O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno mental que se manifesta em crianças e, quase sempre, afeta a vida adulta.

O transtorno atrapalha o desempenho escolar, profissional e o convívio social.

O TDAH, ou Transtorno do Déficit de Atenção.

O TDAH, ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, é um transtorno neurobiológico, relacionado a diferenças na atividade cerebral e na regulação de neurotransmissores, como a dopamina e a noradrenalina.

Ou seja, um desequilíbrio químico na comunicação entre os neurônios cerebrais.

Essas diferenças afetam significativamente a capacidade de concentração e geram um comportamento hiperativo e impulsivo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a prevalência de TDAH em crianças e adolescentes varia entre 3 e 8%, dependendo do sistema de classificação utilizado.

No Brasil, os números são semelhantes, com prevalência de 7,6% em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos; 5,2% pessoas na faixa etária de 18 a 44 anos; e 6,1% em maiores de 44 anos.

Portanto, é um problema muito mais comum do que se imaginava alguns anos atrás e que não pode ser confundido com traço de personalidade.

Ao invés de rotular alguém, especialmente uma criança, é importante buscar ajuda especializada para avaliar se não se trata de um caso de TDAH.

Qual é a causa do TDAH?

A origem do TDAH é genética, uma disfunção que prejudica a transmissão de informação entre os neurônios no cérebro, provocando desatenção, inquietude e impulsividade.

Fatores como tabagismo e consumo de bebida alcóolica na gestação, sofrimento fetal durante o parto e exposição a chumbo também podem contribuir para o agravamento do transtorno.

Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o resultado obtido com os diversos recursos terapêuticos que ajudam a controlar os sintomas.

Como é feito o diagnóstico de TDAH?

As dificuldades enfrentadas pelas pessoas com TDAH podem demorar a ser percebidas na infância, mas ficam mais evidentes conforme aumentam as responsabilidades e a necessidade de prestar atenção, por exemplo quando a criança começa a ser alfabetizada.

Infelizmente não é raro receber o diagnóstico tardiamente, só na adolescência ou até na vida adulta.

Pais e professores devem ficar atentos quando o comportamento da criança destoa das demais.

A baixa autoestima, a incapacidade de resolver problemas triviais, de se concentrar numa tarefa e uma inquietação permanente são algumas características que podem estar associadas ao TDAH

Pessoas com o transtorno também podem ter dificuldades de fala e escrita dependendo do grau de TDAH.

O diagnóstico é clínico, o especialista verifica se a criança enxerga, ouve e dorme bem; analisa minuciosamente o histórico médico; avalia as informações sobre o comportamento em casa e na escola e também pode realizar testes neuropsicológicos.

O neurologista desempenha um papel importante na diferenciação do TDAH de outras condições neuropsiquiátricas que podem apresentar sintomas parecidos como depressão, transtornos do espectro do autismo ou de ansiedade.

É possível que um mesmo indivíduo tenha não apenas o TDAH, as também outros transtornos.

Em crianças podem aparecer simultaneamente distúrbios de humor, conduta, aprendizado, controle motor, linguagem e comunicação.

Além de distúrbios do sono, especialmente a síndrome das pernas inquietas e a hipersonolência.

No ano passado, o Ministério da Saúde definiu um protocolo de atendimento de TDAH com o objetivo de facilitar o rápido encaminhamento para o tratamento.

Segundo o protocolo, o diagnóstico pode ser feito com base em 18 sintomas característicos e que variam de acordo com tipos de TDAH:

Quais as opções de tratamento de TDHA?

Na maioria dos casos é necessário usar medicamentos que estimulam a área prejudicada do cérebro e que ajudam a regular a atividade cerebral e reduzir os sintomas do TDAH.

As doses são diferenciadas para cada paciente e o tempo de uso da medicação também depende de avaliação caso a caso.

Mas o tratamento do transtorno de hiperatividade vai muito além.

O neurologista especializado em TDAH geralmente opta por abordagem multidisciplinar, com a colaboração de psicólogos, psiquiatras, pedagogos e/ou terapeutas ocupacionais.

É importante criar estratégias para melhorar o desempenho cognitivo e comportamental.

Portanto, a solução envolve a conscientização sobre a natureza crônica do transtorno e uma série de medidas que ajudam a criança e a família, tais como:

Agende uma consulta com um neurologista especialista em TDAH na QualiMedi Saúde para uma avaliação.

Na maior parte dos casos, o transtorno é crônico, persiste na vida adulta em maior ou menor grau.

Mas o tratamento bem conduzido pode garantir vida de mais qualidade a crianças e adultos.

Fontes: Ministério da Saúde/ Conitec

             Associação Brasileira do Déficit de Atenção

Como deter o câncer de próstata

Câncer de próstata

O diagnóstico precoce do câncer de próstata garante 90% de chance de cura. Homens com mais de 50 anos de idade devem consultar o urologista anualmente para fazer o exame de toque retal.

Não dói e leva apenas alguns segundos.

Se há outros casos de câncer na família, o check-up preventivo deve começar mais cedo.

O câncer de próstata está no topo das estatísticas de casos de câncer.

É o mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele não-melanoma.

Em média, são registrados 65 mil novos casos por ano no país, com mais de 15 mil mortes.

Um grande desafio para reduzir a taxa de mortalidade é mudar o comportamento masculino.

A maioria dos homens não faz exames preventivos e descobre a doença em estágio avançado.

A campanha Novembro Azul foi criada justamente para estimular a consulta ao urologista, desmistificando o exame de toque retal que ainda é temido por muitos pacientes.

De fato há excelentes chances de cura quando o diagnóstico é precoce e só o exame preventivo permite a detecção, já que a doença demora a apresentar sintomas.

90% dos casos podem ser curados com tratamento em estágio inicial do câncer de próstata.

8 perguntas frequentes sobre câncer de próstata

01. O que é a próstata?

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, na frente do reto e tem função reprodutiva.

Ela produz um líquido essencial para a sobrevivência dos espermatozoides.

2. Quem corre maior risco de ter câncer de próstata?

3. Qual é a maior dificuldade para o diagnóstico precoce?

A maioria dos homens não faz os exames preventivos regularmente.

A negligência com a própria saúde e também o medo do exame de toque retal, afastam os homens do consultório do urologista.

4. Quais são os sintomas do câncer de próstata?

O câncer de próstata é assintomático no estágio inicial.

Por isso não se deve esperar ter sintomas para procurar o médico, mas sim fazer exames regularmente.

Contudo, quando o câncer avança, os sinais de alerta mais comuns são:

5. O exame de toque retal é mesmo necessário?

O exame de toque retal é indispensável por ser o único meio de examinar a próstata e perceber se a glândula está muito dura ou apresenta caroços típicos do câncer.

Não é preciso temer o exame de toque retal pois ele é indolor e muito rápido, leva apenas alguns segundos.

O urologista também pode pedir o exame de sangue que mede o nível de PSA, enzima produzida pela próstata, considerada um marcador tumoral.

Nível de PSA alto indica problema na próstata.

Entretanto, o exame de sangue é complementar, não substitui o de toque retal.

6. Qual é o tratamento para o câncer de próstata?

Quando há suspeita de câncer é realizada uma biópsia de próstata que vai confirmar e, se for o caso, indicar o grau de agressividade do câncer.

