Setembro Amarelo: a vida é a melhor escolha sempre

A campanha Setembro Amarelo procura fazer chegar ao maior número de pessoas possível, informação e cuidado com a saúde mental que podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Saiba como ajudar alguém que sofre com desequilíbrio emocional e peça socorro quando você mesmo não estiver bem. O suicídio pode ser evitado com […]

2 de setembro de 2022

A campanha Setembro Amarelo procura fazer chegar ao maior número de pessoas possível, informação e cuidado com a saúde mental que podem fazer a diferença entre a vida e a morte.

Saiba como ajudar alguém que sofre com desequilíbrio emocional e peça socorro quando você mesmo não estiver bem.

O suicídio pode ser evitado com informação, atenção e acompanhamento profissional.

A iniciativa é da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina que desde 2014 articulam uma série de ações científicas e culturais, compartilhando e debatendo dados e estudos sobre o tema no nono mês do ano.

Nos meios de comunicação é regra não divulgar casos de suicídio salvo exceções como quando a vítima é uma pessoa pública.

Além de ser chocante alguém decidir tirar a própria vida, causando um impacto imenso na família e amigos.

Estudos mostraram que dependendo do modo que os casos são noticiados, a divulgação pode levar outras pessoas a cometerem o mesmo ato.

Mas tudo depende de como é feita a abordagem.

Respeitar as vítimas e suas famílias é fundamental, desta forma, não podemos deixar de conversar sobre as causas que podem levar ao suicídio e as formas de ajudar quem está correndo risco.

Informação e acompanhamento profissional salvam de muitas doenças e do suicídio também.

Dados

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que no mundo em média 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano.

O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo.

A segunda em jovens entre 15 e 29 anos.

E mais, a idade média das vítimas está cada vez menor.

A pior situação é nas Américas onde ao contrário de outros continentes, o número de casos vem subindo, incluindo o Brasil na estatística negativa.

Aqui os registros indicam que são 11 mil suicídios anualmente e que a maioria das vítimas.

Cerca de 60%, morreu sem receber qualquer atendimento psiquiátrico ou psicológico.

Como agir

O sofrimento que alcança o grau do insuportável pode surgir na vida de qualquer um de nós e todos precisam de amparo para superar esse momento.

O desequilíbrio emocional está associado a múltiplas causas. Entre elas, doenças mentais como a depressão que pode ser tratada com sucesso.

Quem percebe que está o tempo todo se sentindo triste, desanimado, perdendo o sono, a vontade de comer e o bom humor, deve procurar ajuda.

Vivemos uma epidemia de doenças emocionais, é caso de saúde pública, ninguém deve ter vergonha de admitir que está vulnerável.

O médico psiquiatra é o especialista que pode avaliar o caso, decidir sobre a necessidade do uso de medicamentos e indicar terapias.

Seguindo as recomendações de um profissional de confiança e recebendo apoio dos mais próximos, é possível se recuperar e seguir em frente.

Como identificar sinais de alerta

Os especialistas consideram que quando uma pessoa apresenta ao menos dois fatores de risco e fala em ideia de suicídio, temos de convencê-la a receber ajuda.

Os fatores são os seguintes:

  • Tentativa prévia de suicídio
  • Histórico familiar de comportamento suicida
  • Diagnóstico de doença mental
  • Presença de comportamentos como automutilação
  • Dependência de álcool ou outras drogas
  • Abuso sexual na infância
  • Comportamento impulsivo

Atenção também para pessoas que usam expressões como:

  • Eu gostaria de sumir
  • Não aguento mais viver
  • Não tenho mais esperança
  • Nada mais faz sentido
  • Sinto uma dor que não passa

Apoie quem está passando por um momento difícil e que pode gerar desequilíbrio e descontrole emocional.

  • Fim de casamento ou namoro
  • Brigas na família
  • Demissão

Estimule a pessoa a buscar ajuda profissional, indique um psiquiatra ou serviço de saúde mental.

Fique por perto, pronto para ouvir quem você quer ajudar.

E se é você quem está sofrendo, não hesite, fale com alguém preparado para orientar e tratar do caso, marque uma consulta com o psiquiatra ou psicólogo.

Fonte:

Campanha Setembro Amarelo

Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP
Conselho Federal de Medicina – CFM

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