O tratamento precoce, orientado pelo dermatologista, evita que a acne deixe cicatrizes físicas e emocionais.
Publicado em 1 de dezembro de 2021.
Todo mundo tem espinhas em algum momento da vida, mas casos persistentes de acne pedem acompanhamento médico.
A acne é uma doença inflamatória que surge geralmente na adolescência, associada a mudanças hormonais, mas também pode se manifestar em outras fases da vida.
Uma só espinha no rosto já é capaz de nos deixar incomodados com a aparência.
Se elas se tornam frequentes e começam a marcar a pele, se transformam num pesadelo para a autoestima.
Casos de acne moderada ou severa devem ser tratados com ajuda médica especializada.
O dermatologista pode, literalmente, salvar a sua pele e a sua saúde emocional.
Identificar as causas da acne e tratar o mais cedo possível é a melhor maneira de se livrar das espinhas e evitar as cicatrizes permanentes.
Saiba mais na entrevista com o dermatologista da QualiMedi Saúde, Diogo Hiroshi Mizumoto.
Acne e espinha são a mesma coisa?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – Sim. Acne é o nome científico da doença que provoca lesões na pele.
Espinha é o nome popular usado para se referir ao problema.
Qual a diferença entre cravo e espinha?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - O cravo é uma obstrução da saída da glândula sebácea.
Todo mundo tem no rosto várias glândulas que produzem o sebo.
Ele é responsável por deixar a pele hidratada, suave e protegida da agressão de agentes externos.
O cravo ocorre quando a saída da glândula sebácea fica obstruída.
Se o cravo está amarelinho significa que houve obstrução, mas o sebo ainda não sofreu ação do oxigénio que oxida e deixa aquele pontinho preto na pele.
A espinha é resultado da inflamação da glândula sebácea que foi obstruída por um micro comedão, ou seja, um micro cravo.
Isso pode provocar aquelas lesões que evoluem formando uma área avermelhada com um pontinho de pus no meio.
O que é espinha interna?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A espinha interna também é resultado da obstrução da saída da glândula sebácea, mas com a característica de muita inflamação.
Em alguns casos a inflamação é tão grande que denominamos cisto porque há muita secreção.
Se formam aqueles nódulos avermelhados profundos e que doem muito quando a gente mexe.
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – A acne pode surgir em grande parte da população ao longo da vida, principalmente durante a fase da adolescência quando sofremos uma grande alteração hormonal.
Os homens têm o aumento da produção de andrógenos e as mulheres de estrógenos.
Esse aumento dos hormônios leva a uma produção maior de gordura na pele.
Por isso aparecem as espinhas, principalmente no rosto, no tórax, nos ombros e nas costas.
O fator hereditário é muito importante nos casos de acne?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A influência genética é um fator muito importante na prevalência da acne.
Se os pais tiveram muitas espinhas, sofreram com a acne, a chance de os filhos desenvolverem um quadro semelhante é muito grande.
Quais são os distúrbios hormonais e doenças que provocam espinhas?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – A acne é uma doença ligada diretamente a produção dos nossos hormônios.
Quando temos uma produção excessiva, principalmente de hormônios masculinos, que tanto o homem quanto a mulher possuem, a pele pode ficar mais gordurosa e com acne.
Apesar de ser mais comum ter espinhas na adolescência, pode ocorrer em outras fases da vida.
Temos, por exemplo, a acne da mulher adulta que é quando as espinhas não desaparecem após os 25 anos ou surgem nesta idade.
A acne também pode surgir associada ao estresse, ao período menstrual e ao uso de vários tipos de medicamentos como corticoides ou vitaminas do complexo B.
Se você tem contato com óleo, graxa ou algum tipo de produto gorduroso, também aumenta o risco de acne.
Exposição exagerada ao sol, o hábito de mexer nas lesões e levar muito a mão ao rosto, pioram a pele com acne.
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A acne é classificada em quadro graus.
Leve, moderada, severa e grave.