A partir do resultado o médico define o tratamento mais adequado para cada caso.

Se o câncer está no começo e atinge apenas a próstata, a solução é um a cirurgia para retirar a próstata ou a radioterapia, com chance de cura de 90%.

Em casos de câncer avançado e já atingindo outras áreas próximas, o tratamento é com radioterapia e quimioterapia.

7. Após retirar a próstata ainda é possível ter relações sexuais?

Sem a próstata o homem perde a capacidade reprodutiva, mas pode ter ereção e orgasmo normalmente na maioria dos casos.

Apenas em 20% dos pacientes operados ocorre impotência sexual.

8. Como prevenir o câncer de próstata?

Fonte:

Instituto Nacional de Câncer (INCA)

Você sabe como se proteger do câncer de mama?

O câncer de mama

As pesquisas sobre o câncer de mama avançam e indicam caminhos para a prevenção e o tratamento mais eficaz contra a doença.

Incentivo a prática de exercícios físicos, exames preventivos adequados para cada faixa etária e avaliação de fatores de risco fazem parte da estratégia que protege as mulheres.

O câncer de mama é um tipo muito comum da doença e pode ser fatal se não tratado logo no início. Isso você provavelmente já sabe.

Mas o que a ciência descobriu sobre fatores que aumentam as chances de ter câncer de mama?

Qual a conduta no caso de mulheres que fazem parte do grupo de risco?

Exercício físico e dieta alimentar são mesmo importantes na prevenção do câncer de mama?

Temos muito o que falar sobre o câncer de mama.

Essa é justamente a proposta da Campanha Outubro Rosa em 2022.

Compartilhar informação e incentivar as mulheres a buscar orientação sem medo.

O câncer de mama não é necessariamente uma sentença de morte se você souber agir preventivamente.

Comece agora, lendo esse artigo.

Reunimos aqui as principais informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer) sobre a doença.

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama surge a partir da multiplicação de células anormais nas mamas e pode se espalhar pelo corpo.

O progresso da doença varia de acordo com cada tipo de tumor.

Uns se desenvolvem mais rápido do que outros.

Os tratamentos disponíveis proporcionam ótimos resultados quando o diagnóstico é feito no estágio inicial do câncer de mama.

Por isso toda mulher que se informa, faz exames preventivos e recebe orientação adequada do ginecologista está mais protegida.

Câncer de mama é comum?

O câncer de mama surge a partir da multiplicação de células anormais nas mamas e pode se espalhar pelo corpo.

O progresso da doença varia de acordo com cada tipo de tumor.

Uns se desenvolvem mais rápido do que outros.

Os tratamentos disponíveis proporcionam ótimos resultados quando o diagnóstico é feito no estágio inicial do câncer de mama.

Por isso toda mulher que se informa, faz exames preventivos e recebe orientação adequada do ginecologista está mais protegida.

Câncer de mama é comum?

Em todo o mundo o câncer de mama é o mais comum nas mulheres.

No Brasil a estimativa é de 66 mil novos casos a cada ano.

Esse é o tipo de câncer que mais mata as brasileiras e os piores índices de incidência e mortalidade são os do Sul e Sudeste do país.

(Lembrando que homens também podem ter câncer de mama, mas é bem raro).

O que causa o câncer de mama?

A doença tem múltiplas causas.

Algumas são comportamentais e ambientais.

Outras têm relação com características reprodutivas, alterações hormonais, genéticas ou hereditárias.

Conheça os fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Quais os principais sintomas do câncer de mama?

Os sintomas de câncer de mama podem ser notados por meio do autoexame (apalpação das mamas) ou no consultório do ginecologista durante o exame clínico.

Em caso de suspeita é necessário realizar exames de imagem como ultrassom e mamografia.

A confirmação do diagnóstico só se dá através da biópsia.

Fique atenta aos sinais:

Qual é o acompanhamento que deve ser feito com ginecologista?

Durante o exame clínico o médico pode fazer a apalpação das mamas para checar a presença de nódulos.

O ginecologista também faz perguntas para avaliar se a paciente apresenta algum fator de risco para câncer de mama.

A avaliação do risco determina a conduta em relação aos tipos e periodicidade dos exames preventivos.

Também influência na hora de decidir, por exemplo, se a paciente pode fazer reposição hormonal.

A mamografia de rastreamento (radiografia das mamas) é o exame que identifica alterações suspeitas.

Mulheres que têm entre 50 e 69 anos devem fazer o exame a cada dois anos.

A mamografia de rastreamento não é indicada para mulheres com menos de 50 anos porque as mamas mais jovens são densas e têm menos gordura, características que podem gerar falsos resultados.

Após os 70 anos não é necessário fazer mamografia porque a chance de encontrar câncer com risco à vida é baixa e o melhor é evitar a exposição à radiação.

O que fazer para diminuir o risco de câncer de mama?

O que podemos fazer para tentar evitar o câncer de mama é manter um estilo de vida saudável.

Controlar o peso corporal, comer mais alimentos frescos que industrializados, fazer exercícios físicos, não fumar e não exagerar no consumo de álcool.

Mulheres que amamentam seus filhos também estão se protegendo contra o câncer de mama.

Encontre um ginecologista com quem você se sinta à vontade e segura.

Contar com o acompanhamento médico é um direito fundamental. 

Fontes:

Ministério da Saúde

INCA (Instituto Nacional de Câncer)

A campanha Setembro Amarelo procura fazer chegar ao maior número de pessoas possível, informação e cuidado com a saúde mental que podem fazer a diferença entre a vida e a morte.

Saiba como ajudar alguém que sofre com desequilíbrio emocional e peça socorro quando você mesmo não estiver bem.

O suicídio pode ser evitado com informação, atenção e acompanhamento profissional.

A iniciativa é da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina que desde 2014 articulam uma série de ações científicas e culturais, compartilhando e debatendo dados e estudos sobre o tema no nono mês do ano.

Nos meios de comunicação é regra não divulgar casos de suicídio salvo exceções como quando a vítima é uma pessoa pública.

Além de ser chocante alguém decidir tirar a própria vida, causando um impacto imenso na família e amigos.

Estudos mostraram que dependendo do modo que os casos são noticiados, a divulgação pode levar outras pessoas a cometerem o mesmo ato.

Mas tudo depende de como é feita a abordagem.

Respeitar as vítimas e suas famílias é fundamental, desta forma, não podemos deixar de conversar sobre as causas que podem levar ao suicídio e as formas de ajudar quem está correndo risco.

Informação e acompanhamento profissional salvam de muitas doenças e do suicídio também.

Dados

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que no mundo em média 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano.

O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo.

A segunda em jovens entre 15 e 29 anos.

E mais, a idade média das vítimas está cada vez menor.

A pior situação é nas Américas onde ao contrário de outros continentes, o número de casos vem subindo, incluindo o Brasil na estatística negativa.

Aqui os registros indicam que são 11 mil suicídios anualmente e que a maioria das vítimas.

Cerca de 60%, morreu sem receber qualquer atendimento psiquiátrico ou psicológico.

