deve se consultar com o urologista anualmente para fazer o exame de próstata a partir dos 45 anos (quando há casos de câncer na família) ou dos 50 anos (quando não há registro de
casos).
É muito importante fazer os exames anuais até chegar aos 80 anos de idade.
Depois dos 80 consideramos desnecessário porque, apesar de prevalente, nesta fase da velhice o câncer de próstata tem um risco de vida bem menor.

Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?

Dr. João Correia dos Santos – O principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de próstata é o envelhecimento.

Quanto mais velhos ficamos, maior a chance de ter a doença.

Como já disse, quando o câncer surge depois dos 80 anos de idade é menos agressivo e raramente a pessoa morre por esse motivo.

Quando aparece aos 40, aos 50, aos 60 anos é muito pior, por isso temos que ser bem disciplinados em relação aos exames preventivos nesta fase da vida.
A genética é outro fator de risco relevante.

Se há casos na família, fique atento.
Ser da etnia negra também é fator de risco.

Como no Brasil, a maioria da população é negra ou mestiça, temos chance aumentada de desenvolver o
câncer.

Um dos estudos realizados e que apontou para esse fator de risco foi realizado nos EUA revelando um número bem maior de casos da doença na população afro-americana do que entre os brancos.

Na Europa, onde a predominância é branca, a incidência de câncer de próstata é menor.

Tanto que a conduta preventiva difere da nossa.
Sabemos também que o câncer pode estar relacionado, em alguns casos, ao alto consumo de gordura animal.

No Japão onde a dieta típica inclui muitos vegetais e peixe, o índice de câncer de próstata é baixo.

Já entre os descendentes de japoneses que vivem nos EUA e acabam adotando hábitos
como comer fast food, carnes gordas e poucos vegetais, a prevalência é maior.
Manter uma alimentação predominantemente vegetariana ajuda na prevenção não só do câncer de próstata, mas de outros cânceres e de problemas cardiovasculares.

Como é feito o check-up preventivo do câncer de próstata?

Dr. João Correia dos Santos – O check-up preventivo do câncer de próstata deve ser realizado anualmente e consiste no exame de toque retal e no exame de sangue para medir o nível de PSA, uma enzima produzida pela
próstata e que serve como marcador tumoral.

Ou seja, altos níveis de PSA indicam que há algo errado na próstata.

Avaliando o resultado do exame de sangue e apalpando a próstata no toque retal, é possível descartar a doença.
Importante dizer que o paciente não deve se assustar olhando apenas a medição de PSA.

Andar de moto, de bicicleta ou ter uma relação sexual também altera o PSA.
O homem é privilegiado, a mulher não tem marcadores tumorais para câncer de mama ou de colo uterino.

O PSA é um marcador razoável.

Portanto, o homem tem uma grande chance de detecção precoce e cura do câncer fazendo seus exames regularmente.

O exame de toque retal é indispensável para detectar o câncer depróstata?

Dr. João Correia dos Santos – O exame de toque é indispensável, faz parte do exame físico.

Há um certo pudor por parte do paciente, mas assim como temos de aferir a pressão arterial, olhar a garganta, apalpar o abdômen, precisamos fazer o toque retal para conseguir examinar a próstata.

Não basta o exame de sangue para fechar o diagnóstico.

Os dois exames – físico e de sangue – são complementares.
Em alguns casos pedimos inclusive um terceiro exame, a ultrassonografia abdominal ou transretal para conseguir avaliar com mais precisão a próstata e, se for o caso, determinar a realização de biópsia.
Outro exame que hoje está sendo recomendadíssimo é a ressonância nuclear magnética multiparamétrica da próstata que detecta áreas com densidade alterada e gradua o risco de ser câncer.

O problema é que é um exame caro ainda, custa entre 1,5 mil e 2 mil reais e ainda não é oferecido pelo SUS.

Como é feito o exame de toque retal?

Dr. João Correia dos Santos – O exame de toque retal é muito rápido, dura alguns segundos apenas.

O paciente fica numa posição confortável, deitado na maca, com a barriga pra cima e os joelhos fletidos.

Usamos luva e lubrificante, não dói e não tem nada de humilhante.

O que acontece se o homem se recusar a fazer o exame de toque retal?

Dr. João Correia dos Santos – O preconceito contra o exame de toque retal já foi pior.

Após a intensificação de campanhas educativas por parte do governo e de instituições da área médica, principalmente no Novembro Azul, estamos conseguindo superar melhor essa questão cultural relacionada à masculinidade.

Mas temos pacientes, especialmente os mais idosos, que se recusam a fazer o exame de toque.

Quando insistimos e conseguimos realizar o exame, o paciente até se surpreende e pergunta, é só isso?

Se o homem não se conscientiza da importância e não faz o exame, infelizmente está colocando
a própria vida em risco.

Como é feita a biópsia para diagnosticar o câncer de próstata?

Dr. João Correia dos Santos – A biópsia de próstata pode ser realizada pelo urologista ou pelo radiologista.

O objetivo é retirar um fragmento para análise.

O profissional é guiado pelo aparelho de ultrassonografia.

Pode ser aplicada anestesia local ou sedação.

O procedimento não deixa nenhuma sequela, tem baixo risco de provocar febre, sangramento ou infecção urinária porque usamos o reto como fonte.

Os casos com complicações giram em torno de 3% apenas e são, geralmente, aqueles em que o paciente tem
comorbidades como diabetes, por exemplo.

Qual é o tratamento para o câncer de próstata?

Dr. João Correia dos Santos – A biópsia de fragmento da próstata, além de confirmar ou descartar o diagnóstico de câncer, indica o grau de agressividade do tumor.

Isso ajuda a determinar o melhor tratamento para cada caso.

Quando o câncer é diagnosticado precocemente, ainda está confinado na próstata, conseguimos eliminar o tumor por meio da prostatectomia radical (cirurgia para a retirada da próstata) ou por radioterapia.