A acne leve é aquele que provoca alguns cravos e poucas lesões avermelhadas.
Já a acne moderada gera lesões avermelhadas, pústulas (espinhas com pus) e com maior intensidade.
Na acne severa temos a presença dos cistos que são comumente chamados de acne interna.
E nos quadros de acne grave, extremamente severa, nós temos a presença de várias lesões inflamatórias, vários cistos, que são múltiplos, podem se comunicar e se localizam não apenas no rosto, mas no tronco também.
Quando é preciso tomar remédios para se livrar das espinhas? Eles provocam efeitos colaterais importantes?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A maior parte dos quadros de acne são controlados com medicações tópicas, com sabonetes ácidos e uso de protetor solar.
Em alguns casos quando a gente não tem melhora com uso de medicações aplicadas na pele, nem cremes, podemos fazer uso de antibiótico.
Se mesmo assim o paciente não tem uma melhora importante e que se mantém ao longo do tempo, podemos considerar o uso do Roacutan, medicamento a base de isotretinoína, que pode apresentar diversos efeitos colaterais graves.
É proibido o uso em mulheres grávidas, há riscos severos para o bebê.
Na verdade, todos os remédios eles vão apresentar efeitos colaterais, mesmo os antibióticos.
Por isso é muito importante ter o acompanhamento médico correto, amparado por exames, para evitar complicações.
Existe tratamento natural contra espinha?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – Cuidar da alimentação é naturalmente cuidar da pele, inclusive ajuda a controlar a acne.
Sabemos que consumir muitos carboidratos simples (açúcar, farinha branca, produtos industrializados como macarrão, bolo, pão), aumenta o risco de inflamação do corpo e de ter mais espinhas.
São alimentos de alto índice glicêmico que pioram a pele.
O consumo de leite ou produtos derivados (queijos, iogurte, bebidas lácteas), principalmente leite de vaca, também é contraindicado.
O leite tem a presença de vários hormônios, ele serve para alimentar o bezerro, para promover o crescimento do animal.
Quando bebemos o leite estamos consumindo esses hormônios e uma proteína chamada caseína.
Ela tem a capacidade de aumentar a inflamação no organismo e piorar a acne.
Como evitar que a acne deixe cicatrizes?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Para evitar que a espinha deixe cicatrizes o mais importante é não manipular as lesões, não cutucar, não furar.
É preciso deixar o processo de cicatrização ocorrer de forma natural.
Se você respeita esse tempo do organismo e ao mesmo tempo está fazendo o tratamento médico, vai evitar que surjam novas espinhas, auxiliar na cicatrização das espinhas presentes e reduzir o risco de ficar com cicatrizes.
Importante dizer que a cicatriz também está relacionada à genética.
Quem tem pais com cicatrizes de acne, tem uma tendência maior a desenvolver o mesmo tipo de cicatriz.
É possível remover cicatrizes antigas de acne?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Pra gente conseguir melhorar cicatrizes que já estão formadas, o primeiro passo, e o mais importante, é fazer um tratamento para evitar que surjam outras lesões, não podemos deixar a acne ativa.
O tratamento específico para cicatrizes de acne é baseado no estímulo da produção de colágeno.
Geralmente usamos recursos como o laser, o microagulhamento, subcisão (introdução de agulhas mais calibrosas nas marcas) ou aplicação de bioestimuladores de colágeno na região da cicatriz.
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A limpeza da pele precisa ser feita com sabonete adequado, no caso de quem tem acne, um sabonete antioleosidade.
É bem importante remover a maquiagem à noite, dormir com a pele limpa, usando um removedor à base de óleo ou água micelar e depois lavar o rosto com o sabonete.
É verdade que exagerar na limpeza da pele oleosa pode fazer as glândulas produzirem ainda mais sebo e piorar a pele?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Antigamente se pensava que lavar demais a pele oleosa provocava um efeito rebote, ou seja, aumentava ainda mais a produção de gordura.