Como agir

O sofrimento que alcança o grau do insuportável pode surgir na vida de qualquer um de nós e todos precisam de amparo para superar esse momento.

O desequilíbrio emocional está associado a múltiplas causas. Entre elas, doenças mentais como a depressão que pode ser tratada com sucesso.

Quem percebe que está o tempo todo se sentindo triste, desanimado, perdendo o sono, a vontade de comer e o bom humor, deve procurar ajuda.

Vivemos uma epidemia de doenças emocionais, é caso de saúde pública, ninguém deve ter vergonha de admitir que está vulnerável.

O médico psiquiatra é o especialista que pode avaliar o caso, decidir sobre a necessidade do uso de medicamentos e indicar terapias.

Seguindo as recomendações de um profissional de confiança e recebendo apoio dos mais próximos, é possível se recuperar e seguir em frente.

Como identificar sinais de alerta

Os especialistas consideram que quando uma pessoa apresenta ao menos dois fatores de risco e fala em ideia de suicídio, temos de convencê-la a receber ajuda.

Os fatores são os seguintes:

Atenção também para pessoas que usam expressões como:

Apoie quem está passando por um momento difícil e que pode gerar desequilíbrio e descontrole emocional.

Estimule a pessoa a buscar ajuda profissional, indique um psiquiatra ou serviço de saúde mental.

Fique por perto, pronto para ouvir quem você quer ajudar.

E se é você quem está sofrendo, não hesite, fale com alguém preparado para orientar e tratar do caso, marque uma consulta com o psiquiatra ou psicólogo.

Fonte:

Campanha Setembro Amarelo

Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP
Conselho Federal de Medicina – CFM

Entrevista com Dr. Otávio Goulart Fan, cirurgião torácico.

Asma: o que é, causas e tratamento desta doença.

Veja na entrevista com o especialista o que a asma provoca no organismo e quais os cuidados necessários para controlar a doença que ainda não tem cura.

A asma pode causar um grande transtorno na vida.

Provoca falta de ar, tosse seca e chiado no peito.

A intensidade das crises varia e as mais graves podem exigir atendimento hospitalar de emergência.

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns em todo o mundo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) a estimativa é de 20 milhões de casos no Brasil.

Dados do Ministério da Saúde apontam para uma média de 350.000 internações a cada ano por asma.  

A doença é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total), dependendo da faixa etária considerada.

O conhecimento sobre a doença progrediu muito.

Hoje, com diagnóstico e tratamento adequados, é possível controlar a asma e se ver livre das crises durante longos períodos.

Tanto que temos queda de 49% no número de internações e mortes por asma em uma década.

A manifestação da doença varia de intensidade em cada indivíduo.

Para conseguir lidar com ela é fundamental consultar e ter o acompanhamento médico especializado.

Além de prescrever o melhor tratamento para cada caso, o médico orienta os cuidados de rotina que afastam o risco de graves crises asmáticas.

Veja o que diz o cirurgião torácico da QualiMedi Saúde, Otávio Goulart Fan.

O que é a asma? No que ela difere da bronquite?

Dr. Otávio Goulart Fan - Asma é uma doença que se caracteriza por reação excessiva dos brônquios levando a constrição (estreitamento) e aumento da produção de muco nos mesmos.

Tem o mesmo significado que bronquite.

Dr. Otávio Goulart FanPode haver causas hereditárias, mas o mais comum são causas de fundo alérgico, emocional ou ocupacional.

Como é feito o diagnóstico?

Dr. Otávio Goulart Fan - Através do exame clínico médico, que será complementado por exames de imagem, exames laboratoriais e provas de função pulmonar.

Não há cura para asma?

Dr. Otávio Goulart Fan - Classicamente não há cura e sim longos intervalos sem crises.

Qual a melhor forma de tratar? É necessária medicação contínua?

Dr. Otávio Goulart Fan - O tratamento é conjunto, feito por medicação, medidas de mudança no dia a dia e reabilitação pulmonar através de fisioterapia.

Como agir para ajudar um criança ou adulto em crise? Como saber se a pessoa precisa ser levada ao hospital?

Dr. Otávio Goulart Fan - O fato de uma pessoa portadora de asma referir que não está melhorando com os medicamento que normalmente utiliza, já deve indicar que essa pessoa deva ser levada a um pronto atendimento médico.

Que cuidados ter em casa e no ambiente de trabalho para evitar as crises?

Dr. Otávio Goulart Fan - O ambiente deve ser conservado limpo, livre de poeira, durante a limpeza utilizar panos úmidos, evitando-se varrer e usar produtos de limpeza com odor forte.

Atividades físicas são recomendadas para pessoas com asma?

Dr. Otávio Goulart Fan - Extremamente recomendadas, desde que a asma esteja controlada com medicação. Preferencialmente o exercício deve ser inicialmente orientado por um fisioterapeuta.

Dr.Otávio Goulart Fan é cirurgião torácico, professor assistente da Universidade Estadual de Londrina, especialista em Ciência da Reabilitação e integrante da equipe da QualiMedi Saúde.

Câncer de intestino (colorretal): prevenção e tratamento.

O câncer de intestino é o terceiro mais comum no Brasil.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) cerca de 40 mil novos casos são registrados a cada ano afetando a vida de homens e mulheres.
Na maioria dos casos, quando detectado no começo, o câncer colorretal pode ser completamente curado.
O tratamento precoce evita maiores danos aos intestinos e reduz o risco de a doença chegar até outros órgãos.
A genética está relacionada a parte dos casos, mas nosso modo de vida também pode contribuir para o desenvolvimento das células cancerígenas nos intestinos.
Ao entrar na maturidade é importante fazer exames preventivos, especialmente quando há outros casos na família ou ao detectar sintomas associados aos cânceres colorretal.
Na entrevista a seguir você encontra as respostas do especialista da QualiMedi Saúde para as dúvidas mais frequentes sobre câncer de intestino (colorretal).

Entrevista: Renauld Teofilo Bellegard Neto, oncologista.

O que é câncer colorretal e em que parte surge?

Dr. Renauld Teofilo Bellegard Neto - O intestino é dividido em: duodeno, jejuno, íleo, cólon, reto e anus.

O câncer colorretal é o câncer que surge nos segmentos do cólon ou reto.
O intestino contém 3 camadas (mucosa, muscular e serosa), mais comum a doença surgir a partir da mucosa intestinal.

Como o câncer altera a funcionalidade dos intestinos?

Renauld Teofilo Bellegard Neto - A tendência do câncer de intestino é crescer para a luz intestinal, ocasionando quadros de sub oclusão e até obstrução intestinal.

Quais são as causas principais?

Renauld Teofilo Bellegard Neto - Genética, dieta (carnes processadas e carne vermelha em excesso), doenças inflamatórias intestinais e tabagismo.

Quais são os sintomas mais comuns do câncer colorretal?

Renauld Teofilo Bellegard Neto – Os sinais mais comuns são diarreias, dor abdominal, perda de peso e sangramento nas fezes.

Como é feito o diagnóstico?

Renauld Teofilo Bellegard Neto – Realizamos um exame endoscópico com biópsia, seja colonoscopia ou retossigmoidoscopia.

A colonoscopia é um procedimento seguro? Como é feito o procedimento?