A chance de cura nesses casos é bem alta, em torno de 90%.

Quando o câncer já está em estágio mais avançado, chegou à vesícula seminal ou até a bexiga, a conduta é tratar com radioterapia e quimioterapia.
E quando a situação é ainda mais grave o tratamento é quimioterápico.

Como é realizada a cirurgia para a retirada da próstata (prostatectomia radical)?

Dr. João Correia dos Santos – A cirurgia para a retirada da próstata é realizada pelo urologista.

Pode ser feita da forma tradicional (cirurgia aberta, com incisão maior) ou por laparoscopia (por meio de pequenas incisões), reduzindo o tempo de recuperação e com um resultado estético melhor.
Também já temos no Brasil, inclusive em Londrina, a possibilidade de auxílio de robô para fazer a prostatectomia com ainda mais precisão.
A cirurgia para retirar a próstata deixa sequelas?
Dr. João Correia dos Santos – A cirurgia para retirada da próstata implica na perda da capacidade reprodutiva e pode causar impotência sexual em 20% dos casos.

A maioria dos pacientes, portanto, segue tendo ereção e prazer sexual normais.

João Correia dos Santos possui graduação em Medicina pela Fundação Bahiana para Desenvolvimento da Medicina (1993).

Mestre pelo PRODEMA na Universidade Estadual de Santa Cruz (2010), em Ilhéus, na Bahia.

Atualmente faz parte como Membro Efetivo do Corpo Clínico do Hospital Evangélico de Londrina nos Serviços de Urologia e Clínica Cirúrgica (desde maio/2017).

Médico Preceptor do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral e da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica desde agosto/2017 (PUC - Londrina-PR).

Em Itabuna-Bahia atuou em Clínica Cirúrgica e Urologia na Clínica Interface Odontomédica, e na Santa Casa de Misericórdia (janeiro/2001 a junho/2017).

No Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães foi médico plantonista da Emergência, Urologista e Coordenador do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral (fevereiro/2001 a junho/ 2017).

Exerceu docência na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, Bahia, no curso de Medicina (março/2002 a junho/2017.

É integrante da equipe da QualiMedi Saúde onde atende pacientes a partir dos 2 anos de idade.

Saiba quais são os hábitos que contribuem para evitar a infecção urinária, um problema que atinge 30% das mulheres.
Publicado em 21 de outubro de 2021.

Infecção urinária na mulher

O urologista é o médico especialista no aparelho urinário e deve ser consultado pelas mulheres em casos de infecção urinária frequente.
A infecção urinária é um problema muito comum na vida da mulher.

Causa desconfortos e prejuízos físicos e emocionais.

Se não tratada adequadamente pode comprometer a saúde de forma grave.
Quando a mulher demora a tratar, há chance de a infecção urinária evoluir para uma infecção renal, exigindo internação hospitalar e até cirurgia.
É importante compreender que tratar a infecção urinária não significa apenas tomar antibióticos em momentos de crise.

É preciso mudar o comportamento, adotar uma rotina de cuidados diários que vão muito além da higiene adequada.


Nesta entrevista, o urologista João Correia dos Santos, médico que integra a equipe da QualiMedi Saúde, explica como a mulher pode evitar a infecção urinária ajustando hábitos.

O especialista também alerta para os riscos de negligenciar os episódios de repetição e destaca os tratamentos disponíveis.

Inclusive uma vacina que estimula o sistema imunológico contra a infecção urinária quando causada pela bactéria Escherichia coli relacionada a 80% das infecções.


Entrevista com João Correia dos Santos, urologista.

É comum a mulher procurar o urologista para tratar infecção urinária?

Dr. João Correia do Santos - É frequente mas não é o comportamento mais comum.

Quando a mulher vai regularmente ao ginecologista, tende a tratar a infecção urinária com esse profissional.

Tem mulher que chega ao consultório do urologista com vergonha, achando que está no médico errado.

É preciso que as mulheres saibam que o urologista não é o médico que trata só os homens, mas um especialista em problemas do aparelho urinário como a infecção urinária, a perda de urina involuntária e o cálculo renal, dentre outros.

É verdade que qualquer médico pode e deve tratar a infecção urinária, pois é algo urgente, geralmente causa dor, mal-estar e febre.

Mas se o paciente tem quadros infecciosos de repetição ou sintomas de outros problemas relacionados ao aparelho urinário, deve ser encaminhado ao urologista para avaliação.

Por que as mulheres têm mais infecção urinária que os homens?

Dr. João Correia do Santos - A literatura mostra que 30% das mulheres têm ou terão infecção urinária ao longo da vida.

os homens, normalmente, só enfrentam este problema depois dos 50 anos, quando surgem doenças da próstata.

A prevalência se explica pela anatomia feminina.
Na mulher, a uretra, que é o canal que conduz a urina da bexiga até a vagina, é curta, tem torno de 2 a 4 centímetros. No homem, devido ao pênis, a uretra é longa, tem entre 15 e 20 centímetros.

A pequena uretra da mulher está junto da vagina e muito próxima do ânus.

Por isso, por melhor que seja o cuidado com a higiene, o risco de infecção é alto.

Na maioria dos casos, cerca de 80% deles, a infecção é causada pela Escherichia coli (E. coli), uma bactéria presente nas fezes que migra do ânus para a vagina e então para dentro da bexiga.

Em que fases da vida o risco de infecção urinária na mulher aumenta?

Dr. João Correia do Santos - A infecção urinária pode afetar a mulher desde a infância, desde o momento em que a criança deixa de usar fralda e começa a segurar o xixi.

Especialmente quando vai pra escola e passa horas sem ir ao banheiro.

Mais tarde, na adolescência, quando começa o ciclo menstrual, o uso de absorvente aumenta a temperatura local e contribui para a proliferação de bactéria.

Na vida adulta começam as relações sexuais que provocam impacto, um tipo de trauma que pode causar inflamação na bexiga e maior risco de infecção.

E durante a menopausa, o risco também é alto.