Hoje sabemos que não funciona assim, é um mito.
Novos estudos mostraram que quando lavamos o rostos em excesso, o organismo vai trabalhar para produzir a oleosidade padrão daquele indivíduo.
A pele não fica mais gordurosa do que antes, apenas volta ao seu normal, seguindo o a característica genética da pessoa.
Limpeza de pele com esteticista ajuda ou piora a acne?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A limpeza de pele com esteticista auxilia no tratamento da acne quando retira os cravos.
Mas é muito importante tomar cuidado com as lesões inflamadas, as que estão vermelhinhas.
Essas lesões não podem ser manipuladas.
A inflamação deve se resolver sozinha, sem espremer, sem apertar.
O que provoca a acne tardia?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A acne tardia, também é conhecida como acne da mulher adulta, é aquela que se apresenta a partir dos 25 anos.
A mulher mantém o quadro de acne que já tinha desde a adolescência ou começa a ter espinhas depois de adulta.
A acne tardia está relacionado ao aumento da produção de hormônios masculinos que tornam a pele mais oleosa. Nestes casos, o dermatologista solicita exames de dosagem hormonal para verificar se é necessário o acompanhamento multidisciplinar, envolvendo outro especialista.
Por que algumas mulheres têm acne durante a gravidez?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – A acne pode piorar durante a gravidez porque o corpo da mulher sofre uma alteração hormonal muito importante.
Ocorre o aumento de quantidade dos hormônios e isso pode levar ao surgimento da acne.
É mais comum logo nas primeiras semanas de gravidez.
Acne pode provocar problemas psicológicos? Como lidar com os danos emocionais?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – A acne afeta diretamente a autoestima dos pacientes que possuem a doença então ela vai influenciar na autoconfiança, na autopercepção, na autoestima do paciente.
A acne pode acarretar diversos problemas psicológicos como piora de ansiedade e quadros depressivos.
Por isso o tratamento adequado é muito importante, não só pensando no lado estético, mas principalmente para a melhora da sensação de bem-estar.
É muito bom quando o paciente se olha no espelho e vê uma que a pele está bonita.
Isso traz conforto e um bem-estar muito grande.
Quando devemos procurar o dermatologista para tratar acne?
Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Quando há apenas algumas espinhas isoladas, não temos que nos preocupar, podemos esperar que o organismo supere espontaneamente o problema.
Já quando surgem várias lesões ao mesmo tempo é hora de procurar o dermatologista para iniciar o tratamento. Quanto antes nós iniciamos os cuidados adequados, melhor o resultado e menor o risco de ter cicatrizes.
Diogo Hiroshi Mizumoto é médico graduado pela Universidade Estadual de Londrina (PR).
Residência em Dermatologia na Pontifícia Universidade de Campinas (SP).
Fellow em Cirurgia Dermatológica na Universidade de Coimbra – Portugal.
Possui consultório na Clínica Nazima, em Londrina (PR).
Atua no Centro de Especialidades Hospital São Francisco em Cambé (PR) e integra a equipe de dermatologistas da QualiMedi Saúde, em Londrina (PR).
O processo inflamatório crônico na pele causa desconforto e pode mexer até com a autoestima.
Por Cássio Rafael Moreira, dermatologista
A dermatite atópica é uma alergia muito comum em crianças e adultos. A doença provoca lesões avermelhadas na pele e muita coceira.
A palavra atópica está relacionada a predisposição genética em manifestar reações alérgicas. Uma pessoa com dermatite atópica também pode ter rinite, bronquite e asma.
Sendo um problema genético, a dermatite atópica não é contagiosa, mas os pacientes podem sofrer preconceito. A falta de informação sobre a doença causa estranhamento e receio nas outras pessoas, atrapalhando experiências na infância e na vida adulta.
Na maioria dos adultos as lesões são mais frequentes nas dobras dos braços e atrás dos joelhos, mas podem ocorrer em outras partes do corpo. Em crianças aparecem inclusive no rosto e couro cabeludo.