Renauld Teofilo Bellegard Neto- Como qualquer procedimento, tem seus riscos, porém eles são baixos. O exame é feito com sedação e consiste em usar um aparelho flexível com uma câmera em sua extremidade para analisar todos os seguimentos intestinais.

Qual a diferença entre colonoscopia e retossigmoidoscopia?

Renauld Teofilo Bellegard Neto - A retossigmoidoscopia permite examinar apenas o reto e a porção inferior do intestino grosso, a colonoscopia mostra todo o intestino grosso.

Para se submeter a uma retossigmoidoscopia o paciente não precisa ser sedado, nem fazer lavagem intestinal como exige a colonoscopia.

Quais são as etapas de tratamento do câncer de intestino?

Renauld Teofilo Bellegard Neto - Depende da localização do tumor.

Na maior parte dos casos o tratamento inicial é cirúrgico, porém nos casos de tumores de reto na qual o tumor é palpável e com suspeita de invasão profunda das camadas da parede intestinal, opta-se por radioquimioterapia neoadjuvante (tratamento realizado antes da cirurgia).

A depender do resultado da análise anatômica e patológica, pode ser realizado quimioterapia adjuvante (tratamento realizado pós-cirúrgico).

As chances de cura são boas?

Renauld Teofilo Bellegard Neto- Em casos iniciais a taxa de cura é de 90%.

A pessoa pode ter uma vida normal depois do tratamento ou fica com alguma sequela?

Renauld Teofilo Bellegard Neto- Pode ser que seja necessário a realização de estomia (caminho alternativo para evacuação pela parede abdominal), colostomia (abertura cirúrgica do cólon) ou ileostomia (criação de fístula através da parede abdominal para o íleo).

São procedimentos que podem ser soluções definitivas ou temporárias.

Quando é recomendado fazer exames preventivos?

Renauld Teofilo Bellegard Neto - Recomenda-se realizar colonoscopia aos 45-50 anos, a depender dos antecedentes pessoais e familiares de cada paciente.

Que hábitos de vida podem ajudar a prevenir o câncer de intestinos?

Renauld Teofilo Bellegard Neto- Atividade física, suspender tabagismo e evitar dieta picante, embutidos e carne vermelha.

Renauld Teofilo Bellegard Neto é médico graduado na Faculdade de Ciências Médicas de Santos, em 2015.

Cursou a residência médica em oncologia no Hospital Câncer de Londrina, em 2022.

Atualmente atua em Londrina, no Paraná, no Hospital do Câncer de Londrina e Clínica Adas.

Na QualiMedi Saúde atende paciente a partir de 19 anos de idade.

A cirurgia é a solução recomendada para quase todos os casos de pedras na vesícula biliar.

O procedimento tem baixo risco e é normalmente realizado por videolaparoscopia.
Publicado em 22 de março de 2022.

Pedras na vesícula

Saiba quais são as complicações que podem surgir devido à presença de cálculos biliares.
Ter pedras na vesícula biliar é um problema comum, a maioria dos pacientes com cálculos biliares nem sabe que tem. Muitas vezes a pessoa descobre o problema ao se submeter a um ultrassom de abdômen durante uma bateria de exames de rotina.
O risco de deslocamento das pedras é o que preocupa.

Quando elas se movimentam para fora da vesícula provocam dor, risco de obstruções e complicações graves, até fatais.
O tratamento padrão é retirar a vesícula.

A cirurgia é simples e a chance de complicações, mínima.

Poucos pacientes relatam alguma mudança significativa depois do procedimento, o organismo se adapta.
O excesso de gordura na alimentação contribui para a formação de pedras na vesícula.

Conversamos com um especialista no assunto, o médico Alexandre Tsuji Amorim, da equipe da QualiMedi Saúde, para saber mais sobre as complicações que podem surgir e o tratamento.

Entrevista: Alexandre Tsuji Amorim, clínico e cirurgião geral.

Para que serve a vesícula biliar?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Sua função e armazenar a bile que é produzida no fígado, a qual é um líquido que atua na digestão da gordura que ingerimos

O que causa a formação de cálculos na vesícula?
Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A formação dos cálculos se dá quando há um desequilíbrio na composição da bile, deixando-a mais espessa, muita das vezes por um excesso de colesterol.

Qual é a composição dos cálculos biliares?
Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Eles são formados por uma mistura de componentes, como o colesterol, sais de cálcio, sai biliares, proteínas e fosfolípides.

Pessoas de qualquer idade podem ter pedra na vesícula?
Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Sim, até mesmo crianças, mas a prevalência aumenta com a idade, mais comum em adultos e idosos.

Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim -Geralmente dor no quadrante superior direito do abdômen ou na região do estômago, podendo irradiar para as costas e estar associada a náuseas e vômitos.

Tem gente que não sente nada. Por quê?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Na verdade, a maioria das pessoas com cálculos na vesícula não tem sintomas.

Eles surgem quando há o deslocamento de um ou mais cálculos para a saída da vesícula e obstrução temporária da região.

Quando o cálculo na vesícula se torna um problema grave?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - O cálculo na vesícula é um problema grave quando ocorrem as complicações.

Pode haver uma obstrução permanente na saída da vesícula ocasionando a inflamação do órgão, um quadro chamado de colecistite.

O problema pode evoluir para infecção local e trazer outras consequências.
Também há complicação quando um ou mais cálculos saem da vesícula, mas acabam obstruindo o canal que leva a bile até o intestino, quadro chamado de coledocolitiase o que pode gerar outras complicações como a colangite (infecção das vias biliares) e a pancreatite (inflamação do pâncreas).

É verdade que os cálculos menores são os mais perigosos?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim – Os cálculos menores são mais propensos a sair da vesícula, podendo gerar complicações como as que já citei.

E, por exemplo, se ocorrer pancreatite, não podemos prever se será um quadro leve ou um quadro grave, com mortalidade mais elevada.

Como é feito o diagnóstico de pedra na vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - O diagnóstico geralmente é feito por ultrassonografia realizada devido a sintomas sugestivos ou às vezes em exames de imagem do abdômen solicitados por outros motivos.

Como é o tratamento com remédios para cálculos biliares? Em que casos esta é uma opção?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Raramente são utilizados medicamentos para tratar pedra na vesícula devido ao elevado índice de falha no tratamento, além de efeitos colaterais, custo significativo e serem difíceis de encontrar atualmente.

Outro problema é que se não retiramos a vesícula, temos o risco de recorrência dos cálculos.

Como é o tratamento com ondas de choque para quebrar os cálculos? Todo paciente pode ser tratado com esse recurso?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Este tratamento está indicado nos casos de cálculos renais, onde a anatomia do trato urinário facilita a eliminação de cálculos menores.

No caso dos cálculos de vesícula biliar não se aplica, pois pode gerar cálculos menores e aumentar os riscos relacionados a estes.

Quando a cirurgia para a retirada da vesícula é inevitável?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A cirurgia geralmente é o tratamento de escolha, a não ser em pacientes com um risco cirúrgico proibitivo.

Como é a cirurgia para resolver o problema de pedras da vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A cirurgia é chamada de colecistectomia e consiste na remoção da fonte dos cálculos, ou seja, a vesícula biliar.