Por isso, ao longo da vida, é importante receber orientação do urologista sobre medidas preventivas e não apenas usar antibiótico nos momentos de crise.

Por que o risco de infecção urinária é grande na menopausa?

Dr. João Correia do Santos – Na menopausa, ente os 45 e 60 anos de idade, ocorre o declínio da produção hormonal na mulher.

É algo que faz parte do envelhecimento e provoca o ressecamento e a atrofia vaginal.

Sem a hidratação, que funciona também como uma barreira de proteção para a vagina, fica ainda mais fácil a migração de bactérias para a bexiga.

Se for este o caso, a paciente deve ser encaminhada ao ginecologista e avaliar juntamente com o médico a possibilidade de reposição hormonal e uso de cremes vaginais.

Resumindo, quais são as principais medidas preventivas contra a infecção urinária nas mulheres?

Dr. João Correia do Santos – Fazer xixi várias vezes ao dia e com qualidade.

Ou seja, beber bastante líquido (água, chá, suco) e esvaziar toda a bexiga para eliminar as bactérias na urina.
Se programar para ir ao banheiro em intervalos de no máximo duas ou três horas.

Reter o xixi facilita o progresso de infecção.

Por isso é um problema tão frequente em mulheres que têm mais dificuldade de deixar o posto de trabalho como professoras e recepcionistas, entre outras.
Outro comportamento que deve ser evitado é fazer xixi em pé ou semissentada.

Isso é muito comum quando a mulher vai usar um banheiro fora de casa e que não está em boas condições de limpeza.

A mulher evita se sentar no vaso sanitário e a posição acaba impedindo o esvaziamento total da bexiga.

Um pouquinho de xixi fica guardado e é aí que começa a infecção.

Podemos comparar a bexiga com um reservatório de água que precisa ser esvaziado regularmente e limpo para não acumular sedimentos.

Tem que ser esvaziada por inteiro.
Não usar calça ou shorts muito apertados e preferir calcinhas com forro de algodão também são medidas preventivas.
Lembrar de esvaziar a bexiga antes e depois das relações sexuais, assim como ficar atenta quanto a lubrificação vaginal para minimizar o trauma uretral durante o coito.
Ingerir alimentos muito ácidos (abacaxi, maracujá, limão ou laranja) em grande quantidade pode fazer com que o xixi irrite os canais do aparelho urinário cause inflamação e abra caminho para um processo infeccioso.

Que problemas a infecção urinária de repetição pode provocar?

Dr. João Correia do Santos - Há dano emocional, porque atrapalha a vida social e sexual, criando até problemas conjugais, e há o prejuízo à saúde.

O quadro mais grave é a pielonefrite que ocorre quando a infecção urinária avança da bexiga para os rins.

É um problema sério que exige internamento e, em alguns casos, até intervenção cirúrgica.

Um risco maior ainda nos casos assintomáticos de infecção urinária.

Algumas mulheres não sentem nenhum sintoma até chegar a um estágio grave de infecção.

Isso reforça a importância de se fazer exames de urina semestrais ou anuais que podem revelar a presença de bactérias e o tratamento em tempo adequado.

Quais são os sintomas mais comuns da infecção urinária na mulher?

Dr. João Correia do Santos - O sintoma mais comum da infecção urinária é a disúria, ou seja, o desconforto ao urinar. O normal é que esvaziar a bexiga seja prazeroso, mas a infecção urinária provoca desconforto, às vezes ardência, no início ou no final do xixi.

Outro sintoma é o aumento da frequência urinária.

Se a mulher está acostumada a urinar duas vezes pela manhã, passa para três ou até mais vezes.

Faz xixi e logo já está com vontade de novo.

Já o mau cheiro na urina, geralmente, é sinal de vaginite, infecção na vagina, que pode levar a uma posterior infecção urinária.

Cistite e infecção urinária são a mesma coisa?

Dr. João Correia do Santos – A cistite é a denominação que damos para a infecção na bexiga.

Veja, o aparelho urinário é formado pelos rins que filtram o sangue eliminando as toxinas em forma de urina.

A urina é drenada pelo ureter até a bexiga, sendo escoada pela uretra até chegar à vagina.

Quando dizemos que a mulher está com infecção urinária significa que foi detectada infecção no aparelho urinário mas não sabemos ainda qual é a localização exata.

Analisando o quadro clínico e fazendo exames complementares, conseguimos o diagnóstico preciso.

Se a paciente relata dor no pé da barriga, posso afirmar que a infecção é na bexiga e chamamos de cistite.

Já se a pessoa apresenta dor lombar, febre ou dilatação dos rins a indicação é de pielonefrite, infecção nos rins. Quando o problema está no ureter é chamado de ureterite e na uretra, uretrite.

Enfim, a denominação muda de acordo com a área do aparelho urinário onde a infecção está localizada.

Tomar antibiótico várias vezes ao ano por causa de infecção urinária de repetição pode causar prejuízo à saúde? Qual a melhor conduta de tratamento nesses casos?

Dr. João Correia do Santos – O uso de antibióticos deve ser racional, normalmente administrado em momentos de crise para zerar a colônia de bactérias.

Mas o que funciona como tratamento são as medidas preventivas contra a infecção urinária.

É preciso tratar as causas comportamentais. Não ficar retendo urina, fazer xixi regularmente, várias vezes ao dia, bebendo bastante líquido e esvaziando a bexiga por inteiro ao urinar.

O ato sexual também exige cuidados, é preciso que a mulher esteja lubrificada para evitar traumas que facilitam o desenvolvimento do processo infeccioso.

E deve virar rotina urinar antes e depois do sexo.

É fundamental se ater a esses detalhes no dia a dia e passar pela avaliação do urologista para investigar as causas da repetição de episódios de infecção.

Mulheres grávidas podem tomar antibiótico para combater infecção urinária?