Esse processo inflamatório crônico não tem cura. Os objetivos dos tratamentos são controlar a coceira, reduzir a inflamação na pele e evitar as crises mais fortes.
Além de usar os medicamentos prescritos pelo dermatologista, quem tem dermatite atópica precisa se habituar a cuidar muito bem da proteção da pele.
Alerto que a automedicação é extremamente prejudicial, pode piorar a doença. Com orientação e acompanhamento do médico dermatologista o paciente terá o tratamento eficaz.
As pessoas com dermatite atópica apresentam lesões com características bem definidas, como pele ressecada, descamação, vermelhidão, bolhas e prurido (coceira).
As feridas aparecem em várias partes do corpo, normalmente em locais onde transpiramos mais.
É comum perceber infecção na pele porque ao usar as unhas para coçar as lesões, muitas vezes a pessoa acaba se contaminando.
A bactéria Staphylococcus Aureus é frequentemente detectada nos pacientes.
O intervalo entre as crises que provocam o aparecimento dos eczemas (feridas) varia muito, pode ser longo, com duração até de anos. Depende do estado físico e emocional do paciente, e da exposição a fatores que desencadeiam alergia.
O diagnóstico da dermatite atópica é feito por meio do exame clínico no consultório do dermatologista. O médico observa os eczemas para confirmar as características típicas da alergia.
Informar sobre outras alergias do paciente ou em pessoas da família é importante para o diagnóstico.
Se persistir alguma dúvida, o médico poderá coletar material e enviar para análise em laboratório.
Não há ainda conclusões precisas das causas da dermatite atópica, mas sabemos que ela está relacionada a herança genética. Entretanto, alguns fatores funcionam como gatilhos para essa alergia. É preciso saber identificar e evitar o contato. Entre os mais comuns temos:
• Exposição a aromas ou corantes em produtos de higiene pessoal, como sabonetes, ou produtos de limpeza
• Alguns alimentos como leite, ovo, trigo, amendoim, frutos do mar, peixes em geral, castanhas e soja.
• Alergia a pólen, mofo, ácaros ou pelo de animais
• Roupas confeccionadas com tecido sintético ou lã
• Fatores climáticos como baixa umidade do ar, muito calor ou muito frio
• Estresse
Existem medicamentos que aliviam bastante a coceira e ajudam a cicatrizar as lesões da dermatite atópica. Dependendo do caso o médico pode combinar o uso de pomadas e medicação via oral. Os quadros mais graves exigem um tratamento mais complexo.
Os anti-inflamatórios geralmente prescritos são compostos à base de corticoides e esteroides, por isso devem ser administrados com cautela para minimizar possíveis efeitos colaterais e até a ineficácia por mau uso.
Também é importante dizer que alguns dos remédios recomendados no controle da dermatite atópica causam sonolência e podem atrapalhar a rotina do paciente. O médico saberá indicar a solução mais adequada para cada caso.
Para proteger a pele dos efeitos da dermatite atópica, o paciente também é orientado a usar sabonetes apropriados e hidratar a pele várias vezes ao dia.
Evitar contato com substâncias que podem desencadear as crises é fundamental.
Banhos quentes ressecam ainda mais a pele, o melhor é sempre água morna ou até duchas frias.
Usar apenas roupas de fibras naturais, como o algodão, é outra medida muito bem-vinda.
Conheça os erros mais comuns que prejudicam a saúde dos fios.
Por Paloma Ughini Mello, dermatologista
Uma dificuldade enfrentada pela maioria das minhas pacientes é distinguir problemas que fazem parte das características naturais do cabelo e os prejuízos que surgiram por conta de procedimentos adotados por elas e que devem ser evitados.
Não me refiro apenas às transformações realizadas geralmente no salão de beleza como descoloração, tintura e alisamento.
O modo que tratamos os cabelos no dia a dia importa muito.
Lavar da maneira incorreta, usar produtos inadequados ou contrariar as orientações de aplicação pode resultar em grande estrago ao longo do tempo.