Atualmente a cirurgia é o tratamento de escolha devido ao baixo índice de complicações.

Pode ser realizada por via laparoscópica, com auxílio de equipamentos de vídeo e de pinças específicas.

Apenas alguns casos não permitem a cirurgia por esta via e os pacientes são operados da forma tradicional, cirurgia por via aberta (corte).

Que impactos a retirada da vesícula causa no organismo?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - A maioria dos pacientes não sente diferença nenhuma, mas em alguns casos pode haver o desenvolvimento do que chamamos de síndrome pós-colecistectomia.

Os sintomas são cólicas, diarreia e náuseas, devido a perda do armazenamento da bile que era feito pela vesícula. Porém, na maior parte dos casos, há uma melhora, seja pela adaptação do organismo, seja pela mudança nos hábitos alimentares.

O que evitar depois da retirada da vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Geralmente recomendamos evitar alimentos gordurosos para diminuir a chance de apresentar a síndrome pós-colecistectomia.

Como se prevenir para evitar a formação de cálculos na vesícula?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim – A melhor forma de prevenção é evitar alimentos gordurosos, excesso de carne vermelha e alimentos industrializados em geral.

É importante fazer exames regulares pra saber se há pedra na vesícula, mesmo sem ter sintomas?

Dr. Alexandre Tsuji Amorim - Não há estudos que comprovem a necessidade de exames regulares na ausência de sintomas, porém, para os casos em que há presença de sintomas torna-se mandatório a realização de um ultrassom para descartar a presença de cálculos na vesícula.

Alexandre Tsuji Amorim é cirurgião geral graduado e residente pela UEL (Universidade Estadual de Londrina).

Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva no Instituto Jaques Perissat em Curitiba.

Faz parte da equipe médica da QualiMedi Saúde em Londrina, no Paraná.

O Alzheimer tem três estágios, saiba o que esperar de cada um deles.

Um diagnóstico de Alzheimer impacta não só o paciente, mas toda a família.

A doença degenerativa do cérebro ainda não tem cura.

É preciso aprender a lidar com a progressão dos sintomas.
Entender quais são os sintomas que se manifestam em cada fase do Alzheimer é de grande ajuda para planejar e oferecer a melhor condição ao portador da doença.
Conhecer os sinais também contribui para o diagnóstico precoce que aumenta a expectativa de vida e o bem-estar do paciente..
O Alzheimer geralmente surge após os 60 anos, com o envelhecimento da população, saber enfrentar a doença é uma questão prioritária.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, aproximadamente 1,2 milhão pessoas sofrem algum tipo de demência.

A estimativa é de que 100 mil novos casos sejam diagnosticados a cada ano.

Entrevista: Flávio Henrique Bobroff da Rocha, neurologista.

Quais são as fases do Alzheimer?

Dr. Flávio Henrique Bobroff da Rocha - Basicamente dividimos a evolução do Alzheimer em três estágios: leve, moderado e grave.
No estágio inicial a pessoa mantém a sua autonomia.

Memória e visão espacial ainda estão preservadas.

É possível dirigir, trabalhar e participar normalmente de atividades sociais.

Mas já ocorrem os lapsos de memória, principalmente para fatos recentes.
Acontece de a pessoa esquecer de dar um recado, não lembrar de onde guardou um objeto que costuma deixar num mesmo local esquece.
No trabalho começa a ter alguma dificuldade para fazer todas as atividades pelas quais é responsável.

Lidar com dinheiro, banco, cartão, senhas fica mais difícil.
A fase leve dura em torno de 4 anos, em média.
Passamos ao estágio seguinte, a fase moderada, quando a alteração de memória fica mais evidente e surgem alguns sintomas novos.

A relação com o trabalho se complica, a pessoa não reconhece alguns parentes, se atrapalha para pagar a conta.
Um sintoma muito comum também nesta fase são as alterações de comportamento.

Começa a se perder na rua e até no ambiente de sua própria casa.
São sintomas que não vêm ao mesmo tempo, surgem gradativamente, pioram ao longo dos anos.

Mais rápido em uns do que em outros.
Até que, por fim, chegamos à fase avançada do Alzheimer, em que o quadro demencial já é bem mais severo.

O paciente já não consegue mais se comunicar bem.

Há prejuízo na fala, a construção das frases é confusa.

A capacidade motora e a deglutição também são muito afetadas.

Muitos pacientes não saem mais da cama e são alimentados por sonda.

Esta é a fase terminal, quando a pessoa não reconhece nem seus entes mais próximos, como os filhos e o cônjuge.

O que acontece no cérebro do portador de Alzheimer?

Dr. Flávio Henrique Bobroff da Rocha - Basicamente o que ocorre é o acúmulo da proteína beta amiloide no cérebro. Ela se acumula e o organismo simplesmente não consegue eliminar.

É como se fosse acumulando o lixo na calçada e não passa o lixeiro para tirar.

Isso se reflete nas fases da doença.

Quando há um acúmulo discreto da proteína os sintomas são leves.

Conforme a quantidade aumenta, o impacto é maior porque provoca a morte de neurônios e atrofia progressiva do cérebro.

Por que a doença progride mais rapidamente em uns do que em outros?

Dr. Flávio Henrique Bobroff da Rocha - O tempo de evolução do Alzheimer varia muito, mas em média é de 8 a 10 anos.
Infelizmente para alguns pacientes a evolução é mais rápida e a fase avançada chega em menos de 8 anos.

Por outro lado, temos pessoas que sobrevivem 15 e até 20 anos com Alzheimer.
A variação no modo de progressão da doença está associada a vários fatores.

A genética é um deles, apesar do fator hereditário ser responsável por apenas 10% do total de casos.

Quando há outros casos na família, de parentes de primeiro grau, a doença pode se manifestar antes mesmo dos 60 anos, quando o mais comum é depois dos 65.
Não é uma regra, mas o fator hereditário também que leva a uma progressão mais rápida.
Outro fator de agravamento do Alzheimer são as doenças cardiovasculares.

Tudo aquilo que leva ao acúmulo de gordura nas artérias, ao risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Podemos destacar alimentação errada, obesidade, diabetes e hipertensão como causas associadas.

Assim como fumar e abusar de bebida alcoólica.

Tudo isso leva também a um aceleramento da progressão da doença.
Não quer dizer que se você tem hipertensão ou diabetes vai ter Alzheimer.

Mas a pessoa que tem Alzheimer e não controla o diabetes tem mais chance de piorar rapidamente.
Além disso, o modo como o portador de Alzheimer é cuidado pela família também impacta na longevidade dele. Quanto melhores as condições de tratamento e acolhimento, maior a chance de viver mais.

Como a família deve cuidar de alguém com Alzheimer a cada fase?

Dr. Flávio Henrique Bobroff da Rocha - A doença é dinâmica apesar da progressão lenta.

É bom que a pessoa tem alguém de confiança para ajudá-la conforme as necessidades vão se apresentando.

Conferir se está tudo certo com as contas, por exemplo.
Com o passar do tempo, ao final da fase leve, certamente esta pessoa não será mais independente, terá que ser cuidada.
Não vai conseguir mais dar conta da organização da vida financeira, da casa.

É A higiene pessoal começa a ficar prejudicada.