Dr. João Correia do Santos – O ideal é não tomar antibióticos na gravidez, por isso orientamos as mulheres que querem engravidar, ou já estão grávidas, a adotarem as medidas preventivas.

Mas quando ocorre a infecção urinária, não tem jeito, tem que tomar o antibiótico para evitar parto prematuro ou outra complicação.

Existem medicamentos que podem ser usados com segurança pois não comprometem o desenvolvimento do bebê.

Reforçar a imunidade protege da infecção urinária?

Dr. João Correia do Santos – Quanto maior a imunidade maior é a resistência do organismo, portanto ajuda sempre. Para pacientes com infecção urinária de repetição vale a pena fazer prevenção com vacina que estimula a produção de anticorpos contra a Escherichia coli, que é a bactéria causadora de 80% dos casos.

A paciente toma comprimidos com a bactéria inativada por um período de três meses.

O resultado é excelente.


João Correia dos Santos possui graduação em Medicina pela Fundação Bahiana para Desenvolvimento da Medicina (1993), Mestre pelo PRODEMA na Universidade Estadual de Santa Cruz (2010), em Ilhéus, na Bahia.

Atualmente faz parte como Membro Efetivo do Corpo Clínico do Hospital Evangélico de Londrina nos Serviços de Urologia e Clínica Cirúrgica (desde maio/2017).

Médico Preceptor do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral e da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica desde agosto/2017 (PUC - Londrina-PR).

Em Itabuna-Bahia atuou em Clínica Cirúrgica e Urologia na Clínica Interface Odontomédica, e na Santa Casa de Misericórdia (janeiro/2001 a junho/2017).

No Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães foi médico plantonista da Emergência, Urologista e Coordenador do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral (fevereiro/2001 a junho/ 2017).

Exerceu docência na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, Bahia, no curso de Medicina (março/2002 a junho/2017.

É integrante da equipe da QualiMedi Saúde onde atende pacientes a partir dos 2 anos de idade.

Ortopedista fala sobre os danos causados na articulação, os tratamentos disponíveis e as recomendações para quem tem artrose no joelho.
Publicado em 13 de outubro de 2021.

Artrose no joelho

Especialista responde a dúvidas sobre artrose no joelho, uma doença cada vez mais comum também em adultos jovens.
A artrose no joelho, doença degenerativa das cartilagens, compromete significativamente a qualidade de vida.

Uma pessoa que sofre com as dores provocadas pela artrose não pode se movimentar normalmente, perde autonomia, capacidade produtiva e até o bom humor.
Engana-se quem pensa que a artrose é um problema só na vida de pessoas idosas.

É verdade que após os 60 anos a doença é muito mais comum por causa do envelhecimento natural do corpo, mas a artrose pode surgir em qualquer idade associada a outras enfermidades, traumas ou movimentos repetitivos.
Segundo dados do Ministério da Saúde, são aproximadamente 15 milhões de pessoas com artrose no país.

A doença está entre as causas mais frequentes de afastamento do trabalho e até de aposentadoria por invalidez.
Por isso é muito importante o diagnóstico precoce.

Se a artrose é detectada em estágio inicial, é possível promover mudanças no estilo de vida do paciente e desacelerar o processo degenerativo.
Durante a pandemia aumentaram as queixas por dores crônicas como as provocadas pela artrose.

O motivo é, principalmente, o sedentarismo no período de isolamento.
Conversamos com o médico Fábio Fraga Maluli de Oliveira, ortopedista e traumatologista da QualiMedi Saúde, para esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre a artrose no joelho.

Entrevista: Fábio Fraga Maluli de Oliveira, ortopedista e traumatologista.

É comum confundir artrose e artrite, pode explicar a diferença?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira - Artrose é uma doença degenerativa das cartilagens.

Já a artrite é uma doença autoimune.

Ambas atacam o joelho e outras articulações do corpo, mas de formas diferentes.

A artrose é o desgaste das cartilagens que protegem as extremidades dos ossos e evitam o atrito entre eles.

A artrite é o próprio corpo produzindo inflamação nas articulações e levando a deformidades.

Quais são as consequências do avanço da artrose no joelho?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira - A artrose provoca a degeneração da cartilagem dos três compartimentos do joelho (femoro tibial medial, femoro tibial lateral e patelo femoral).

A consequência é a limitação funcional da articulação do joelho devido à dor.

Alguns movimentos ficam prejudicados, a pessoa sente fraqueza e falta de estabilidade no joelho.

Os problemas aumentam com o passar do tempo, quanto mais avançada a doença mais limitação e dor por conta da diminuição do espaço entre os ossos.

O atrito pode provocar inclusive deformidades.

Quais são as principais causas da artrose no joelho?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Não há uma causa específica para a artrose, mas várias e, dentre elas, o fator genético é muito importante.

O envelhecimento é outro motivo determinante para o desgaste.

Outros fatores de risco são lesões e cirurgias no joelho, doenças inflamatórias e o estilo de vida.

Isso inclui os hábitos alimentares, a falta de atividade física ou o contrário, a sobrecarga na articulação provocada por exercícios de impacto.

Atividades profissionais que implicam em movimentos repetitivos também são consideradas fator de risco.

Quais são os sintomas característicos?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira Os sintomas demoram a aparecer, mas o primeiro é dor eventual na articulação, conforme o desgaste aumenta, a dor se torna mais constante e intensa.

Outro sinal de artrose é a rigidez articular, com perda progressiva na capacidade de movimentos do joelho.

Isso acontece quando a doença já está mais avançada

. Fica difícil andar, sentar, levantar.

Em alguns casos também pode ocorrer inchaço no joelho.

Jovens também podem ter artrose no joelho? É um tipo diferente de artrose?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Sim, jovens também podem ter artrose e é até muito frequente.

Geralmente são casos de artrose pós-traumática. Quando um paciente jovem se acidenta e sofre uma fratura no fêmur distal ou na tíbia proximal, ou seja, na região do joelho, pode apresentar artrose pós-traumática.