Muitas pessoas aplicam produtos em excesso nos cabelos, deixam mais tempo que o recomendado e não enxaguam corretamente.
Essas atitudes são prejudiciais, muitas substâncias são potencializadas com o uso do secador, danificando a estrutura capilar.
Além disso, o acúmulo de resíduos nos fios deixa um aspecto opaco e pesado.
Conhecer a natureza do seu cabelo é essencial para escolher os melhores produtos para ele e controlar os aspectos indesejados.
Os fios lisos, por exemplo, são os mais resistentes e propícios à oleosidade.
Já os cabelos crespos são os mais frágeis, apresentando uma predisposição ao ressecamento, uma característica natural deste tipo de cabelo.
Água
A água quente não faz bem para os cabelos, pode danificar os fios ao longo do tempo. Prefira água morna durante a lavagem e fria no último enxague.
Xampu
O xampu deve ser aplicado no couro cabeludo e escorrer pelos fios.
Os componentes das fórmulas limpam e retiram a oleosidade, se você usa direto no comprimento dos fios pode provocar ressecamento, especialmente as pontas.
Condicionador
O condicionador não deve ser aplicado na raiz dos cabelos, apenas ao longo dos fios e nas pontas.
O contato e a permanência dos resíduos no couro cabeludo podem causar problemas como caspa e até queda de cabelo.
Não exagere na quantidade do produto e enxague muito bem.
Cabelos ressecados melhoram com uso de máscaras de ação mais intensa que a do condicionador.
Elas podem ser usadas a cada 15 dias e o ideal é alternar entre a máscara reconstrutora e a nutritiva.
Enxague
Capriche no enxague de todos os produtos.
Deixar resíduos no couro cabeludo e nos fios repetidamente pode deixar o cabelo pesado e sem brilho, além do risco de causar alergia.
Frequência
A frequência ideal de lavagem varia porque está relacionada a vários fatores.
Cabelos oleosos precisam ser lavados com maior frequência.
Pessoas que praticam esportes e transpiram muito e quem usa produtos para finalizar o penteado (sprays fixadores, géis e outros) também têm que lavar mais vezes.
Até o clima no local onde você mora pode influenciar a frequência das lavagens. Se faz muito calor, obviamente, será necessário lavar mais.
Secagem
Retire bem a umidade fazendo pressão com a toalha no couro cabeludo e nos fios.
Evite usar secador e chapinha ou, ao menos, aplique produtos protetores de calor.
Cabelo bonito eleva a autoestima e é sinal de saúde.
Queda e outros sinais de fragilidade dos fios requerem um diagnóstico profissional para descartar doenças, distúrbios hormonais e deficiências nutricionais.
Um comportamento muito comum e que deve ser evitado é tomar vitaminas por conta própria para melhorar o cabelo.
Elas devem ser consumidas apenas com orientação do dermatologista baseada no resultado de exames de laboratório que demonstrem a necessidade de suplementação.
O uso indiscriminado pode trazer consequências desagradáveis.
O excesso de vitamina A, por exemplo, provoca queda de cabelo.
Cuide bem de você, consulte um dermatologista para cuidar dos problemas que surgirem.
O verão chegou e para muitas pessoas do interior do Paraná é hora de ir para o litoral aproveitar o mar e o sol. A Dra. Priscila Pavezzi dermatologista da QualiMedi vai te ajudar em um dos principais preparativos para esse período do ano: os cuidados com a pele.
Muitas mulheres se preocupam mais com os pelos no verão, porém realizar a depilação no dia de se expor ao sol ou um dia anterior pode causar manchas escuras na pele. “O indicado é fazer a depilação pelo menos com 48 horas de antecedência”, lembra a Dra. “Ficar com a pele sempre molhada pode levar ao aparecimento de fungos que por sua vez levam à micose”, explica a dermatologista que recomenda o não compartilhamento de toalhas, para evitar a micose conhecida como pano branco.