Então, normalmente, na fase moderada, ele já começa a ter dificuldade para a higiene íntima, o banho, o se vestir.
E a tendência é ir piorando, acabar precisando de auxílio até para se alimentar.

É possível diagnosticar Alzheimer na fase inicial?

Dr. Flávio Henrique Bobroff da Rocha - O ideal seria sempre fazer o diagnóstico numa fase bem inicial.

Mas é realmente difícil que isso ocorra.

Precisamos acompanhar o paciente por algum tempo porque no primeiro estágio só a memória é acometida.

Muitas vezes pode confundir com outras doenças como depressão, distúrbio de tireoide e deficiência de vitamina B12.
Já na fase moderada ou avançada a doença já dá sinais evidentes.
Não existe ainda um teste, um exame específico que você faz e pode afirmar, olha, deu Alzheimer .

Não é igual diabetes que você colhe o exame de sangue, mede a glicemia e ali está claro se é diabetes, pré-diabetes ou está normal.
Para diagnosticar o Alzheimer dependemos muito do exame físico e de teste de memória.

Exames de tomografia, ressonância magnética e de sangue são realizados na tentativa de descartar outras doenças, em nenhum deles vai estar escrito se a pessoa tem Alzheimer.
Em uma fase muito inicial, a ressonância pode ser normal, igual de um idoso que não tem Alzheimer.
Alguns marcadores que poderiam confirmar o diagnóstico está sendo estudados, mas ainda não temos nada concreto que nos sirva como orientação segura.

Uma pessoa na fase avançada do Alzheimer precisa de internação hospitalar?

Dr. Flávio Henrique Bobroff da Rocha - Na verdade, não precisa não.

A internação hospitalar de um doente com Alzheimer avançado acontece por outros motivos como pneumonia, infecção de urina grave e outras complicações.
O portador de Alzheimer pode ficar em casa com o cuidador ou numa casa de repouso.

É uma situação complicada porque custa caro você ter um cuidador.

Muitas vezes a família acaba tendo que se revezar.

É uma doença que impacta muito a família toda.
Chega a um ponto em que começam as manifestações psiquiátricas, a pessoa pode ficar agressiva, não dormir à noite, acordar gritando, chamar a toda hora.
Manejamos com medicamento essas alterações psiquiátricas, mas nem sempre conseguimos controlar totalmente.
A família sofre muito e tem que encontrar a melhor maneira de lidar com a situação dentro das possibilidades que possui.

Cuidar em casa ou optar por uma instituição especializada é uma decisão que depende não só da vontade, mas da condição financeira.

Como o senhor avalia o andamento das pesquisas mais recentes?

Dr. Flávio Henrique Bobroff da Rocha - Ainda não existe cura.

Os medicamentos fornecidos pelo SUS são os mesmos nos últimos 15 anos.

São medicamentos seguros, mas não curam, mas retardam a progressão da doença.

Desaceleram o declínio cognitivo, mantém um certo grau de memória e ajudam a viver mais.

Por enquanto é o que podemos oferecer, por isso o quanto antes começar o tratamento, melhor.


Flávio Henrique Bobroff da Rocha é médico formado pela Universidade Estadual de Londrina, em 2000.

Especialista em Clínica Médica e Neurologia também pela UEL.

Atua no Paraná, nas redes de saúde pública e privada.

Integra a equipe da QualiMedi Saúde em Londrina onde atende adolescentes e adultos.

O tratamento precoce, orientado pelo dermatologista, evita que a acne deixe cicatrizes físicas e emocionais.
Publicado em 1 de dezembro de 2021.

Como se livrar das espinhas?

Todo mundo tem espinhas em algum momento da vida, mas casos persistentes de acne pedem acompanhamento médico.
A acne é uma doença inflamatória que surge geralmente na adolescência, associada a mudanças hormonais, mas também pode se manifestar em outras fases da vida.
Uma só espinha no rosto já é capaz de nos deixar incomodados com a aparência.

Se elas se tornam frequentes e começam a marcar a pele, se transformam num pesadelo para a autoestima.
Casos de acne moderada ou severa devem ser tratados com ajuda médica especializada.

O dermatologista pode, literalmente, salvar a sua pele e a sua saúde emocional.
Identificar as causas da acne e tratar o mais cedo possível é a melhor maneira de se livrar das espinhas e evitar as cicatrizes permanentes.
Saiba mais na entrevista com o dermatologista da QualiMedi Saúde, Diogo Hiroshi Mizumoto.

Entrevista: Diogo Hiroshi Mizumoto, dermatologista.

Acne e espinha são a mesma coisa?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – Sim. Acne é o nome científico da doença que provoca lesões na pele.

Espinha é o nome popular usado para se referir ao problema.

Qual a diferença entre cravo e espinha?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - O cravo é uma obstrução da saída da glândula sebácea.

Todo mundo tem no rosto várias glândulas que produzem o sebo.

Ele é responsável por deixar a pele hidratada, suave e protegida da agressão de agentes externos.
O cravo ocorre quando a saída da glândula sebácea fica obstruída.

Se o cravo está amarelinho significa que houve obstrução, mas o sebo ainda não sofreu ação do oxigénio que oxida e deixa aquele pontinho preto na pele.
A espinha é resultado da inflamação da glândula sebácea que foi obstruída por um micro comedão, ou seja, um micro cravo.

Isso pode provocar aquelas lesões que evoluem formando uma área avermelhada com um pontinho de pus no meio.

O que é espinha interna?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A espinha interna também é resultado da obstrução da saída da glândula sebácea, mas com a característica de muita inflamação.

Em alguns casos a inflamação é tão grande que denominamos cisto porque há muita secreção.

Se formam aqueles nódulos avermelhados profundos e que doem muito quando a gente mexe.

Todo mundo tem acne em algum momento da vida? Por que uns tem mais que os outros?

Dr. Diogo Hiroshi MizumotoA acne pode surgir em grande parte da população ao longo da vida, principalmente durante a fase da adolescência quando sofremos uma grande alteração hormonal.
Os homens têm o aumento da produção de andrógenos e as mulheres de estrógenos.

Esse aumento dos hormônios leva a uma produção maior de gordura na pele.

Por isso aparecem as espinhas, principalmente no rosto, no tórax, nos ombros e nas costas.

O fator hereditário é muito importante nos casos de acne?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A influência genética é um fator muito importante na prevalência da acne.

Se os pais tiveram muitas espinhas, sofreram com a acne, a chance de os filhos desenvolverem um quadro semelhante é muito grande.

Quais são os distúrbios hormonais e doenças que provocam espinhas?

Dr. Diogo Hiroshi MizumotoA acne é uma doença ligada diretamente a produção dos nossos hormônios.

Quando temos uma produção excessiva, principalmente de hormônios masculinos, que tanto o homem quanto a mulher possuem, a pele pode ficar mais gordurosa e com acne.
Apesar de ser mais comum ter espinhas na adolescência, pode ocorrer em outras fases da vida.