Por melhor que seja o resultado da cirurgia, a fratura em região articular gera um dano cartilaginoso que não pode ser reparado.

Prática de esportes pode aumentar o risco de artrose no joelho?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Esse é um ponto controverso, é importante esclarecer.

A prática de atividade física é boa, contribui para a prevenção da artrose.

Mas esportes onde o risco de trauma é grande, expõem as pessoas a lesões e, consequentemente, aumentam a chance de desenvolver a doença.

Pilates, musculação, natação e ciclismo são exemplos de esportes que geram fortalecimento e alongamento muscular ajudando a prevenir a artrose.

Porém modalidades que podem levar a múltiplos traumatismos, sejam traumatismos leves ou mais graves, como futebol, voleibol, tênis e artes marciais, podem sim levar o paciente a ter artrose precoce.

Como é feito o diagnóstico de artrose?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – O médico pede que o paciente relate as características da dor que sente no joelho, como localização, intensidade e frequência.

É importante que o paciente informe sobre eventuais traumas anteriores na região.

No exame clínico observamos se há crepitação na articulação, instabilidade, fraqueza ou inchaço.

Exames de imagem mais sofisticados ou mesmo a radiografia simples, permitem observar o espaço entre os ossos e se há cistos ou deformidades.

A artrose tem cura?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Até o momento a artrose no joelho não tem cura.

Uma vez instalada, a doença não regride.

O desgaste pode estabilizar no mesmo grau ou avançar.

Mas as pessoas precisam saber que existe tratamento e quanto antes começar, melhor.

O objetivo do tratamento é evitar o avanço da doença e diminuir a dor para garantir mais qualidade de vida ao paciente.

Qual é o tratamento mais eficaz para a artrose no joelho?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – O tratamento para a artrose associa vários recursos terapêuticos.

Prescrevemos medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para alívio dos sintomas.

Em alguns casos recomendamos a viscossuplementação, um procedimento que lubrifica a articulação, diminui a inflamação da região, nutre a cartilagem e ajuda a evitar a progressão da artrose.

Mas o tratamento mais eficaz não é o medicamentoso e sim um programa de fisioterapia e uma rotina de exercícios. Para amenizar as dores e desacelerar o avanço da artrose é preciso fortalecer e alongar os músculos que dão suporte ao joelho.

Quando é recomendada a cirurgia para artrose no joelho?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – A cirurgia para artrose no joelho só é recomendada quando falha o tratamento conservador. Se apesar dos medicamentos, da fisioterapia e dos exercícios o paciente permanece com dor e limitações importantes, a solução é cirúrgica. Em casos assim, analisamos o conjunto dos sintomas e os exames de imagem que mostram o grau de desgaste das cartilagens para decidir o que fazer. A osteotomia valgizante e a osteotomia varizante são cirurgias com o objetivo de realinhar os joelhos. Geralmente são indicadas para pacientes com menos de 60 anos de idade. Em pessoas mais velhas os procedimentos mais comuns são a artroplastia total de joelho, para a colocação de uma prótese que substitui por completo a articulação; ou a artroplastia parcial, quando a prótese é colocada em apenas um dos três compartimentos do joelho.

Como prevenir a artrose no joelho?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Para prevenir a artrose no joelho temos que evitar traumas na região.

A obesidade também prejudica a articulação.

Mas, sem dúvida, a melhor forma de prevenção são os exercícios de fortalecimento e alongamento da musculatura das coxas.

Principalmente o quadríceps, que é a musculatura extensora do joelho e a musculatura posterior da coxa, flexora do joelho.

Quais os exercícios físicos indicados para quem já tem artrose no joelho?

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Eu considero que as melhores opções de atividade física para quem tem artrose no joelho são hidroginástica, natação, yoga, Pilates musculação e bicicleta. Essas práticas fortalecem e alongam os músculos com baixo impacto para a articulação. Além disso trabalham equilíbrio e mobilidade articular, o que é fundamental.

Qual o exercício indicado pra quem não quer ou não pode ir até a academia?
Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Caminhar ao menos três vezes por semana, com calçado adequado, ajuda.

E existem vários exercícios que podem ser feitos em casa.

Por exemplo, sentar-se com um bola entre os joelhos e fazer força, apertando a bola repetidas vezes.

Um elástico, ou mesmo uma toalha de banho grande, também podem ser úteis para alongar os músculos.

Enrole a toalha, deite-se, passe a toalha sob o pé, segure uma ponta em cada mão e estique a perna.

Alterne movimentos de flexão dorsal e plantar com os pés.

Mas o ideal é que cada paciente peça orientação ao ortopedista sobre a melhor forma de se exercitar, respeitando suas limitações.

Quando procurar o ortopedista por causa de uma dorzinha no joelho? Muita gente espera pra ver se vai piorar ou se é algo passageiro.

Dr. Fábio Fraga Maluli de Oliveira – Não é normal sentir dor no joelho.

Dor é sinal de problema e o quanto antes a pessoa passar por uma avaliação do ortopedista, melhor. Independentemente da idade, se sentiu dor, deve procurar logo um especialista.

O tratamento precoce sempre dá melhor resultado.


Fábio Fraga Maluli de Oliveira é médico especialista em ortopedia e traumatologia, membro da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) e da SBCJ (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho).

Graduado em medicina na Universidade do Planalto Catarinense, fez residência médica no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages (SC).

Atende pacientes de todas as idades na QualiMedi Saúde, em Londrina (PR).

O ortopedista Fernando Cinagava teve que se submeter ao procedimento. Na entrevista ele conta da própria experiência e responde às perguntas mais frequentes sobre o pós-operatório da cirurgia do ombro.

Cirurgia no ombro

O pós-operatório da cirurgia do ombro muda a rotina do paciente por vários meses.

Exige planejamento e disciplina para administrar a dor, a limitação de movimentos, o afastamento do trabalho, os cuidados e exercícios necessários no período de recuperação.
Hoje a maior parte das cirurgias no manguito rotador, o conjunto de músculos e tendões do ombro, é realizada por meio de uma técnica menos invasiva, a vídeoartroscopia.

