O excesso de peso é uma condição que pode ter consequências graves.
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo e pode ser o resultado da combinação de diversos fatores, incluindo causas hereditárias e emocionais.
Mas o mais comum é se tornar obeso pelo consumo exagerado de calorias e a vida sedentária.
A obesidade está relacionada ao desenvolvimento de várias doenças graves, inclusive tipos de câncer.
Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, 20% dos brasileiros são obesos e 60% da população está com excesso de peso.
O problema é maior entre as mulheres e piora com o avanço da idade.
A obesidade se tornou um problema de saúde pública e é complexo de se resolver.
A melhor solução está na disseminação de informações e no estímulo à adoção de um estilo de vida que preserve a saúde.
O endocrinologista é o médico que pode orientar a melhor forma de cuidar do seu corpo e manter um peso saudável.
O endocrinologista Moacir Godoy, da QualiMedi Saúde, faz um alerta sobre a necessidade de se combater a obesidade como problema de saúde pública.
Conheça os sintomas e formas de tratamento para cada tipo de diabetes.
Por Moacir Godoy, endocrinologista.
Há estudos que nos deixam otimistas, mas por enquanto o diabetes mellitus não tem cura.
Entretanto, se você ou alguém da sua família receber um diagnóstico não se desespere.
Seja para o diabetes tipo 1, que atinge crianças e jovens, ou para o tipo 2, comum em pessoas acima dos 40 anos, existem tratamentos eficazes para o controle da doença.
O endocrinologista pode fazer o diagnóstico, prescrever a medicação e orientar outros cuidados necessários para manter a saúde apesar do diabetes.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes temos aproximadamente 13 milhões de pessoas com a doença no Brasil, 6,9 % da população.
O diabetes mellitus prejudica a produção de insulina pelo pâncreas.
A insulina é um hormônio que nosso corpo precisa para transformar a glicose (açúcar) dos alimentos em energia.
Sem a insulina, o índice de glicemia no sangue fica elevado e ao longo do tempo isso provoca estragos nos órgãos, nervos e vasos sanguíneos.
É importante que você converse com o especialista para entender o mecanismo da doença e receber informações importantes sobre como lidar com ela.
O diabetes mellitus tipo 1 também é chamado de diabetes insulinodependente ou de diabetes infanto-juvenil por atingir frequentemente crianças e adolescentes.
É uma doença crônica que destrói as células beta do pâncreas responsáveis pela produção da insulina.
Esse tipo de diabetes reduz a quase zero a fabricação de insulina.
A medicação oral não funciona e os pacientes precisam receber injeções diárias de insulina para normalizar o nível de glicose no sangue. Além de seguir uma dieta saudável e praticar exercícios.
Sintomas do diabetes tipo 1
Diabéticos do tipo 1 podem ter sintomas repentinamente e precisar de atendimento de urgência para controlar a glicose.
Conheça os sinais mais comuns da doença.
• Vontade frequente de urinar, mesmo à noite
• Sensação de sede constante
• Fome excessiva
• Perda de peso sem razão
• Enjoo
• Candidíase e infecção urinária frequentes
O diabetes tipo 2 é o mais comum, representa cerca de 90% dos casos da doença.
Geralmente surge em adultos com mais de 40 anos, excesso de peso e dieta alimentar inadequada. Mas pode também atingir jovens obesos.
A produção e a secreção inadequadas de insulina pelo pâncreas levam os pacientes do tipo 2 à hiperglicemia.
O problema também pode estar relacionado com a resistência do organismo da pessoa à insulina. Nesse caso, é necessária uma grande quantidade de insulina para permitir que a glicose dos alimentos penetre nas células e gere energia.
Sintomas do diabetes tipo 2
O diabetes mellitus do tipo 2 pode permanecer assintomático por muito tempo quando o nível de glicose está acima do normal, mas ainda não tão alto. É comum as pessoas se surpreenderem com o diagnóstico em exames de rotina. Muitos pacientes só descobrem a doença quando já começam a ter complicações, por isso é importante medir a glicose regularmente, em especial se há casos de diabetes na família.