Temos, por exemplo, a acne da mulher adulta que é quando as espinhas não desaparecem após os 25 anos ou surgem nesta idade.
A acne também pode surgir associada ao estresse, ao período menstrual e ao uso de vários tipos de medicamentos como corticoides ou vitaminas do complexo B.
Se você tem contato com óleo, graxa ou algum tipo de produto gorduroso, também aumenta o risco de acne.
Exposição exagerada ao sol, o hábito de mexer nas lesões e levar muito a mão ao rosto, pioram a pele com acne.

Como são classificados os casos de acne?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A acne é classificada em quadro graus.

Leve, moderada, severa e grave.
A acne leve é aquele que provoca alguns cravos e poucas lesões avermelhadas.
Já a acne moderada gera lesões avermelhadas, pústulas (espinhas com pus) e com maior intensidade.
Na acne severa temos a presença dos cistos que são comumente chamados de acne interna.
E nos quadros de acne grave, extremamente severa, nós temos a presença de várias lesões inflamatórias, vários cistos, que são múltiplos, podem se comunicar e se localizam não apenas no rosto, mas no tronco também.

Quando é preciso tomar remédios para se livrar das espinhas? Eles provocam efeitos colaterais importantes?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A maior parte dos quadros de acne são controlados com medicações tópicas, com sabonetes ácidos e uso de protetor solar.
Em alguns casos quando a gente não tem melhora com uso de medicações aplicadas na pele, nem cremes, podemos fazer uso de antibiótico.
Se mesmo assim o paciente não tem uma melhora importante e que se mantém ao longo do tempo, podemos considerar o uso do Roacutan, medicamento a base de isotretinoína, que pode apresentar diversos efeitos colaterais graves.

É proibido o uso em mulheres grávidas, há riscos severos para o bebê.
Na verdade, todos os remédios eles vão apresentar efeitos colaterais, mesmo os antibióticos.

Por isso é muito importante ter o acompanhamento médico correto, amparado por exames, para evitar complicações.

Existe tratamento natural contra espinha?

Dr. Diogo Hiroshi MizumotoCuidar da alimentação é naturalmente cuidar da pele, inclusive ajuda a controlar a acne.

Sabemos que consumir muitos carboidratos simples (açúcar, farinha branca, produtos industrializados como macarrão, bolo, pão), aumenta o risco de inflamação do corpo e de ter mais espinhas.

São alimentos de alto índice glicêmico que pioram a pele.
O consumo de leite ou produtos derivados (queijos, iogurte, bebidas lácteas), principalmente leite de vaca, também é contraindicado.

O leite tem a presença de vários hormônios, ele serve para alimentar o bezerro, para promover o crescimento do animal.
Quando bebemos o leite estamos consumindo esses hormônios e uma proteína chamada caseína.

Ela tem a capacidade de aumentar a inflamação no organismo e piorar a acne.

Como evitar que a acne deixe cicatrizes?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Para evitar que a espinha deixe cicatrizes o mais importante é não manipular as lesões, não cutucar, não furar.

É preciso deixar o processo de cicatrização ocorrer de forma natural.

Se você respeita esse tempo do organismo e ao mesmo tempo está fazendo o tratamento médico, vai evitar que surjam novas espinhas, auxiliar na cicatrização das espinhas presentes e reduzir o risco de ficar com cicatrizes.
Importante dizer que a cicatriz também está relacionada à genética.

Quem tem pais com cicatrizes de acne, tem uma tendência maior a desenvolver o mesmo tipo de cicatriz.

É possível remover cicatrizes antigas de acne?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Pra gente conseguir melhorar cicatrizes que já estão formadas, o primeiro passo, e o mais importante, é fazer um tratamento para evitar que surjam outras lesões, não podemos deixar a acne ativa.
O tratamento específico para cicatrizes de acne é baseado no estímulo da produção de colágeno.

Geralmente usamos recursos como o laser, o microagulhamento, subcisão (introdução de agulhas mais calibrosas nas marcas) ou aplicação de bioestimuladores de colágeno na região da cicatriz.

Como limpar a pele do rosto pra não ter espinhas?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A limpeza da pele precisa ser feita com sabonete adequado, no caso de quem tem acne, um sabonete antioleosidade.

É bem importante remover a maquiagem à noite, dormir com a pele limpa, usando um removedor à base de óleo ou água micelar e depois lavar o rosto com o sabonete.

É verdade que exagerar na limpeza da pele oleosa pode fazer as glândulas produzirem ainda mais sebo e piorar a pele?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Antigamente se pensava que lavar demais a pele oleosa provocava um efeito rebote, ou seja, aumentava ainda mais a produção de gordura.

Hoje sabemos que não funciona assim, é um mito.

Novos estudos mostraram que quando lavamos o rostos em excesso, o organismo vai trabalhar para produzir a oleosidade padrão daquele indivíduo.

A pele não fica mais gordurosa do que antes, apenas volta ao seu normal, seguindo o a característica genética da pessoa.

Limpeza de pele com esteticista ajuda ou piora a acne?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A limpeza de pele com esteticista auxilia no tratamento da acne quando retira os cravos.

Mas é muito importante tomar cuidado com as lesões inflamadas, as que estão vermelhinhas.

Essas lesões não podem ser manipuladas.

A inflamação deve se resolver sozinha, sem espremer, sem apertar.

O que provoca a acne tardia?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - A acne tardia, também é conhecida como acne da mulher adulta, é aquela que se apresenta a partir dos 25 anos.

A mulher mantém o quadro de acne que já tinha desde a adolescência ou começa a ter espinhas depois de adulta.
A acne tardia está relacionado ao aumento da produção de hormônios masculinos que tornam a pele mais oleosa. Nestes casos, o dermatologista solicita exames de dosagem hormonal para verificar se é necessário o acompanhamento multidisciplinar, envolvendo outro especialista.

Por que algumas mulheres têm acne durante a gravidez?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto – A acne pode piorar durante a gravidez porque o corpo da mulher sofre uma alteração hormonal muito importante.

Ocorre o aumento de quantidade dos hormônios e isso pode levar ao surgimento da acne.

É mais comum logo nas primeiras semanas de gravidez.

Acne pode provocar problemas psicológicos? Como lidar com os danos emocionais?

Dr. Diogo Hiroshi MizumotoA acne afeta diretamente a autoestima dos pacientes que possuem a doença então ela vai influenciar na autoconfiança, na autopercepção, na autoestima do paciente.
A acne pode acarretar diversos problemas psicológicos como piora de ansiedade e quadros depressivos.

Por isso o tratamento adequado é muito importante, não só pensando no lado estético, mas principalmente para a melhora da sensação de bem-estar.
É muito bom quando o paciente se olha no espelho e vê uma que a pele está bonita.

Isso traz conforto e um bem-estar muito grande.

Quando devemos procurar o dermatologista para tratar acne?

Dr. Diogo Hiroshi Mizumoto - Quando há apenas algumas espinhas isoladas, não temos que nos preocupar, podemos esperar que o organismo supere espontaneamente o problema.
Já quando surgem várias lesões ao mesmo tempo é hora de procurar o dermatologista para iniciar o tratamento. Quanto antes nós iniciamos os cuidados adequados, melhor o resultado e menor o risco de ter cicatrizes.

Diogo Hiroshi Mizumoto é médico graduado pela Universidade Estadual de Londrina (PR).

Residência em Dermatologia na Pontifícia Universidade de Campinas (SP).