São raras as exceções.

Em relação à cirurgia aberta, a reabilitação da vídeoartroscopia do ombro é muito mais rápida e menos dolorosa. Mesmo assim, impacta bastante a vida do paciente.
O ortopedista Fernando Cinagava pode falar com propriedade sobre o assunto.

Além de especialista experiente, com mais de 1800 cirurgias de ombro e cotovelo realizadas em 15 anos de carreira , ele próprio teve que se submeter à cirurgia do ombro depois de uma lesão jogando tênis.

Entrevista: Fernando Cinagava, ortopedista especialista em ombro e cotovelo.

O médico virou paciente.

O que o senhor aprendeu ao se submeter à cirurgia do ombro e gostaria de compartilhar com os pacientes?

Dr. Fernando Cinagava - Por mais que a gente se esforce para entender a dor do paciente, nós não conseguimos imaginar o que é se nunca passamos pelo mesmo problema.

Agora eu senti na pele tudo o que os pacientes relatam.
Como médico sei que toda cirurgia tem os riscos da anestesia, de infecção, de trombose e até a chance de fracassar, não dar bom resultado.

A chance de complicações é bem baixa, em torno de 1 a 2% dos casos, mas existe e causa preocupação.
Por isso o que eu acho mais importante aconselhar é: procure ajuda médica logo que começar a sentir dor.

Não fique adiando. Quanto mais cedo você tratar, melhor, mais fácil e mais rápido virá o resultado do tratamento.

E pode até evitar a cirurgia.

Como ocorreu o seu caso?
Dr. Fernando Cinagava - Eu tive uma lesão que ocorreu devido à prática de esporte.

Gosto de jogar tênis e acabei me excedendo.

Comecei a sentir uma dorzinha no ombro, não tratei e achei que tinha sarado.

Porém, em um dia de frio, fui pegar peso e senti uma dor intensa.

Passei por exames e descobri que havia uma lesão e não era recente, provavelmente havia ocorrido já há alguns anos.

O problema antigo se agravou com o esforço físico que fiz

Conte um pouco sobre a recuperação.

Dr. Fernando Cinagava - Passei pela cirurgia em julho, ou seja, há um mês e meio, e estou praticamente sem dor, consigo fazer quase todos os movimentos.

O que ainda não posso fazer é esforço, carregar peso.
Nos primeiros dias tive muita dor.

Quando a gente acorda da cirurgia, o braço está anestesiado, com bloqueio do plexo braquial.

Não sentimos nada desde o ombro até a mão.

Essa anestesia dura em torno de 18 horas e é bem importante porque as primeiras horas após cirurgia são muito doloridas.
Quando a anestesia passa, a dor já é menor, mas ainda muito intensa.

Na primeira noite eu acabei dormindo sentado no sofá, tomando analgésicos e fazendo compressa com gelo.

No dia seguinte, acordei um pouco melhor.
Durante o dia você fica desperto, menos focado na dor, o braço imobilizado a tipoia, sem mexer.

À noite é que incomoda mais, queremos relaxar, mas a percepção da dor aumenta.
A posição deitada é a pior, a gente não consegue acomodar o ombro sem evitar mais dor.

O jeito é ficar reclinado no momento de repouso, dormir numa poltrona do papai, no sofá ou colocar bastante travesseiros apoiando as costas na cama.

Dormir deitado mesmo, só depois do terceiro ou quarto dia de cirurgia.

A cirurgia para reparar o manguito rotador altera a configuração natural do ombro?
Dr. Fernando Cinagava – Na cirurgia do manguito rotador do ombro, fazemos o reparo das fibras rompidas, reavivando as bordas do tendão. Ou seja, ressecamos as partes degeneradas para deixar só o tecido saudável e, então, suturamos.
O objetivo é restaurar a anatomia do ombro, deixar como era antes da lesão.
Mas, como disse uma paciente minha, fazemos um remendo novo no pano velho.

Por melhor que seja o remendo, o tecido já está desgastado e mais frágil.
Após a cirurgia será possível fazer as atividades do dia a dia, incluindo prática de esportes.

Porém, é preciso evitar exageros. Grandes esforços físicos, movimentos repetitivos ou muito intensos causam sobrecarga e risco de nova lesão.

Qual é o tempo esperado para completar o processo de cicatrização e ter vida normal?
Dr. Fernando Cinagava - São necessários três meses para a cicatrização e mais três para o fortalecimento na fisioterapia.

Portanto, seis meses para a recuperação total.

Claro que esse tempo varia um pouco de acordo com a gravidade da lesão, se é antiga ou recente e o estado de geral de saúde do paciente.

Por que demora a recuperação da cirurgia do ombro?

Dr. Fernando Cinagava - É um processo lento porque o tendão é uma estrutura resistente que recebe pouco fluxo de sangue comparado a outros tecidos que são bem vascularizados.

A pele, por exemplo, demora até sete dias para cicatrizar, o músculo leva entre três e quatro semanas. No caso do tendão é mais difícil.

Quais são as fases principais da recuperação?
Dr. Fernando Cinagava - Dividimos o período de recuperação em três etapas.

No primeiro mês o tendão ainda não cicatrizou e é obrigatório muito repouso e uso permanente da tipoia.

Só é permitido fazer movimentos orientados pelo médico e fisioterapeuta.
Do segundo ao terceiro mês o tendão já está em processo de cicatrização e dá pra tirar o braço da tipoia, fazer movimentos leves, sem pegar peso.
Do quarto ao sexto mês temos 12 semanas dedicadas ao trabalho de fortalecimento na reabilitação fisioterápica.

Como lidar com as dores do pós-operatório?
Dr. Fernando Cinagava - A dor pós-operatória da cirurgia do ombro é mais forte nos três primeiros dias.

Para enfrentar esta fase usamos medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos mais fortes, da classe dos opioides, derivados da morfina.

São drogas que não tiram completamente a dor, mas aliviam bastante.
Outra tática muito importante é fazer compressa com bolsa de gelo. Isso ajuda a desinchar a área da cirurgia e reduzir a dor.

A recomendação é fazer a compressa durante vinte minutos, três vezes ao dia, ao longo de dois meses.
Nos primeiros dias, de dor mais intensa, é melhor aplicar compressa com gelo de hora em hora.

O efeito é muito eficaz. Na hora de dormir, o cuidado é acomodar bem o braço com travesseiros e fazer compressa com bastante gelo.
É preciso ter paciência, lembrar que a fase mais dolorida demora um pouquinho, mas passa.

Como se adaptar ao uso da tipoia?
Dr. Fernando Cinagava - O uso da tipoia é recomendado durante o primeiro mês, quando a movimentação fica bem restrita.

Pode-se ler um livro, mexer um pouco no celular, mas nada que exija esforço.

O braço precisa ficar imobilizado, em repouso, para facilitar a cicatrização do tendão.
Para ajudar na circulação do sangue, três ou quatro vezes ao dia é recomendado soltar a tipoia, deixar o braço esticado, mexer as mãos, fazer movimento de flexão e extensão do cotovelo.

Tem paciente que fica com a mão bastante inchada por não cumprir essa rotina de movimentar um pouquinho o braço.
Movimentos lentos, sem provocar dor, e sem levantar o braço para não forçar os pontos de sutura, são benéficos e necessários.

Como dormir com a tipoia?
Dr. Fernando Cinagava - O pior momento para ficar com a tipoia é durante a noite.

O melhor é a acolchoar bem o local onde vamos repousar o braço e dormir reclinado, com as costas bem apoiadas em travesseiros.

Como tomar banho após a cirurgia?

Dr. Fernando Cinagava - O primeiro banho está liberado 24 horas depois da cirurgia.

Ao entrar no chuveiro, o cuidado é retirar o curativo cirúrgico e lavar as feridas com água e sabonete comum, sem usar bucha, só a mão.
Na hora de secar é importante pegar uma toalha limpa, ainda sem uso.

A maioria de nós tem o costume de usar a mesma toalha mais de uma vez, mas toalha que fica no banheiro secando de um dia para o outro pode ter bactérias.
Após o banho basta vestir uma roupa limpa e confortável como proteção, não precisa fazer outro curativo.
Lembrando que o paciente vai precisar de ajuda para tomar banho porque o braço operado não pode ser usado para esfregar o corpo.

Se não tiver ninguém disponível ou preferir tomar banho sozinho, o jeito é se lavar com uma escova de banho de cabo longo.

Quais são os sinais de que há algo errado na recuperação e é preciso avisar o médico?
Dr. Fernando Cinagava - Temos que ficar atentos aos sinais de infecção.

Apesar de ser uma cirurgia com incisões muito pequenas, menos invasiva, pode acontecer.
Se você estava indo bem, mas lá pelo quarto ou quinto dia a dor começa a piorar, é o corpo dando um alerta.
Apresentar alguma secreção nas feridas cirúrgicas, mesmo que seja aquosa e não pus, pode indicar infecção se formando.
Outros sintomas são vermelhidão ao redor da ferida e febre.

Se qualquer um desses sinais se manifesta, o médico precisa examinar o paciente.
A maior parte dos casos de infecção é resolvida com a administração de antibiótico por via oral.

Apenas em situações mais graves, e muito raras, é necessário fazer outra cirurgia para limpeza da articulação.
Os traumas também devem ser informados ao médico.

Se a pessoa bate o ombro sem querer nesse período de recuperação, leva uma pancada mais forte, o resultado da cirurgia pode ficar comprometido.

Qual a importância da fisioterapia na recuperação?

Dr. Fernando Cinagava - A fisioterapia é indispensável, a gente separa em três fases o tratamento fisioterápico.

Cada uma delas tem objetivos bem definidos.
A primeira fase é para provocar um efeito analgésico e anti-inflamatório.

A cirurgia agride bastante a região e precisamos reduzir o inchaço.
A segunda fase é para recuperar mobilidade, soltar a articulação.
Na terceira fase, trabalhamos o fortalecimento do ombro.
No total é preciso fazer no mínimo seis meses de fisioterapia.

Para se recuperar totalmente, em alguns casos, pode levar até mais.

O que mais ajuda na recuperação da cirurgia do ombro?
Dr. Fernando Cinagava - O que mais ajuda na reabilitação do ombro é seguir a recomendação do seu médico.

O resultado da cirurgia depende muito de o paciente fazer o que tem que ser feito, no tempo certo.

Qual o comportamento que é comum nos pacientes e pode comprometer o resultado da cirurgia?
Existem duas situações que podem prejudicar.
A primeira é quando o paciente não consegue ficar parado, não usa a tipoia conforme as recomendações, faz movimentos ou força com o braço precocemente.

Desta maneira pode acontecer da sutura no tendão lacear e os pontos se soltarem.

Ou seja, a pessoa perde o resultado da cirurgia.

Já vi acontecer muitas vezes.
A segunda está relacionada ao comportamento oposto.

A pessoa fica com muito medo de mexer o braço.

Não faz os exercícios em casa, não deixa o fisioterapeuta mexer direito no braço. Fica travada.

O risco, neste caso, é a artrofibrose, uma condição em que o tendão cicatriza, mas tudo que está em volta fica meio grudado.

O excesso de tecido cicatricial deixa o ombro rígido.

A pessoa sente dor e os movimentos ficam limitados.

Quando o paciente fica liberado pra dirigir depois da cirurgia do ombro?
Dr. Fernando Cinagava - Normalmente a pessoa pode voltar a dirigir carros automáticos em quatro semanas, carro com câmbio manual só depois de 6 semanas.

Se o veículo não tiver direção hidráulica é melhor esperar mais.

Mas depende muito de cada paciente, avaliamos caso a caso, conforme a extensão da lesão que foi tratada.

Por quanto tempo é preciso ficar afastado do trabalho?
Dr. Fernando Cinagava - Se for um trabalho que não envolve esforço físico, o afastamento varia entre duas e três semanas.

Quem trabalha se movimentando bastante, mas não pega peso, pode voltar em dois meses.

Já se a atividade profissional obriga a pessoa a fazer muito esforço, carregar coisas pesadas, é preciso aguardar até ao final dos seis meses de reabilitação.

Depois do período de reabilitação ainda há restrições para praticar esportes e fazer tarefas cotidianas?
Dr. Fernando Cinagava - Se o esporte exige muito esforço é necessário que o retorno seja gradativo.

No caso de práticas mais pesadas como crossfit, jiu-jitsu ou judô, por exemplo, a pessoa não vai voltar a treinar no mesmo ritmo que estava antes da lesão.
Alguns estudos indicam que o ombro recupera toda a força muscular só depois de 18 meses da cirurgia.
Nas tarefas de casa também tem que ir com calma, evitar fazer tudo no mesmo dia.
É importante dizer que a maioria dos pacientes consegue retornar às atividades normalmente.

Mas só sabemos realmente se haverá alguma restrição mais severa quando termina a reabilitação fisioterápica.

Em caso de nova lesão e uma segunda cirurgia é possível recuperar o ombro?

Dr. Fernando Cinagava - É sempre mais complicado.

O tendão que já teve uma ruptura e foi suturado, não responde muito bem a uma nova cirurgia e à fisioterapia.
A recuperação é muito mais lenta.

O braço tem que ficar mais tempo na tipoia e demora mais pra começar a fisioterapia.

A cicatrização se torna difícil.
Neste caso, médico e paciente analisam os prós e contras de uma nova cirurgia.

O estado geral de saúde influencia fortemente na decisão.
Se você faz uma cirurgia em uma pessoa com mais de 70 anos e o tendão rompe novamente, é muito provável que o resultado será o mesmo depois de uma segunda cirurgia.

O transtorno pode ser muito grande comparado ao benefício.

Como prevenir uma nova lesão?
Dr. Fernando Cinagava - Devemos fazer um trabalho constante de preservação do ombro.

Eu tenho um vídeo no canal do YouTube explicando como fazer exercícios para fortalecer o manguito rotador usando elástico.

São exercícios recomendados para todo mundo que tem tendinite, bursite e para quem já operou o ombro.
Outra dica é se dedicar a uma atividade física que trabalhe o ombro de forma mais completa.

Musculação, pilates, natação, hidroginástica e ginástica funcional são boas opções para fortalecer o ombro por inteiro.

Não só o manguito rotador, mas também os outros músculos acessórios que ajudam a sustentar a região articular do ombro.
É uma rotina importante para ter boa sustentação e viver bem.
Dr. Fernando Cinagava é médico ortopedista formado pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), com especialização em cirurgia do ombro e cotovelo pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas).

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O exame da próstata deve ser feito anualmente, a partir dos 50 anos, para permitir o diagnóstico precoce de doenças como o câncer.
Atualizado em 13 de setembro de 2021.

O exame da próstata

O exame da próstata é feito por toque retal.

O procedimento é muito importante para detectar doenças que o homem pode ter na região anal, como o câncer. Porém, muitas vezes, por preconceito ou falta de informação, os homens adiam ou até se recusam a passar pelo exame.
O urologista da QualiMedi Saúde João Correia dos Santos responde às principais dúvidas que surgem no consultório em relação a importância de se fazer o exame de próstata regularmente.

A partir de que idade devo fazer o exame de próstata (toque retal)? E com que frequência?

João Correia dos Santos - A regra geral é fazer o exame de próstata anualmente a partir dos 50 anos de idade.

Quem tem caso de câncer na família precisa antecipar e incluir o exame na rotina de prevenção a partir dos 45 anos.

O exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico) substitui o exame de toque?

João Correia dos Santos - O PSA não substitui o exame de toque da próstata e sim complementa.

Primeiramente é necessário entender como o exame funciona.

O PSA é uma substância produzida na próstata para ser eliminada junto com o sêmen.

O exame de PSA determina o nível dessa substância no sangue.

Homens com câncer de próstata e outras doenças prostáticas podem apresentar um nível mais elevado do antígeno no sangue.

A consulta com o urologista tem o objetivo de identificar qual é a doença, se benigna ou maligna.

O médico analisa o resultado do PSA, faz o exame físico (toque retal) e avalia a necessidade de biópsia da próstata. Por isso, apenas o exame de sangue não é suficiente para embasar o diagnóstico. O toque é necessário.

Afinal, como o médico consegue identificar um problema com o toque retal?

João Correia dos Santos - Como a próstata fica em frente ao reto, é possível apalpar a glândula e perceber se existem nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos que indicam doença.

O toque é realizado com o dedo, protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor.

Se eu tiver com algum problema na próstata, quais sintomas vou perceber?

João Correia dos Santos - Os sintomas podem variar de acordo com o problema.

O câncer de próstata, por exemplo, é assintomático em seu estágio inicial.

Mas, quando ocorre aumento benigno, que é uma outra doença na próstata, os sintomas são: urgência em urinar, sensação de bexiga cheia e dor no pé da barriga.

Já em casos mais avançados, pode ocorrer a retenção da urina, incontinência urinária e problemas renais.

Idosos têm maior chance de ter câncer de próstata?

João Correia dos Santos - Sim.

Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), aproximadamente 75% dos casos de câncer de próstata no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Quais as vantagens de detectar precocemente o câncer de próstata?
João Correia dos Santos - Assim como em outros tipos de câncer, a detecção precoce representa mais chance de sucesso no tratamento.

No caso de câncer de próstata a probabilidade de cura chega a 90% em pacientes diagnosticados precocemente.
Agende uma consulta caso queira fazer o exame da próstata.

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