Os cuidados com o sol também são imprescindíveis, são inclusive medidas preventivas para o câncer de pele. Nunca é demais lembrar: “Evite os horários que o sol está mais forte (das 9h às 15h); utilize chapéus, óculos de sol com proteção UV; roupas que cubram o corpo, mantenha uma boa hidratação corporal e não se esqueça da aplicação e renovação do protetor”, explica a Dra. Para saber quais são os sinais do câncer de pele clique aqui.
Por fim, a Dra. Priscila Pavezzi diz para as pessoas ficarem atentas, “Observe sempre a pele, principalmente se for à praia, a areia muitas vezes pode ser um ambiente propício para a transmissão de micoses e outras doenças. Ao notar alterações na pele procure imediatamente um dermatologista, não arrisque remédios caseiros”.
Quer agendar uma consulta com a Dra. Priscila Pavezzi? Entre em contato. E se quer receber mais dicas de saúde é só se inscrever na nossa newsletter aqui em baixo.
Queixa frequente nos consultórios dermatológicos, a acne pode deixar cicatrizes físicas e emocionais.
Por Priscila Pavezzi, dermatologista.
A acne vulgar é a doença que provoca cravos, comedões e todo tipo de espinha, geralmente no rosto, nas costas, ombros e peito.
Ela pode surgir em qualquer fase da vida, mas é mais comum em épocas de maior oscilação hormonal, como a adolescência.
A conduta recomendada é tratar o problema o quanto antes para evitar o agravamento da doença e cicatrizes permanentes na pele e na autoestima.
Pessoas com muita acne ficam inseguras em relação à própria aparência o que dificulta relacionamentos pessoais e profissionais.
É na consulta com o médico dermatologista que aprendemos a lidar com o problema.
O acompanhamento especializado torna possível curar ou ao menos controlar a acne.
Os cuidados envolvem uma limpeza adequada da pele e o uso de medicamentos tópicos e orais em parte dos casos.
O dermatologista oferece ainda a possibilidade de tratamentos complementares para atenuar marcas.
A acne é uma inflamação em unidades pilossebáceas formadas pelo folículo piloso e pela glândula sebácea.
A doença não se apresenta da mesma maneira em todas as pessoas.
É caracterizada por cravos, abertos ou fechados, e por pápulas avermelhadas, pústulas e caroços muitas vezes dolorosos.
Em casos mais raros e severos, a acne pode evoluir para a forma conglobata, com a presença de nódulos e abscessos.
O diagnóstico é clínico, mas pode ser necessária a realização de exames de sangue para verificar os níveis de produção hormonal e descartar a existência de outras doenças que imitam a acne, principalmente em casos de suspeita de síndrome dos ovários policísticos nas mulheres.
O processo inflamatório se desenvolve a partir de quatro fatores principais.
• Proliferação excessiva das células da camada superficial da pele, a epiderme folicular, causando o entupimento do folículo piloso.
• Pele muito oleosa por causa da produção de sebo em excesso.
• Presença de bactéria, a propionibacterium acnes.
• Inflamação nos poros.
Acne não é doença contagiosa e nem sinal de falta de higiene.
Sabe-se que os hormônios sexuais são os principais responsáveis pela alterações que provocam o surgimento de cravos e espinhas.
Os hormônios andrógenos e estrógenos são produzidos pelos ovários na mulher, pelos testículos nos homens e pelas glândulas suprarrenais em todos nós.
Os andrógenos disparam o funcionamento das glândulas sebáceas da pele, muito sensíveis a flutuações hormonais, e mais ativas durante a puberdade.
Quem tem muitos casos de acne na família tem mais chance de sofrer com a acne.
A pré-disposição genética interfere no mecanismo de controle de gordura da pele e couro cabeludo.
A genética também está entre as causas da acne severa, pois influencia o controle da produção hormonal, ao alto índice de queratinização folicular e a secreção sebácea.