Fellow em Cirurgia Dermatológica na Universidade de CoimbraPortugal.

Possui consultório na Clínica Nazima, em Londrina (PR).

Atua no Centro de Especialidades Hospital São Francisco em Cambé (PR) e integra a equipe de dermatologistas da QualiMedi Saúde, em Londrina (PR).

Prevenir doenças renais é vital para o funcionamento do nosso organismo, saiba como se proteger.
Publicado em 26 de novembro de 2021.

Doença Renal Crônica

O nefrologista é o médico especialista em doença renal e deve ser consultado em caso de sintomas e para exames preventivos.

A maioria dos casos de insuficiência renal poderia ser evitada com o diagnóstico precoce, porém a doença apresenta poucos ou até nenhum sintoma nos estágios iniciais.
Hoje sabemos que o controle adequado do diabetes e da hipertensão, são extremamente importantes para preservar os rins.

Pessoas com infecção urinária de repetição, cálculos renais e obesidade, também fazer parte do grupo de risco.
Os doentes renais crônicos são aqueles que apresentam lesões irreversíveis nos rins.

A rotina deles é sofrida, cheia de restrições.

A diálise, processo de filtragem mecânica do sangue, demanda muito tempo.

São várias sessões durante a semana e duram horas.

A doença renal provoca grande impacto na vida do paciente e da família dele.
Dados oficiais apontam para um número crescente de casos.

A doença renal é um problema de saúde pública.
• Uma em cada 10 pessoas no mundo têm algum grau de insuficiência renal de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).
• No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),31 mil pacientes aguardam por um transplante renal e mais de 140 mil pessoas dependem de diálise para sobreviver.
Exames simples, de sangue e urina, podem detectar sinais de problemas nos rins e permitir o tratamento em tempo ideal.
Como prevenir as doenças renais crônicas.

Entrevista com Raquel Ferreira Nassar Frange, nefrologista.

Poderia começar explicando por que é tão importante cuidar da saúde dos rins? Qual a função deles para o organismo?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os rins são filtros do nosso corpo, a urina elimina uma séria de impurezas do nosso sangue.

Mas além de filtrar o sangue o rim também ajuda no controle da pressão, no bom funcionamento dos ossos, na produção de elementos do sangue, entre outras funções.

Quais são as doenças renais crônicas mais prevalentes no Brasil?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - As principais doenças que acometem os rins são descontrole da pressão e do açúcar no sangue, que levam a doença renal crônica, que se traduz em um prejuízo da função geral dos rins.

Outras doenças também acometem os rins como infecção urinária, cálculos renais, cistos renais e doenças primárias dos rins (glomerulopatias).

Quais são os principais causadores de doenças renais?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Sem sombra de dúvida, a hipertensão arterial e o diabetes descontrolados.


Por que idosos têm infecção urinária de repetição e quais os riscos?
Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Os idosos por suas limitações físicas, muitas vezes enfrentam dificuldades com higienização na hora de urinar.

O risco maior é de que a infecção não contamine apenas o trato urinário baixo, mas alcance os rins, gerando um quadro conhecido como pielonefrite.

A pielonefrite é uma infecção grave nos rins que pode causar prejuízo na função renal.

Quais são os sintomas de doença nos rins?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - A doença renal é silenciosa, conseguimos ver alterações mais claras quando os rins já estão funcionando mal.

As principais alterações são queda no volume de urina; alterações da cor e aspecto (cheiro, presença de sangue, espuma na urina); aparecimento de edemas no corpo; fadiga; anemia; e até mau hálito (hálito urêmico).

Como é feito o diagnóstico de doenças renais crônicas?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - O diagnóstico é feito através da dosagem da creatinina no sangue, e com ajuda de uma fórmula matemática, conseguimos estimar o quanto os rins funcionam, com base no sexo e na idade do paciente.

O que é a hemodiálise?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Quando os rins estão funcionando em média menos que 10%, a hemodiálise muitas vezes se faz necessária.

A hemodiálise é um “rim artificial”, uma máquina que faz o trabalho que os rins não estão dando conta de fazer.

Que doenças podem tornar a pessoa dependente de hemodiálise?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Existem doenças primárias dos rins, as glomerulopatias, que também podem levar o paciente para a hemodiálise, mas a grande maioria dos pacientes entra em hemodiálise por conta de descontrole da pressão e do diabetes.

Quando é preciso fazer transplante de rins? E qual a chance de sucesso?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Pacientes em hemodiálise ou aqueles em vias de precisar de hemodiálise tem a opção do transplante.

Hoje contamos com a opção de transplante com doador vivo e com doador falecido.

A chance de sucesso depende muito do tipo de doença que levou o paciente até a hemodiálise, assim como das condições do órgão doado.

Qual deve ser a rotina de prevenção? Que hábitos ajudam a proteger os rins?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange - Sempre falo para os meus pacientes que o segredo é o equilíbrio.

Proibições são raras, porém evitar certos alimentos e práticas são essenciais.

Ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, beber em média dois litros de água e não exagerar no sal são as principais orientações

Quando devemos procurar o nefrologista?

Dra. Raquel Ferreira Nassar Frange – O nefrologista deve ser consultado quando há sintomas ou fatores de risco importantes, como histórico de doença renal familiar, dor na região dos rins, infecção urinária de repetição, histórico de cálculo renais, edema (inchaço), alterações urinárias.

Quem tem hipertensão ou diabetes precisa ficar muito atento, uma vez que são as principais doenças que levam os pacientes a evoluir para os quadros em que a hemodiálise é necessária.

Raquel Ferreira Nassar Frange é médica graduada pela Universidade Estadual de Londrina (2015).

Membro da Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Fez Residência Médica no programa de Clínica Médica do Hospital Evangélico de Londrina/ Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Campos Londrina (2016-2017).

Residência Médica no programa de Nefrologia pelo Instituto do Rim de Londrina / Sociedade Brasileira de Nefrologia/ Hospital Evangélico de Londrina (2018-2019).

É Coordenadora do estágio de urgências e emergências médicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Londrina - Pronto Socorro Médico do Hospital Evangélico de Londrina.

Médica Plantonista da Unidade de Cuidados Intensivos - UTI 1,2,3 e UCO - Hospital Evangélico de Londrina, Médica Plantonista do Pronto Socorro Médico - Hospital Evangélico de Londrina.

Médica Plantonista da Unidade de Cuidados Intensivos - UTI - Hospital Araucária de Londrina.

Médico da Enfermaria Clínica - Hospital Dr. Anísio Figueiredo - Hospital Zona Norte de Londrina.

Faz parte da equipe da QualiMedi Saúde em Londrina.

Assine e receba dicas de saúde

    você encontra os qualimedicos na qualimedi saúde

    Estamos localizados no centro médico de Londrina
    possuímos estacionamento próprio e acessibilidade
    Formulário de contato

      Fone: 43 3343 0022
      Rua Mato Grosso, 1652
      Centro - Londrina - PR
      [email protected]

      COMO CHEGAR

      Segunda a Sexta: 8h00 - 18h00
      Sábados: 8h00 - 12h00
      © Copyright 2020- QualimediSaúde - All Rights Reserved
      homearrow-circle-o-upwhatsapp linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram