Saiba como ajudar alguém que sofre com desequilíbrio emocional e peça socorro quando você mesmo não estiver bem.
A iniciativa é da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina que desde 2014 articulam uma série de ações científicas e culturais, compartilhando e debatendo dados e estudos sobre o tema no nono mês do ano.
Nos meios de comunicação é regra não divulgar casos de suicídio salvo exceções como quando a vítima é uma pessoa pública.
Além de ser chocante alguém decidir tirar a própria vida, causando um impacto imenso na família e amigos.
Estudos mostraram que dependendo do modo que os casos são noticiados, a divulgação pode levar outras pessoas a cometerem o mesmo ato.
Mas tudo depende de como é feita a abordagem.
Respeitar as vítimas e suas famílias é fundamental, desta forma, não podemos deixar de conversar sobre as causas que podem levar ao suicídio e as formas de ajudar quem está correndo risco.
Informação e acompanhamento profissional salvam de muitas doenças e do suicídio também.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que no mundo em média 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano.
O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo.
A segunda em jovens entre 15 e 29 anos.
E mais, a idade média das vítimas está cada vez menor.
A pior situação é nas Américas onde ao contrário de outros continentes, o número de casos vem subindo, incluindo o Brasil na estatística negativa.
Aqui os registros indicam que são 11 mil suicídios anualmente e que a maioria das vítimas.
Cerca de 60%, morreu sem receber qualquer atendimento psiquiátrico ou psicológico.
O sofrimento que alcança o grau do insuportável pode surgir na vida de qualquer um de nós e todos precisam de amparo para superar esse momento.
O desequilíbrio emocional está associado a múltiplas causas. Entre elas, doenças mentais como a depressão que pode ser tratada com sucesso.
Quem percebe que está o tempo todo se sentindo triste, desanimado, perdendo o sono, a vontade de comer e o bom humor, deve procurar ajuda.
Vivemos uma epidemia de doenças emocionais, é caso de saúde pública, ninguém deve ter vergonha de admitir que está vulnerável.
O médico psiquiatra é o especialista que pode avaliar o caso, decidir sobre a necessidade do uso de medicamentos e indicar terapias.
Seguindo as recomendações de um profissional de confiança e recebendo apoio dos mais próximos, é possível se recuperar e seguir em frente.
Os especialistas consideram que quando uma pessoa apresenta ao menos dois fatores de risco e fala em ideia de suicídio, temos de convencê-la a receber ajuda.
Os fatores são os seguintes:
Atenção também para pessoas que usam expressões como:
Apoie quem está passando por um momento difícil e que pode gerar desequilíbrio e descontrole emocional.
Estimule a pessoa a buscar ajuda profissional, indique um psiquiatra ou serviço de saúde mental.
Fique por perto, pronto para ouvir quem você quer ajudar.
E se é você quem está sofrendo, não hesite, fale com alguém preparado para orientar e tratar do caso, marque uma consulta com o psiquiatra ou psicólogo.
Fonte:
Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP
Conselho Federal de Medicina – CFM