Em relação à alimentação, estudos indicam que, em algumas pessoas, o leite e produtos de alto índice glicêmico, ou seja, com muito açúcar, podem causar ou piorar as espinhas.
É comum o processo inflamatório piorar em situações de estresse e no período menstrual.
Espremer cravos e espinhas só agrava o problema.
O dermatologista define o melhor tratamento baseado no aspecto da pele e quando necessário, em exames de laboratório.
Para cada grau de acne há um protocolo diferente.
O médico orienta toda a rotina de cuidados para a pele do paciente.
O uso de sabonetes específicos para controle da acne, protetor solar adequado e ácidos que melhoram a inflamação e a aparência.
Se necessário, o dermatologista prescreve antibióticos tópicos associados ou não a antibióticos via oral.
Nos casos mais graves e refratários, podemos utilizar a isotretinoina via oral, um medicamento que regula a quantidade de gordura produzida pelo organismo.
Para se livrar dos cravos e espinhas, podemos recorrer ainda a vários procedimentos complementares.
• Limpeza de pele realizada por profissionais treinados.
• Peelings químicos para amenizar cicatrizes.
• Sessões com equipamento de luz intensa pulsada para eliminar bactérias e reduzir a inflamação.
• Laser para reduzir a atividade das glândulas sebáceas.
O diagnóstico é clínico que classifica o grau da doença e descarta outras doenças que imitam a acne pode depender sangues produção hormonal síndrome do ovário.
Marque a sua consulta dermatológica, cuide bem da pele e da sua autoestima.
A Dra. Priscila Pavezzi, dermatologista da QualiMedi Saúde conta que a queda de cabelo é um dos fatores que mais incomodam os pacientes. Para ela é importante que as pessoas que sofrem com o problema entendam o ciclo de vida do cabelo para assim entender uma das principais causas da queda: o eflúvio telógeno.
Ciclo de vida do cabelo
"Quando, por algum motivo, uma maior quantidade de fios de cabelo entra na fase telógena, há um aumento da queda diária dos fios. Esse aumento da queda damos o o nome de eflúvio, é visto principalmente naquele bolo que cai no chuveiro ou fica na escova quando penteamos", explica a Dra.
A dermatologista relata que a causa do eflúvio telógeno agudo está associada a algum evento que aconteceu há três meses antes do início da queda. "Esses eventos, ou gatilhos, convertem um percentual maior de fios para a fase de queda. Sendo assim, ao invés de termos 100/120 fios caindo diariamente, temos 200/300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio".
Os eventos mais associados à queda são: "Pós-parto, um quadro de febre, infecção aguda, dietas muito restritivas, doenças metabólicas, cirurgias (especialmente a bariátrica), interrupção do uso do anticoncepcional ou da reposição hormonal, doenças da tireoide, o estresse emocional e o uso de algumas medicações também podem desencadear o problema". A dermatologista revela que no geral 70% dos casos têm o agente descoberto. Já nos 30% restantes a causa acaba não sendo definida.
Tratamento
"Normalmente, a queda dos cabelos se resolve espontaneamente em três a seis meses. Se persistir por um período maior do que esse, algum fator não diagnosticado pode estar mantendo o eflúvio ativo. O tratamento consiste na correção das causas: quando forem detectadas deficiências alimentares ou alterações emocionais por exemplo, o tratamento será com dietas ricas em proteínas e vitaminas específicas que vão ajudar. Deve-se controlar doenças que estejam associadas. O dermatologista também pode indicar medicamentos para serem aplicados diretamente no couro cabeludo, visando controlar o processo e estimular o crescimento de novos fios".
Por fim a Dra. diz que é importante lembrar que a queda ocorre rapidamente, mas o crescimento de um novo fio é demorado, crescendo cerca de 1cm a 2cm por mês. "Por isso, o resultado terapêutico a ser esperado é a volta da queda a um número de até 100 fios por dia. A recuperação e crescimento dos fios vai ser percebida de forma gradativa".
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