O tratamento envolve escolhas saudáveis na alimentação, exercícios físicos, perda de peso em alguns casos e a medicação, quando o médico julgar necessário. Inicialmente são usados medicamentos via oral de tipos e doses diferentes, de acordo com o diagnóstico de cada um.
Após um longo tempo com a doença pode ser necessário o uso de injeções de insulina.
Fique atento aos sinais que podem surgir.
• Aumento da sede
• Boca constantemente seca
• Vontade de urinar em curtos espaços de tempo
• Cansaço frequente
• Visão turva ou embaçada
• Feridas que cicatrizam lentamente
• Formigamento nos pés ou nas mãos
O atraso no diagnóstico ou o descaso com o tratamento trazem consequências sérias.
Mas seguindo as orientações médicas é completamente possível evitar complicações e ter vida de qualidade.
Marque uma consulta com o endocrinologista em caso de sintomas ou para medir o risco de desenvolver diabetes. Como disse antes, o diabetes ainda não tem cura, mas tem tratamento.
Saiba mais sobre os riscos do uso de emagrecedores sem prescrição médica.
Por Moacir Godoy, endocrinologista
A obesidade é um problema de saúde pública mundial. É urgente combater a doença, começando pelas crianças e adolescentes.
A cada 10 brasileiros, 6 estão obesos ou com sobrepeso de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mas quem decide emagrecer contando apenas com o uso de medicamentos não tem bons resultados e se coloca em grande risco.
O Brasil está em terceiro lugar no ranking mundial de consumo de medicamentos para emagrecer.
O pior é que muitos consumidores, em busca de um caminho mais fácil, se automedicam comprando produtos que nem foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que, portanto, não temos certeza de origem ou eficácia.
Outros tomam fórmulas manipuladas que combinam medicamentos e hormônios, sem ter noção das consequências possíveis.
O uso de inibidores de apetite, remédios que causam sensação de saciedade ou ajudam a eliminar a gordura dos alimentos deve ser considerado com cautela e só pode ser prescrito pelo médico endocrinologista.
Não acredite em receitas milagrosas e geralmente oferecidas por quem não é especialista e não está preocupado com a sua saúde.
Há diversos efeitos colaterais importantes relacionados à emagrecedores.
Eles podem causar alteração nos batimentos cardíacos, irritabilidade, sensação de desmaio, entre outros sintomas indesejados.
O usuário pode desenvolver dependência química e além de todos os riscos, o emagrecimento não é duradouro, a pessoa volta a engordar rapidamente.
Na verdade, no Brasil, há poucos medicamentos aprovados pelo Ministério da Saúde para ajudar no combate da obesidade.
Entre eles estão o orlistat, a sibutramina, a fluoxetina e o saxenda.
Mas mesmo o uso de medicamentos aprovados não dispensa orientação médica.
A sibutramina, por exemplo, é capaz de inibir a recaptação de serotonina, prolongando a sensação de saciedade e ajudando a pessoa a comer menos, mas também pode aumentar os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
Ou seja, emagrecedores só devem ser prescritos pelo endocrinologista em casos específicos, a partir de uma avaliação da condição geral de saúde do paciente.
Quando uma pessoa decide emagrecer, deve compreender que está iniciando um processo.
Primeiro o endocrinologista vai investigar se há alguma doença relacionada ao ganho de peso e avaliar a condição de saúde geral.
Após o exame clínico e análise de exames laboratoriais, dependendo do grau de obesidade associado a outros problemas de saúde, o médico decide se é necessário o uso de medicação.
Simultaneamente, o nutricionista vai avaliar o impacto dos alimentos no organismo e orientar mudanças na dieta.
Mas qualquer que seja o motivo da obesidade ou sobrepeso, o paciente terá que adotar hábitos saudáveis, com refeições equilibradas e exercícios físicos regulares se quiser ter resultado.
O paciente é acompanhado durante toda a jornada de emagrecimento, sendo submetido a exames periódicos para avaliar os progressos e necessidades de ajustes.
Aceite que tomar um remédio não quer dizer que você não vai precisar mudar de hábitos.
Escolha o emagrecimento saudável e não drogas sem procedência que podem custar sua vida.
Você pode saber se um medicamento tem registro no Brasil consultando o site da Anvisa.
Marque uma consulta com um endocrinologista para avaliar o seu caso.
Aprenda a reconhecer os sintomas dos distúrbios mais comuns da glândula tireoide.
Por Moacir Godoy, endocrinologista
A glândula tireoide é extremamente importante para o equilíbrio de todo o nosso organismo.
Pesa entre 15 e 20 gramas apenas e está localizada na base do pescoço.
Ela produz os hormônios que regulam o metabolismo das nossas células influenciando na nossa disposição, humor, capacidade reprodutiva, funcionamento intestinal, dentre outros.
Os problemas mais frequentes relacionados a tireoide são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.
O hipotireoidismo é o mais comum e ocorre quando a produção de hormônios na tireoide é baixa ou inexistente.
Já no hipertireoidismo, que é mais raro, acontece o contrário. Há uma produção elevada de hormônios tireoidianos.
Os distúrbios incidem mais em mulheres, podem ser congênitos ou desenvolvidos ao longo da vida.
Os exames que detectam o desequilíbrio hormonal devem ser realizados ao menos uma vez por ano.
Principalmente nos grupos de risco como gestantes, mulheres em fase reprodutiva, pessoas com histórico familiar de doença na tireoide e crianças que estão crescendo lentamente.
O endocrinologista faz o diagnóstico de hipotireoidismo ou hipertireoidismo baseado no exame clínico e no exame de sangue que mede os níveis hormonais do paciente.
Em alguns casos, o médico pode solicitar também um ultrassom para visualizar a tireoide e descartar a presença de nódulos.
Quando há algum desiquilíbrio na produção de hormônios tireoidianos, o T3 e o T4, a hipófise, glândula que fica no cérebro.
Ela regula várias outras glândulas do nosso corpo, aumenta ou diminui a produção de TSH, o hormônio que estimula a tireoide.
Por isso, níveis elevados de TSH e baixos dos hormônios tireoidianos caracterizam o hipotireoidismo.
Quando o desequilíbrio hormonal ainda não está acentuado, os sintomas podem passar despercebidos, é importante prestar atenção aos sinais do corpo.
Se não tratada, a alteração na produção dos hormônios tireoidianos compromete bastante a qualidade de vida.
Os sintomas de hipertireoidismo e hipotireoidismo são bem diferentes. Compare.
Hipotireoidismo
• Cansaço
• Depressão
• Sonolência
• Diminuição da frequência cardíaca
• Alterações no ciclo menstrual
• Prisão de ventre
• Pele seca e fria
• Unhas quebradiças
• Voz mais grossa
• Intolerância ao frio
Hipertireoidismo
• Emagrecimento
• Taquicardia
• Mãos trêmulas
• Agitação e irritabilidade
• Insônia
• Suor abundante
• Intolerância ao calor
Diversos fatores influem na produção hormonal e devem ser investigados para definir a melhor forma de tratamento. A Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que provoca a diminuição da tireoide, pode ser a causa do hipotireoidismo.
O distúrbio também pode estar relacionado a deficiência ou excesso de iodo na alimentação.
Já entre as causas do hipertireoidismo está a Doença de Graves que é hereditária e ocorre quando um anticorpo no sangue estimula a produção elevada de hormônios tireoidianos.
É preciso descartar ainda a presença de nódulos na glândula tireoide.
O tratamento para hipotireoidismo é a reposição do hormônio que a tireoide deixou de fabricar.
Casos de cura são raros, por isso o medicamento é quase sempre para toda a vida, mas é um tratamento é muito eficaz.
Para tratar o hipertireoidismo, o médico pode prescrever medicamentos, iodo radioativo ou recomendar cirurgia.
Vai depender da causa e do estágio da doença.
Confirmado o diagnóstico de hipotireoidismo ou hipertireoidismo, é fundamental começar a tratar o quanto antes. Entre as complicações causadas por esses distúrbios hormonais estão osteoporose, infarto, arritmias e pressão alta.
Por isso não deixe de consultar o endocrinologista em caso de sintomas ou para fazer exames de detecção precoce.
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